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Conhecendo Hamilton Island e Whitehaven Beach

A Austrália é um lugar um tanto quanto fora do comum, em diversos aspectos, e em especial no que se refere à paisagem e fauna, como vocês já viram aqui. E tem dois lugares que você não pode deixar fora do seu roteiro: Hamilton Island e Whitehaven Beach.

Sem dúvida alguma, a maior atração natural, e viva, não só da terra dos Roos, mas também do mundo é a Grande Barreira de Corais. Digo maior do mundo com base no fato de que este é o maior recife de coral do mundo. 

E segundo dizem, o único ser vivo possível de ser avistado espaço. Sei não, ainda não fui lá para cima ver, mas vou ficar aqui com esta ideia bem difundida por ai.

Bem, o fato é que este patrimônio da humanidade assim declarado pela UNESCO tem uma extensão total de aproximadamente 2.300km, extendendo-se das praias do nordeste da Austrália e à Papua-Nova Guiné, com uma largura que varia entre 20 km e 240 km.

São ao todo 2.900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis de coral, nos quais podem ser encontradas aproximadamente 1.500 espécies de peixe, 360 espécies de coral, 5.000 a 8.000 espécies de moluscos, 400 a 500 espécies de algas marinhas, 1.330 espécies de crustáceos e UFA!, mais de 800 espécies de equinodermes.

Traduzindo em miúdos como diriam os mais antigos: ali vivem tartarugas marinhas, raias-manta, tubarões, bacalhaus, peixes-palhaço, moréias, e durante os meses de julho e setembro é possível avistar baleias na região. A vida marinha lá é tão rica que o cinema retratou a região como sendo o habitat natural da dupla Nemo e Dori.

Que cor de mar é essa???
Recifes por todos os lados.

A natureza ali parece ser tão perfeita que existe até um famoso coral em formato de coração. Duvida? Coloque “heart shaped reef” no Google e veja o resultado. Ou para facilitar, clique neste link do Lonely Planet. No mapa deste post colocamos a localização exata dela.

É ou não é algo para ser admirado? Bem, anualmente quase 1 milhão de pessoas visitam a região da Grande Barreira de Corais, o que é considerável se levarmos em conta que a Austrália é um destino significativamente longe para aqueles que vivem fora da Oceania, e que a própria Grande Barreira de Corais fica relativamente distante de grandes centros urbanos como Sydney, por exemplo. 

Mas voltando ao que faz o lugar tão belo e famoso, os corais. Eles se desenvolvem melhor em águas mornas e rasas, onde há muito movimento aquático e luz abundante.

Estas condições tão peculiares justificam a preocupação dos ambientalistas com o aquecimento global e a consequente subida do nível dos mares, pois neste cenário os corais ficarão a uma profundidade maior do que os 30m ideiais, prejudicando o seu desenvolvimento, e contribuindo para a sua extinção nas condições mais extremas.

Os corais mortos tendem a formar montanhas submersas.

Infelizmente a Grande Barreira de Corais sofre também com a poluição marinha e eventos como o El Niño, cujos danos podem ser notados no processo chamado de branqueamento, no qual ocorre a perda de pigmentos dos corais, e conseqüente redução da vida marinha adjacente. 

Com uma temperatura média da água entre 20-28ºC e visibilidade de 30-40 metros, preciso dizer que é um dos melhores lugares do mundo para snorkel ou scuba-diving? Acho que acabei de encontrar mais uma boa desculpa para voltar para lá.

Ah da próxima vez…

Ok, mas qual o melhor lugar para apreciar a Grande Barreira de Corais? Ao menos que você seja mergulhador e pretenda fazer um live on borard, tipo de passeio em que se fica instalado num barco-hotel durante dias só mergulhando, as opções mais comuns são Cairns, Airlie Beach e Whitsunday Islands.

Whitsunday Islands

Ainda que Cairns seja a escolha mais obvia da maioria daqueles que visitam a Austrália, optamos por Whitsunday Islands, tanto por ser mais próxima de Sydney – Cairns fica quase 600km dali, mais ao norte – quanto pela possibilidade de apreciar uma das praias que é considerada a mais bela do mundo.

Situada no estado de Queensland, Whitsunday Islands é um complexo de 74 ilhas de tamanhos diferenciados que fazem parte de um parque ecológico a 900km de Brisbane, a metrópole mais “próxima” da região – lembram que na Austrália tudo é muito distante???

As ilhas na verdade, que na verdade são topos de corais formados muitos anos atrás, foram descobertas em 1879 pelo comandante inglês EP Bedwell.

As ilhas parecem brotar por todos os lados.
Voando baixo nos arredores de Hamilton Island.
Que tal uma desta como privite island? Impossível, estamos falando de um parque ecológico.

Não sei se vocês se lembram, mas em 2009, com o objetivo de promover o turismo na região, o governo de Queensland criou o concurso Best Job In The World. Nele, um sortudo teria como “trabalho” publicar um blog com fotos e textos a respeito da região (ah se me dão…). Como benefícios, oferecia-se um belo salário, casa luxuosa gratuita e transporte entre as ilhas. “Blogar” assim parece fácil, não? 

Foram mais de 34 mil candidaturas de mais de 200 países diferentes. Ao final, restaram 16 finalistas (incluindo um escolhido por uma votação on-line). 

A campanha rendeu uma boa publicidade ao local – que nem precisava de tanto esforço para isto, bastava ver as fotos deste paraíso – e nada mais que três prêmios no Festival de Publicidade de Cannes International. A publicidade foi tamanha que a BBC fez até um documentário para cobrir a final do concurso.

O vencedor do concurso foi o inglês Ben Southall, que passou 6 meses no emprego, como previa o contrato – na última semana de emprego ele foi picado por uma água-viva Irukandji, mas se recuperou bem. Isto que eu chamo de acidente de trabalho!!! Rsss.

Em tudo quanto é canto tem placas de aviso sobre a Irukandji. A coisa é séria.

Está claro que a campanha foi um sucesso. E de tão certo que deu, o órgão oficial de turismo da Austrália fez uma nova edição do Best Jobs, mas agora com seis vagas diferentes, uma para cada região e com um estilo próprio – aliás o resultado sai dia 21 de junho próximo. Genial! Segundo cirulado na imprensa, dois brasileiros estão no páreo.

Mas voltando para as dicas de viagem. 

Para chegar à região de Whitsunday Islands existe a opção de pegar um vôo direto de Sydney que desce no Hamilton Island Airport (vôo este aqui já relatado) ou pegar um ferry-boat a partir de Airlie Beach (aproximadamente AUD 40), mas neste caso o vôo teria que ser para Proserpine, com uma pequena viagem de ônibus para Airlie Beach. Me pareceu muito trabalho+tempo face à pequena redução de custo.

Também já tivemos a oportunidade de mostrar um pouco a respeito da hospedagem quando postamos o hotel review do Reef View Hotel.

Reef View Hotel.
Palm Bungalows, uma outra opção com preço mais razoável.

Mas se vocês quiserem, recomendo uma visita ao site oficial da ilha, pois lá vocês encontrarão algumas outras opções de hotéis – poucas é verdade. Quem não quiser se hospedar na ilha pode ficar em Airlie Beach. Não conheci a cidade, mas pelo que pesquisei, já que é para ir tão longe, sugiro enfiar o pé na jaca com relação ao orçamento e ficar em Hamilton Island. Só o que se gasta de dinheiro e tempo para ir de um lado para o outro não compensa o preço menor da estadia em Airlie Beach.

Hamilton Island

Ainda que a cereja do bolo da região não seja Hamilton Island (mais a diante vocês entenderão o motivo), é nela que você passará a maior parte do tempo, afinal é lá que está toda a infra estrutura de hotéis, restaurante, bares e lojas.

A ilha foi inicialmente arrendada por Keith Williams e Bryan Bryt em 1975, que em meados de 1978 começaram a construção do porto e dos hotéis, que abriram a partir de 1982 – em 1985, a maior parte do complexo de resorts foi destruída por um incêndio. Atualmente, a ilha está em regime de arrendamento a longo prazo do Governo da Commonwealth para a família Oatley que explora a maioria das atrações locais.

As ruas são assim, perfeitas.
Parece que tudo é feito para ser agradável.
O centro de Hamilton Island.
Lá encontra-se tudo o que é necessário.

Apesar de ser relativamente pequena, Hamilton Island tem 1.840 habitantes, o que pode não combinar muito com a ideia de um local exclusivo para resort.

Exceto pelos veículos comerciais e de transporte público, veículos automotores são proibidos na ilha. Assim, o transporte de turistas é feito por carros de golfe (que podem ser locados) ou por shuttles buses (gratuito por sinal).

Um dos micro ônibus gratuitos.
Mapa com as linhas de ônibus.
O estilo Hamilton Island de se locomover pela ilha.
Onde você olhar, verá vários deles. Cuidado ao atravessar as ruas, porque você não ouve quando eles se aproximam.

Uma coisa que é muito interessante é que embora a Austrália utilize a mão de direção inglesa, os carrinhos (importados) têm mão de direção como a nossa. Vi vários Aussies fazendo trapalhadas. Hora da revanche para quem passou dias atrapalhado atravessando as ruas com a maior pinta de gringo!!!

Como lhes disse anteriormente, do aeroporto para o hotel e vice-versa, os hoteis oferecem transfer gratuito. 

Aliás, andando pela ilha e reparando como tudo parece perfeito, e na exótica vegetação, fiquei com a clara impressão que tinha caído em algo como um misto de Ilha da Fantasia e Parque dos Dinossauros. Juro que fiquei imaginando o Tattoo aparecendo com uma taça de champagne no meio da praia. Rsss.

Ibisco.
Algumas das aves nativas.

E por falar em cinema, Hamilton Island foi cenário para os filmes Fool’s Gold com Matthew McConaughey, Kate Hudson e Donald Sutherland (excelente por sinal) e Muriel’s Wedding – dizem que é famoso, mas eu não lembro não… 

Na ilha não existem postos de informações turísiticas, mas os hotéis dão muito bem conta do recado tanto para informações quanto para marcar passeios variados. Se precisar, sugiro uma visita ao Whitsunday Tourism Office para outras informações a respeito do destino – o escritório deles fica em Proserpine, uma cidade próxima. 

Como a ilha está situada em uma região tropical, as condições climáticas mudam rapidamente. No geral, predomina um clima quente e úmido a maior parte do ano. Infelizmente tivemos uma sequência de dias com chuva na região, o que embora tenha atrapalhado um pouco o visual das fotos, não chegou a prejudicar os passeios.

Com pouquíssimos hotéis, eles conseguiram manter o equilíbrio com a natureza.
Que vida dura!
Recomendo um passeio pela Marina tanto durante o dia
Quanto à noite.

Se tem uma coisa que os australianos manejam muito bem é a previsão do tempo. Surigo inclusive uma visita ao Australia Weather, que traz previsões bastante confiáveis.

Onde comer?

Além dos evidentes restaurantes dos hotéis, vocês encontrarão algumas opções não só de bares, mas também de restaurantes na Marina Village, o pequeno centro comercial da ilha.

Para um almoço mais mais bacana, sugiro o Marina Deli. 

Viciou em fish and chips? Vá ao Popeye`s que fica no centro comercial da cidade. Lá eles servem além do fish and chips tradicional, uma opção interessantíssima que mistura lula e outros frutos do mar. Tivemos que bater o ponto lá duas vezes!

Popeye`s: recomendo.
Uma porção serve bem duas pessoas.

Além disso existe uma General Store, que equivale a um pequeno supermercado. Lá você encontra tudo que pode precisar, desde um refrigerente até protetor solar.

Se sobrar algum gás depois dos passeios, dá para ir tomar algo na “balada” local, o Boheme’s Nightclub. Não fui, mas olhando de fora deu para perceber que não é lá aquelas coisas. Mas dê um desconto! O propósito da viagem da maioria dos turistas nem parece ser farrear mesmo…

“Balada”? Até tem…

Para uma lista completa e atualizada dos restaurantes e bares da ilha, sugiro uma visita a este site

Fora alguns poucos itens de artesanato nas lojas da Marina Village, não há nada para comprar em Hamilton Island. Guarde seu ímpeto consumista para outras paradas da viagem, como Sydney, por exemplo.

Algumas poucas lojas, nada de mais.
Mas esta de artesanato chamou a atenção.
O difícil é levar para casa!

Precisando de um banco? Existe um posto do National Australia Bank na Marina Village que funciona de segunda à sexta das 9h30 às 11h30 e das 12h30 às 15h30. Os ATM´s funcionam 24hs ali mesmo e no Resort Centre, assim você pode sacar dinheiro com facilidade. Existe também um terminal EFTPOS no Reef View Reception Desk e no Yacht Club Tavern.

Bom, mas o que tem para fazer em Hamilton Island? 

Como não poderia ser diferente, as atrações da ilha são na sua maioria atividades ao ar livre. Afinal, com um cenário paradisíaco nem poderia ser diferente.

Apenas para citar algumas, existe a possibilidade de fazer passeios de caiaque; catamarã; mergulhos (scuba diving ou snorkel); dar umas tacadas no belíssimo campo de golfe local – que serve inclusive a uma etapa do PGA Tour; fazer um passeio de quadriciclo; e muito mais.

Para as crianças, além da evidente diversão na praia, sugiro o Wild Life Hamilton Island, que cujo review já fizemos aqui.

Wild Life Hamilton Island.

Está sobrando grana? Aproveite para fazer um voo panorâmico de helicóptero ou avião. Só não se esqueça de convidar este blogueiro!

Cansou de tudo isso? Hamilton Island tem dois SPAS.

A principal praia da ilha é Catseye Beach. Claro que se comparado à Whitehaven Beach, fica literalmente no chinelo, mas mesmo assim não deixe de dar uma passada por lá, afinal ela fica diante de dois movimentados hotéis, o Reef View Hotel e o Beach Club e é bem interessante.

Catseye Beach.

Infelizmente as chuvas dos dias anteriores judiaram um pouco da paisagem, que foi ainda afetada pela maré baixa que deixou à mostra parte do leito do mar.

Durante o ano a ilha serve de palco para vários eventos, tais como regatas, provas de meia maratona, triátlon, e até campeonatos de golfe. Vale conferir aqui a lista completa e atualizada de eventos durante o ano.

Catseye Beach.

Em Catseye Beach, a maré baixou tanto que era possível caminhar vários metros mar a dentro.
Pequenos molúsculos à mostra.
Este casal de noivos, aproveitou a maré baixa
E foi fazer fotos lá no meio. Que dó do vestido!

Curte passeios de barco? Em Hamilton Island é possível fazer desde um tranquilo passeio de veleiro ao entardecer até um eletrizante passeio de jetboat ou alugar um jetski. Ah que coisa triste… Para quem curte, vale conferir este vídeo de um tour de jetski pelo local. Perdição.

Que coisa linda. Não, não estou falando só da cacatua… Olhe as “crianças” estacionadas ali atrás.

E por falar em barcos, é através deles que vocês poderão, na minha opinião, fazer o passeio mais interessante da região. Um mergulho ou snorkel na Grande Barreira de Corais que como dissemos tem ali um de seus trechos mais conhecidos, e conhecer Whitehaven Beach.

Esta construção moderna é o yatch club local.
Que beleza hein!
Marina.

Não quer ficar num hotel? Que tal num destes?

A menos que você tenha condições de locar uma embarcação, a melhor forma de visitar Whitehaven Beach é num tour de um dia. Até pouco tempo atrás este passeio era explorado por duas empresas que prestavam serviços praticamente idênticos, a H20 Sportz e a Cruise Indigo. Atualmente, apenas a segunda está operando na região.

Verificando as atuais opções oferecidas, notei que o tour mais parecido com o que utilizamos é o Sail and Snorkel to Whitehaven Beach, que faz tanto o snorkel quanto a visita à Whitehaven Beach por AUD 150 por adulto e AUD 105 para crianças – famílias têm pacotes próprios e mais vantajosos. Separe um dia inteiro para este passeio, pois ele parte às 9h00 e retorna à marina de Hamilton Island por volta das 16h00.

O barco que usamos.

O tour inclui parada para snorkel numa enseada onde é possível ter uma amostra da vida marinha da Grande Barreira de Corais; subida à colina da praia para vista panorâmica de Whitehaven Beach; e um bom tempo livre na praia propriamente dita para curtir.

Outra opção interessante, mas que parece ser um pouco mais “corrida” por assim dizer é o Reef Ryder Tour.

Saindo de Hamilton Island.

Farol da entrada da marina.
Logo de cara, a cor da água chama a atenção.

Após uns 30/40 minutos de navegação, o confortável barco ancora numa pequena enseada nos arredores de Whitehaven Beach. Ali, todos são obrigados a vestir uma roupa de lycra para proteção contra a Irukandji. Não é bonito, mas te salva! Aliás em muitas praias da região existem avisos para nadar usando esta roupa, principalmente em determinadas épocas do ano nas quais as Irukandji são mais frequentes nas águas.

Todo mundo pronto? Bora para água! Nunca fez snorkel? Não tem problema, eles oferecem flutuadores para quem não sabe nadar muito bem e os guias, muitissímos atenciosos, fazem de tudo para que o pessoal curta o passeio de forma tranquila e segura.

Passamos cerca de uma hora na água, que mais parecia um aquário!

A quantidade de peixes é enorme. Várias cores e tamanhos. Ah que falta que me fez o curso de scuba diver àquela altura… Mais uma boa desculpa para voltar lá!

Embora eu já tenha achado a água absurdamente clara e cristalina, os guias disseram que por conta das chuvas dos dias anteriores ela turvou um pouco. Fiquei imaginando como seria em dias sem chuvas. 

A quantidade e variedade de corais no fundo era incrível. Nunca ví tantos tipos e cores diferentes.

Mas o mais legal foi ver alguns Humphead wrasse ou peixes Napoleão de perto. Filhotes na verdade, pois os adultos variam entre 2m os machos e 1m as fêmeas.

Lindos, grandes e absurdamente amistosos, fiquei com a certeza que eles simplesmente vinham ao nosso encontro para serem acariciados, como se fossem cães e gatos.

Sensação de ter caído num aquário!

Grande variedade de corais.
Olha o Napoleão ai!
E a sua linda coloração.

Deu até para fazer um video.

Refeitos do snorkel, pausa para o almoço. Incluso no preço. Uma delícia.

Lanche.
E pausa para a chuva.

Whitehaven Beach

Ainda que o snorkel seja bastante interessante, a cereja do bolo é mesmo Whitehaven Beach.

Junte uma dúzia de pessoas e pergunte a elas qual a praia mais bonita que elas já viram. Muito provavelmente cada uma lhe dará uma resposta. É quase que como perguntar qual a melhor música ou filme. Varia conforme o gosto.

Apesar disso, vez ou outra alguns sites conceituados apresentam listas de Top Beaches. E uma praia que está sempre entre as melhores é Whitehaven Beach. Duvida? Basta conferir a lista deste ano do TripAdvisor onde ela aparece em 3º lugar; e a lista da CNN onde ela figura em 4º lugar, só para citar duas fontes mais sérias.

A maioria dos turistas e até mesmo dos Aussies consideram Whitehaven Beach a mais bela praia da Austrália. Não é para menos. Na minha humilde opinião, no quesito beleza natural. Whitehaven Beach é, até o momento, imbatível.

A nossa incursão começou com o desembarque do lado oposto à praia, numa pequena enseada. Dali caminhamos numa trilha por aproximadamente 20 minutos até chegar ao mirante de onde se vê Whitehaven Beach de cima.

Barco ancorado,
Hora de desembarcar.
Sim, em duas viagens neste “transatlântico”!
Todos chegaram na praia oposta a Whitehaven Beach.
Lá ao invés de pedras, restos de corais na areia.
Sabe aquela coisa de “a poucos passos do paraíso”. Aqui faz todo sentido.
Trilha tão sossegada que nem sei se dá para chamar de trilha.
Bem, olhando para cima, acho que dá sim. Na volta não a vi lá. Estava torcendo para ela estar muito longe do meu caminho!!!

A curta e tranquila caminhada por uma trilha um tanto quanto sem graça revelou uma das mais belas vistas que já vi e que faz jus ao nome da praia. Se o céu é aquilo, guarde o meu lugar!!! 

Sabe aquele lugar onde você tem vontade de ficar horas parado, só apreciando a paisagem para garantir que nunca mais vai esquecer? Um desejo de simplesmente gravar na retina aquela visão paradisíaca da foto que abre este post.

É amigo, prepare a máquina!
Uma das enseadas de Whitehaven Beach.
Os vários tons de azul de Whitehaven Beach.

Depois de alguns poucos minutos caminhando a partir do mirante chegamos à praia propriamente dita. Rodeando a areia mais branca que já vi na vida, um mar que ia do acinzentado no raso ao verde-azulado conforme aumentava a profundidade. Pois é! A descrição parece coisa de louco, mas acho que esta é a mais próxima da realidade que consigo fazer em palavras.

Quem diria que isto pode ser vegetação de praia?

São ao todo 7 km de comprimento, acessíveis apenas de barco a partir de Airlie Beach ou Hamilton Island.

O bacana é que como trata-se de um lugar de difícil acesso, e onde inexiste infra estrutura – nem preciso dizer que não existem barracas e vendedores ambulantes, né? – a beleza local parece ressaltar mais ainda. 

Um fato curioso é que além, de serem proibidos cães (assim como em muitas outras praias), não é permitido fumar no local – tudo para evitar bitucas!

Em suas águas cristalinas é possível encontrar arraias bem próximas da areia.

Hahã!!! Para provar que não era estória de pescador.

O nosso guia tentou nos mostrar alguns filhotes inofensivos de lemon sharks que ali vivem – Whitehaven Beach é uma espécie de berçário para eles. Infelizmente vimos apenas as silhuetas turvas pelo movimento nas águas, nem deu para fotografar – não, não é estória de pescador!!! Rsss

Como não deu para ver lá, fica a foto de um no aquário de Sydney.

Whitehaven Beach é conhecida por sua areia extremante branca, a qual consiste de 98% de pura sílica. Mas como as pedras nativas dali simplesmente não contém sílica, os especialistas acreditam que a areia veio na verdade de outro local milhões, de anos atrás.

Em razão deste alto teor de sílica, a areia não esquenta e portanto não queima os pés. Isto que eu chamo de praia perfeita! Como a areia é absurdamente branca, dependendo do sol (que nos deixou na mão neste dia!!!), óculos escuros são essenciais.

Fina e mortal para os seus gadgets.

Uma dica importantíssima dada pelos guias locais é que você deve evitar ao máximo o uso de máquina fotográfica e outros equipamentos eletrônicos na praia. Isto porque a areia de tão fina e grutenta é “mortal” para os gadgets.

Sugiro tirar fotos fora da areia ou simplesmente utilizar máquinas à prova d’ água.

Bom pessoal, se vocês estiverem na Austrália e quiserem conhecer “A PRAIA”, a pedida é Whitehaven Beach. Em uma única palavra: VÁ! Enfim, é com saudades que vamos terminando a nossa série de posts sobre a Austrália, um país que como disse no começo destes posts, merece ser conhecido. O risco é você não querer voltar para casa! Eu não me responsabilizo nem atendo casos de deportação, hein!

Austrália, paixão platônica antiga, agora concreta e colocada à prova.

Toda vez que um australiano gritar o popular “Aussie, Aussie, Aussie!”, vou ecoar do outro lado com um sotaque mais brazuca mas não menos apaixonado e cheio de saudades!

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4 comentários

Vera 21 de novembro de 2016 at 12:40

Em recente viagem a Austrália e Nova Zelândia, comprovei todas as dicas postadas. Parabéns pelo blog,agradeço e recomendo.

Responda
Diogo Ávila 21 de novembro de 2016 at 20:30

Obrigado Vera!!!
Se puder compartilhar o blog entre seus contatos e redes sociais agradeço.
Abraço.

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Erika Fiuza 23 de outubro de 2015 at 23:11

Adorei seus relatos! Obrigada por compartilhar.

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Oigres 31 de agosto de 2014 at 21:42

Uma ótima abordagem sobre como chegar na região da Barreira de Corais e explorá-la mesmo para quem não mergulha, parece que só com snorkel já vale a pena entrar ness água transparente.

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