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Londres: Sanderman’s Tour, Hyde Park, e Abbey Road

Tem coisas que só se vê em Londres.

Com pouco mais de 7 milhões de habitantes, Londres é uma das cidades mais influentes do mundo e um destino quase que obrigatório para todo viajante. Com muitas atrações é fácil fazer mais de uma viagem sem repetir atrações.

Não que anteriormente às Olimpíadas de 2012 Londres já não fosse uma cidade incrível, mas não dá para negar que após este grande evento melhorias naquilo que já era bom, foram feitas. Quem visita a cidade atualmente encontra a capital inglesa tinindo!

Ainda que o metrô seja uma excelente opção de deslocamento como já vimos no post anterior, não deixe em hipótese alguma de caminhar pela cidade. Plana, bem arborizada e bastante segura, caminhar por Londres é uma das melhores formas de conhecer a cidade.

Ter um mapa sempre a mão ajuda, mas em muitas esquinas vocês encontraram totens como este.
Uma típica rua londrina.
Pelas ruas, vocês encontrarão alguns banheiros públicos como este. 

Como as atrações são relativamente próximas, sugiro agrupar as atrações por regiões, assim vocês poderão ir de uma para a outra caminhando.

Londres é relativamente segura, como a maioria das cidades europeias. Lembro numa noite de ter assistido a um programa de televisão do no estilo do americano COPs ou algo assim, que mostrava o dia-a-dia da polícia local. Os crimes mais graves que vi foram brigas de casais e brigas de bares.

Entretanto, deixo aqui a ressalva quanto aos eventuais batedores de carteiras e celulares, especialmente em locais de maior aglomeração.

Com um ar absolutamente cosmopolita, uma das coisas que mais chama a atenção é a quantidade de pessoas de diferentes origens e nacionalidades, de imigrantes brasileiros à indianos; de africanos a árabes, a cidade tem de tudo um pouco. Duvida? Sente-se em um local movimentado como Piccadilly Circus e veja literalmente o mundo passar diante dos olhos.

Muito bem preparada para o turismo, Londres conta com vários postos de informações turísticas:

Endereço Horário de funcionamento
Liverpool Street
Liverpool Street Underground station
Monday
to Thursday: 
07:15-19:00
Friday: 07:15-20:00
Saturday: 07:15-19:00
Sunday and Bank Holidays: 08:15-19:00
Piccadilly Circus
Piccadilly Circus Underground station
Monday
to Friday (including Bank Holiday): 
07:45-19:00
Saturday: 09:15-19:00
Sunday: 09:15-18:00
Euston
Opposite
platform 10
Euston rail station
Monday
to Thursday: 
07:15-19:00
Friday: 08:15-20:00
Saturday: 07:15-19:00
Sunday and Bank Holidays: 08:15-19:00
Victoria
Opposite
platform 8
Victoria rail station
Monday
to Saturday: 

07:15-20:00
Sunday and Bank Holidays: 08:15-19:00
Heathrow Terminal
123
Heathrow
123 Underground station
Heathrow Airport
Monday to Sunday: 07:30-19:30
King’s Cross
King’s Cross Underground station
Western Ticket Hall near St Pancras
Monday
to Saturday:
07:15-20:00
Sunday and Bank Holidays: 08:15-19:00
Holborn
Information Kiosk
The Holborn information
kiosk, located on Kingsway just outside Holborn Tube Station.
Monday to Friday 09:00 to
17:00
City of London Information Centre St. Pauls Churchyard 2 Jan – 31 Dec, Mon – Sat
09.30 – 17.30, Sun 10.00 – 16.00.
(Open
1 Jan 11:00 – 15:00) Closed 25, 26 Dec

Adicionalmente, recomendo uma visita ao site oficial de turismo de Londres.

Um dos vários postos de informações existentes pela cidade.

Aliás uma curiosidade que descobri lá é que para explorar o fato de que vários famosos ali nasceram ou passaram certos períodos de suas vidas, a prefeitura colocou, nas residências já ocupadas por famosos, as chamadas Blue Plaques indicando quem morou ali. Alguns exemplos: Mozart (180, Ebury Street); Benjamin Franklin (38, Craven Street); Charlie Chaplin (287 Kennington Road); Charles de Gaulle (6, Carlton Terrace); Mahatma Gandhi (estudou Direito no Inner Temple); Jimi Hendrix (23 Brook Street), e por ai vai.

Agora se me perguntassem qual a dica mais valiosa da cidade, eu responderia de bate-pronto que é o Sanderman´s Free Tour. Melhor dizendo: a melhor dica para várias cidades da Europa e Israel, onde conhecemos eles.

Para quem não conhece, a Sanderman é uma fundação criada por um senhor que após conhecer o mundo e tendo feito uma grande quantidade de city tours, notou que a maioria deles era muito caro e monótono e pensou em criar um serviço que oferecesse tours interessantes e a preços justos (muitos deles gratuitos).

O nosso guia, cheio de piadas e causos.
Pausa para uma foto com o pessoal do tour.

Hoje eles operam ao todo 18 cidades, a lista completa vocês conferem aqui.

Em linhas bastante gerais, o esquema é o seguinte: na página deles vocês sempre encontrarão um tour guiado gratuito para todas as cidades, e mais outras tantas opções de passeios pagos.

O tour acontece diariamente às 11h00 e às 13h00 saindo do Wellington Arch, próximo à saída 2 da Estação Hyde Park Corner (é só olhar os sujeitos com camisetas vermelhas e placas indicativas). Ele termina no Parlamento.

É obrigatória a reserva prévia aqui. 

Em 2h30 de caminhada são visitados os seguintes pontos: Hyde Park Corner; Buckingham Palace; The Changing of the Guard (most days); Churchill’s War Cabinet Bunker; The Houses of Parliament; St. Martin-in-the-Fields; Westminster Abbey; Trafalgar Square; Nelson’s Column; Wellington Arch; St. James’s Park; 10 Downing St.; Horseguards; Big Ben. Sugiro que vocês façam o tour no primeiro dia, pois ele será muito útil e lhe dará uma excelente visão geral de Londres – depois você volta nos pontos que mais gostar.

Poxa, mas não cansa andar tudo isso. Olha a menos que você seja muito, mas muito sedentário mesmo, dá para ir tranquilamente. Vi muitas pessoas de idade acompanhando a galera.

Se vale a pena? Vai por mim, vale e muito. Você se diverte e aprende pacas a respeito do destino. Os guias, na sua maioria estudantes residentes ou não na cidade, conhecem muito da história e dos pontos turísticos.

O ponto de partida é o Wellington Arch. Aliás sugiro subir nele para uma excelente vista.
Dali se vê a torre do Parlamento
A London Eye e o Shard, o prédio mais algo da cidade.

Em cidades cheias de histórias e curiosidades como é o caso de Londres, vocês ouvirão coisas incríveis, sempre contadas com um viés bastante cômico, algo que parece ser muito característico deste pessoal.

A coisa é tão boa que acabamos embarcando no tour deles em Dublin, Edimburgo, Estocolmo e Copenhagen, tudo nesta mesma viagem.

Ah, um detalhe muito importante. Não é porque é gratuito que vocês deixarão de dar a devida e merecida gorjeta aos guias, o que é claramente sugerido por eles. Justíssimo!

E os tours pagos são bons? Olha, dos pagos fizemos apenas o Pub Crawl com eles em Dublin. Embora pretenda contar a respeito disso em outra oportunidade, posso garantir que foi muitíssimo divertido. Para quem não sabe Pub Crawl é um tour de pub em pub com uma galera, muito, muito animada. Diversão garantida. 

Para quem quiser encarar Pub Crawl de Londres, ela sai acontece todos os dias no Belushi’s em Covent Garden às 19h30 (mas olhem no site oficial pois eles costumam mudar o horário e ponto de encontro). Quanto? São £€15. Um detalhe importante é que mesmo para quem tem cabelos grisalhos é preciso levar uma identidade, ok? Sim, isto não é só um programa para molecada não, tem muito tiozinho e tiazinha animada na galera!

Todo o trajeto é feito à pé, mas pode ser necessário pegar um metrô (£4) para seguir à diante, e está incluso o seguinte: “5 Cool Bars & Dance Venues; FREE Queue jump at all venues; FREE Entrance to some of London’s best bars & nightclubs; FREE Drinks and Shots; Drink Specials: including Happy Hour prices, 2 for 1 beers, cheap cocktails and shots from just £1; FREE Map with directions to help you home”.

Enquanto esperávamos o tour, literalmente apareceu a cavalaria no Wellington Arch.

Bom, já que vocês estão por ali esperando o tour, sugiro aproveitar para dar um passeio pelo Hyde Park.

Embora Londres tenha uma boa quantidade de parques, nenhum deles é tão grande e emblemático como este, fazendo de uma pequena caminhada ou até mesmo um piquenique algo obrigatório. Se pensarmos o quanto Londres é antiga e populosa, a quantidade de área verde é considerável, pois além do Hyde Park, existe ainda o Regent Park; St. James Park e Green Park, apenas para citar os mais centrais.

As típicas espreguiçadeiras do Hyde Park.
Fontes…
E até esquilos fazem parte da paisagem do parque.
Muitas flores e jardins pelo parque.

Com aproximadamente 2,5 km² de área, é a maior área verde da cidade, e um dos maiores parques do mundo. O seu nome deriva de hide, uma unidade de medida usada à época. Originalmente, fazia parte das posses da abadia de Westminster, até que em 1536 o rei Henrique VIII adquiriu a área para usá-la como área de caça – algo bem típico inglês. Apenas no reinado de Carlos I é que tal passou a ser de uso público.

No seu centro, fica o lago Serpentine que recentemente foi inclusive utilizado para competições olímpicas.

Serpentine.
Lá foram realizadas as provas de maratona aquática.
Pessoal treinando?
Estes certamente não!
Café Lido às margens do Serpentine.

Interessante que nos idos de 1665, por conta da Peste Negra, doença que se espalha consideravelmente por conta das péssimas condições de higiene, boa parte da população preferiu simplesmente acampar no parque, pois era a área menos suja da cidade.

Como é uma enorme área aberta, ele também costuma ser usado para shows e festivais de música, de artistas como Queen; Madonna; Paul McCartney e U2.

Localize-se.
Com muito espaço para shows
O Hyde Park é praticamente a praia dos londrinos.

É justamente nas cercanias do parque que fica a chamada Esquina do Orador ou Speakers’ Corner (a noroeste, próximo ao Marble Arch), um local em que desde 1872 qualquer pessoa pode protestar sobre qualquer coisa.

No interior do parque, existe um memorial em homenagem à falecida princesa Diana, a Fonte Memorial de Diana, Princesa de Gales.

A fonte em homenagem à Princesa Diana.
No detalhe o sistema que faz a fonte ter uma espécie de correnteza. Pena que estava desligada…
A bela estátua Isis diante do memorial.

O parque funciona das 5h00 às das 5h00 às 0h00.

Outra opção interessante de parque em Londres é o St. James’s Park, que com 23 hectares, portanto menor que o Hyde, é o mais antigo da cidade. Ele fica ao lago do Palácio de Buckingham.

Ali perto vocês encontrarão também o Royal Albert Hall. Com uma capacidade para oito mil
pessoas e inaugurada em 29 de Março de 1871 pela própria rainha Vitória, em homenagem ao seu falecido esposo, é a casa de shows mais famosa e bela de Londres.

Recentemente recebeu grandes shows que viraram DVDs, como o Concert For George em homenagem ao ex-beatle, George Harrison; e show Live at The Royal Albert Hall da cantora Adele. Fica na Kensington Gore, e pode ser visitada diariamente das 10h30 às 15h30.

Como da primeira vez que estive em Londres acabei passando parte considerável da viagem visitando museus, resolvi desta vez simplesmente ignorá-los. Não que eles não sejam interessantes não, mas para quem já os visitou uma vez, talvez existam outras coisas interessantes para serem vistas na cidade.

Assim, deixarei abaixo algumas dicas de museus imperdíveis na capital inglesa.

O primeiro deles e que seria na minha opinião o mais bacana é o British Museum. Fundado em 1873, é um dos museus de história mais antigos, e um dos melhores, senão o melhor do mundo. Ali encontra-se de tudo, desde peças pré-históricas até artefatos egípcios – inclusive a Roseta, aquela pedra que ajudou a decifrar os hieróglifos.

O British Museum fica na Great Russell Street, abre diariamente das 10h00 às 17h30, e o melhor de tudo é gratuito (apesar que doações são muito bem vindas – colabore!).

Outra boa pedida nesta mesma linha é o Museu de História Natural. Com uma excelente exibição de animais empalhados, é um dos principais museus de história natural do mundo. Quem já foi ao de New York verá algo bastante semelhante. Ele fica na Cromwell Road, próximo à estação Tube South Kensington; abre diariamente das 10h00 às 17h50; e assim como o British é gratuito.

Lembro como se fosse hoje a primeira vez que visitei um dos museus do Madame Tussauds. E foi justamente o de Londres! Há quem diga que é meio bobo olhar aquelas estátuas de cera imitando gente famosa… Entretanto, ainda assim considero algo que deva ser visto ao menos uma vez na vida, nem que seja para apreciar a perfeição das estátuas.

Não adianta, todo mundo cedo ou tarde paga um mico deste tipo.

Um detalhe importante é que caso pretenda também visitar a London Eye, vale a pena comprar o ingresso combinado que além do desconto, dá a vantagem de evitar as enormes filas do museu de cera. Ele fica bem próximo ao Hyde Park, na Marylebone Road; abre diariamente das 9h00 às 17h30 e alguns poucos dias até as 18h00; o ingresso custa £30 na bilheteria ou £22,50 on-line, ou ainda £15 para quem quiser visitar após as 17h00 e comprar on-line (sinceramente não vi vantagem).

Ali perto vocês também encontram um pequeno museu do famoso detetive Sherlock Holmes. Sim, existe um na casa que seria na ficção do famoso personagem. Este foi o endereço usado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle, para ser a residência do famoso personagem – na 221b Baker Street.

Para quem não sabe, o primeiro livro “Um estudo em Vermelho” foi publicado em 1887. Precursor do que hoje faz sucesso em séries como CIS, ele usava métodos científicos e lógica para a solução dos crimes, e virou sinônimo de detetive e um símbolo da cidade.

O personagem está sempre junto de seu amigo Watson, a quem dirige o seu “elementar, meu caro Watson!”, expressão criada depois em adaptações para o teatro e cinema, com o seu inseparável cachimbo. Foram ao todo 60 obras, 56 contos e 4 romances.

O museu funciona diariamente das 9h30 às 18h00 e custa £8.

E para quem é fã do quarteto de Liverpool, ali ao lado tem uma London Beatles Store‎ (231 Baker Street), uma das melhores lojas temáticas deles do Reino Unido. 

E por falar em Beatles… Infelizmente não tivemos tempo suficiente para ir à terra natal da banda, que na minha opinião é a melhor de todos os tempos e precursora de muito que temos hoje no Rock´n Roll.

Pausa queridos leitores! Antes de seguir com a leitura deste post, sugiro dar um play no vídeo abaixo para criar um clima. Ok?

Bom, voltando ao assunto.

Mesmo sem visitar a “meca” da beatlemania, da qual dizem pouco restou – tanto que o Cavern Club hoje existente não é o mesmo daquela época – Conseguimos visitar aquele que talvez seja o maior marco do quarteto na capital inglesa, a famosa Abbey Road.

Se o nome desta rua não lhe pareceu familiar, talvez seja porque você não é fã dos FabFour ou se esqueceu de algum detalhe… Quem sabe a foto abaixo ajude a lembrar.

Kkkk.

Difícil? Quem sabe com a original?

Créditos: Iain Macmillian.

Sim, foi nesta rua que tiraram a famosa foto sob a faixa de pedestres que serviu de capa para o álbum de mesmo nome, o 12º e penúltimo da banda (snif!).

Dentre os clássicos ali estão “Come Together” e “Here Comes the Sun”.

Na verdade, o local foi escolhido em 1969 por conta de estar ali perto o estúdio Abbey Road, no n.º 3. Enquanto a banda gravava o disco, mais precisamente em 8 de agosto de 1969, por sugestão de Paul McCartney o quarteto saiu para a rua juntamente com o fotografo Iain Macmillan.

Fachada do estúdio.
Olhando assim, é uma rua como qualquer outra.
Mas a placa …
E a quantidade de gente travando o trânsito entregam. Os moradores locais “adoram”!

Após uma sequência de fotos que inclusive, segundo a lenda teria irritado muito John Lennon, segundo o qual eles deveriam usar o tempo para gravar, Paul teve a brilhante ideia de fazer uma foto na faixa de pedestres.

Pimba! Virou um ícone!

Tanto que várias lendas circularam a respeito da foto. A mais famosa delas daria conta que Paul teria morrido em um acidente de carro três anos antes. Tudo isso baseado no fato que ele é o único que está descalço na foto. Eita pessoal criativo!!!

Curioso que ali perto existe um muro que tradicionalmente é pichado pelos fãs com trechos de letras dos Beatles e tudo quanto é recado. Claro que nós deixamos o nosso. Só fiquei imaginando quantas vezes eles já pintaram o muro desde então!

Queria saber quando isto virou moda.
Dona Cumbicona fazendo arte.
Sabe-se lá por quanto tempo ela ficará lá!

Como chegar lá? Abbey Road, 3. Embora tenha ido para lá de ônibus por conta de obras na linha que atende a região, o caminho mais fácil é usar o TUBE e descer na St John’n Wood Station.

Quem quiser, dá também para fazer um tour completo, e que inclui a Abbey Road e vários outros pontos. 

Nos próximo post, mais Londres!

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