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Como é voar com a Air New Zealand

Pelo logo de origem maori, até que fica difícil identificar a empresa. 

Como já mencionado quanto falamos da Qantas, sempre tive curiosidade em voar com empresas aéreas não tão conhecidas, ao menos em território verde e amarelo. Neste post vamos mostrar como é voar com a Air New Zealand.

Talvez parte deste fascínio seja porque entendo que a empresa aérea traz, não só no seu menu, mas também no trato e qualidade do serviço, um pouco da cultura e dos hábitos do seu país de origem. É uma questão de identidade nacional.

Acho que por isso sou um pouco saudosista quanto à Varig e até mesmo a TAM nos tempos do Cte. Rolim.

Air Bus A320.

Assim, sempre vi o voo como uma prévia do que iria ver ao desembarcar, simplesmente curtindo observar o comportamento das pessoas ao redor e da própria tripulação, até mesmo para ajudar a passar as intermináveis horas de voo

Bom, por conta de tudo isso, sempre tive vontade de voar com a Air New Zealand, vontade esta que aumentou com a notícia de que eles tinham ganhado o prêmio de melhor empresa aérea do ano de 2012 segundo a imprensa especializada. Opa, mas o ano nem terminou?!?! Pois é, vai entender…

Jato da Air New Zealand no aeroporto de Christchurch.

Bom, a verdade é que parte deste reconhecimento decorre principalmente das preocupações dos kiwis (como são conhecidos os neo-zelandeses) com a questão ambiental.

A minha experiência surgiu a partir da necessidade de ir de Sydney (Austrália) para Christchuch (Nova Zelândia – sim, aquela cidade praticamente devastada pelo terremoto de 2011).

A rota voada.

Apesar de ter comprado o ticket pela Pacif Blue, o braço low cost da Air New Zealand, os vôos NZ 888 (ida) e NZ887 (volta) seriam operados pela mítica empresa kiwi. 

Embora o preço de aproximadamente AUD 780.30 (com taxas e tudo mais para dois adultos) possa parecer alto demais para o nosso conceito de low cost e um vôo de aproximadamente 3 horas, é um valor até que baixo para os padrões de vida dos australianos e neo-zelandeses.

O check-in em Sydney impressionou não só pela simpatia dos atendentes (todos neo-zelandeses), mas também pela eficiência. Explico: como eles não permitem que as pessoas entrem na fila muito antes do horário de partida (justamente como eu e muita gente faz – Rsss), a fila fica pequena e rápida.

Pequenos excessos de bagagem também são bem tolerados, pois eles consideram o fato de você estar vindo do outro lado do mundo. Mas eu disse pequenos; algo como 1 ou 2 kg!!! Nada de querer passar com uma bigorna na mala!

Tive apenas um breve contratempo por conta da diferença entre o nome da reserva e o do passaporte, algo comum para quem tem nome cumprido. Mas nada que a gentileza e o bom humor neo-zelandês não pudesse resolver ali na hora.

Como era de se esperar, o embarque foi no horário e rápido. 

Ambos os vôos foram operados em um A320.

A320

Já dentro do avião, como dá para notar pelas fotos abaixo, chamou a atenção foi o fato dos assentos e acabamentos serem pretos. Sim pretos, algo bastante incomum para um avião.

Isto sim que é All Blacks até o fim!
Bonito, mas reduz a impressão de espaço.

Apesar de ter gostado bastante do design, confesso que é algo estranho e talvez até mesmo um contra-senso, pois a cor preta reduz a impressão de espaço, fazendo o assento parecer ainda menor do que realmente é. 

Um fato interessante é que durante a visita à Nova Zelândia vi no céu um avião preto, o que chamou muito a atenção por ser totalmente fora dos padrões.

Pesquisando, descobri que a Air New Zealand pintou alguns de seus aviões de preto justamente para comemorar a conquista da Copa do Mundo de Rugbi pelos All Blacks, a seleção nacional.

Créditos Wikipedia/Air New Zealand

Ficou simplesmente lindo!

Eu sei que não está certo, mas como 99,9999% das pessoas eu não presto atenção aos avisos de segurança. Todavia, o da Air New Zealand acabou chamando a atenção pela criatividade.

Vale a pena assistir para notar como é o senso de humor escrachado dos kiwis:

Gosto duvidoso? Ah que é isso. Convenhamos, cumpre com a missão de chamar a atenção dos passageiros, e até tirar uns sorrisinhos pelo avião.

Um detalhe interessante é que além de vários craques da seleção de rúgbi, aparece, na primeira fila e depois fazendo umas coreografias loucas, o Phil Keoghan, kiwi de nascença e apresentador do The Amazing Race, um reality show altamente recomendável para quem gosta de viagem, atualmente com “apenas” 20 temporadas.

O entretenimento à bordo seque o padrão das grandes empresas, telas individuais, com conexão USB e controle remoto/telefone. Nada de mais.

I´m back in black! Tem trilha sonora melhor para chegar na Austrália num avião dos All Blacks?

Na volta, no pequeno, mas eficiente aeroporto de Christchuch, me deparei com a obrigação (já que não havia outra possibilidade) de fazer um check-in totalmente self-service, algo que eu ainda não tinha experimentado – já li que Dubai tem este sistema.

A coisa funciona assim: você vai a um totem, faz o seu check-in no computador (como o da TAM, por exemplo); a máquina imprime seu boarding-pass; você se dirige para uma outra área ali ao lado, na qual você pesa a sua mala (existe sim uma fiscal apenas para conferência, então nada de colocar aquela bigorna que você deixou de lado); cola a etiqueta da mala; e empurra a infeliz para a esteira. Pronto.

Totem para check-in eletrônico e coleta do bilhete de bordo e etiqueta da mala.
Hora de dizer até logo para as malas…

Prático né? É tudo tão rápido que você fica com a impressão de que está faltando algo.

Fila? ZERO! Coisa de primeiro mundo.

Resultado: nada de filas.
E olha que tinha bastante gente no aeroporto.

Pontos negativos? Sim, vocês devem estar sentindo falta de fotos de comida e tudo mais, como tivemos na Qantas e outras tantas empresa aéreas. 

Pois é. Algo que eu não esperava e me decepcionou foi o fato de não terem servido absolutamente nada à bordo, e pior, não terem avisado que seria imposta uma dieta coletiva. Caso contrário eu compraria um fish´n chips para viagem. Rsss

Mas tudo bem. O que ficou mesmo foi a pontualidade e principalmente a simpatia do pessoal da empresa.

Nota 10 para a pontualidade.

Na volta, não estranhe se os atendentes lhe perguntarem por onde você passeou e se gostou. Eles gostam mesmo de conversar com os “gringos” que visitam aquele remoto e isolado pedaço de terra. Isto faz com que, mesmo sem ter ainda ido embora, já tenha vontade de voltar.

Balanço geral? Sim, a Air New Zealand agradou bastante, mas sejamos sinceros, mais pela eficiência do serviço de transporte (algo mais do que obrigatório) e pela simpatia das pessoas que lá trabalham, do que pelo serviço de bordo. Opa, que serviço de bordo? Você disse que não serviram nada… Serviram água uai!!!

Hora de relaxar e curtir o voo, com direito à vista do Mount Cook e um “rio” de nuvens abaixo.

 

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1 comentário

SBGR SPOTTING 14 de abril de 2012 at 03:04

Lindo Você é demais!!!
Gostei muito das aeronaves pintadas em preto!!!

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