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Temple Church e London Tower, atrações históricas de Londres

London Tower.

Como vocês viram no penúltimo post, Londres passou por uma certa onda de renovação e modernização nos últimos anos. Mas isto não quer dizer que os londrinos tenham deixado de lado o seu rico e interessantíssimo patrimônio histórico.

Neste post, vamos mostrar três lugares que, na minha opinião, são imperdíveis para quem gosta de história e que representam muito bem a antiga Londres.


Visualizar Cumbicão – Inglaterra em um mapa maior

O primeiro deles é a Temple Church. O nome não te lembrou nada?

Olhando assim de fora, você não dá nada.

Vamos tentar refrescar a memória: … Temple …. Templários … Santo Graal…O Código Da Vinci!!!

Sim, quem leu o livro ou assistiu o filme, deve se lembrar que esta igreja foi cenário das aventuras do professor Langdon.

Pois é, esta pequena igreja foi um dos cenários das aventuras dele. Ainda que a história do livro seja uma questão controvertida, a igreja existe e é exatamente como lá descrita.

Mas é só passar pela porta que você nota a importância dela.
Antes da nave há uma área circular.
Belos vitrais.
Detalhe do altar.

Ela foi construída pelos famosos cavaleiros templários no século XII.

As referências aos cavaleiros templários é notada logo que você entra na igreja, pois a primeira coisa que se vê são os esquifes dos cavaleiros no chão. Algumas muito danificados é verdade, mas outros em excelente estado.

Ela funcionava meio que como uma sede deles na Inglaterra.

O seu design foi inspirado adivinhem em que igreja… Sim, no Santo Sepulcro de Jerusalém!

Planta do Santo Sepulcro e mapa de Jerusalém.
Como eles eram antigamente.

Assim como outras tantas igrejas antigas, ela passou por sucessivas reformas e restaurações, algumas delas alteraram significativamente o seu aspecto, especialmente nos idos de 1840.

Entretanto, nada se compara aos danos ocasionados pelos bombardeios dos alemães em maio de 1941. Bombas incendiárias praticamente destruíram a igreja. Finda a guerra, ela passou a ser reconstruída a partir da década de 50. É inclusive possível notar em suas paredes, as áreas originais e as reconstruídas.

O “novo” e o velho.
E estas “estátuas” no interior???
Só podem ser piada.

A igreja fica um pouco escondida no meio de um conjunto de prédios históricos. O endereço exato é Masters House, Temple Place. O ingresso custa £4.00, mas talvez dê para entrar de graça de terça à sexta às 9h00 no horário as missas (mas ai sem fotos, please). Para os horários de visitação, recomendo ver o site, pois as mudanças são constantes.

Ah, para quem curtir, vale dar uma passada na Royal Courts Of Justice – o tribunal local – que fica ali do lado. É eu sei que são férias, mas eu e a Sra. Cumbicona temos esta estranha mania.

Acreditem, isto não é uma igreja. É o Tribunal de Londres. Como diria a Sra. Cumbicona: “Chiquérrimo”.

Claro que na maioria das vezes somos barrados!

Uma das atrações que deixei de ver na minha primeira visita à Londres e que jurei que não deixaria de ver desta vez era a London Tower.

A fortaleza vista de fora.
Torres externas.
Planta da London Tower.
Do lado de fora catapultas.
E um grande fosso.

Fantástica! Das atrações históricas, é talvez a mais importante de Londres. Afinal, um prédio com 900 anos de história, tem muito para contar.

A fortificação que começou a ser construída em 1078, embora tenha servido como residência até o século XVII, teve na sua história outros usos, como por exemplo Sede da Casa da Moeda e, talvez o mais famoso de todos: local para prisão, tortura e execução de desafetos do reino.

A bad place to be!

A coisa era tão feia que naquela época surgiu uma expressão comum “sent to the Tower“, que passou a ser sinônimo de ser preso, na melhor hipótese é claro.

Este lado mais sombrio pode ser visto na área em que são exibidos os objetos de
tortura. Muitos deles originais.

O desenho é auto-explicativo.
Pés para um lado, mãos para o outro e estica. Ai!
Tinha até uma pesquisa. Contra ou à favor de tortura?

Andando pela London Tower, dá para notar uma porção de corvos. Alguns deles, talvez tão grandes e gordos quanto um peru.

Ocorre que os corvos que ali vivem são protegidos por lei, existindo inclusive uma lenda de que se as aves deixarem de habitar a torre o reino ruirá.

E pasmem, isto é levado tão a sério que hoje existem oito corvos, cujas asas são aparadas pelo “Ravenmaster” (sim um cargo dado a um dos oficiais da Casa Real que cuidam os bichinhos) para evitar que eles saiam da torre.

Olha um deles aí, passeando pelo gramado perfeito da London Tower.

Estes são os atuais prisioneiros.

Não dava para escolher um pássaro menos sinistro???

Aliás nos idos de 1800 existia uma zoológico dentro da torre. Com direito a leões, tigres e até elefantes. Excentricidade? Imagina?

Esculturas de metal ilustram os animais que ali já viveram.

Agora a jóia do lugar são as jóias da Rainha, ou melhor as The Crown Jewels. Sim, parte delas (porque existem outras no Palácio de Buckingham) são expostas e guardadas ali desde 1303.

Só isto já vale o passeio, afinal, mais perto que isto das jóias, só se a Rainha lhe convidar para um chá das cinco!

Infelizmente fotos não são permitidas, e qualquer descrição que eu tentasse fazer não chegaria nem aos pés do que tem ali dentro. Chega a ser difícil acreditar que aquilo é de verdade.

Mas o tamanho do esquema de segurança e a grossura dos vidros e portas nos trazem para a realidade. Aqui algumas fotos oficiais.

Fotos? Só do lado de fora. Pelo menos o guarda é super simpático.

Simplesmente incrível.

Existem vários fatos interessantes a respeito destas jóias, que são não só coroas, mas também anéis, cedros, broches e tudo mais que vocês podem imaginar. Já teve rei que perdeu a coroa – sim, esqueceu onde colocou!

Já teve Rei (Edward III 1327 – 1377) que as usou como garantia no pagamento das tropas. Tipo, deu um fiado! E não foi só uma vez, a Rainha Henrietta Maria fez o mesmo quando da Guerra Civil.

Lembram daquele sujeito que falei anteriormente que tentou criar uma república, Oliver Cromwell? Pois é, ele simplesmente ordenou que as jóias da coroa fossem destruídas. Felizmente ele falhou…

Mais uma oportunidade de ver os típicos guardas reais. 
Casinhas e soldado de chumbo?
Lá dentro tem loja de souvenir e lanchonete.

Elas já foram quase roubadas em 1671 por um irlandês. Preciso dizer o que aconteceu com ele depois???

E por fim, a monarquia inglesa é a única coroa européia que ainda usa coroas nas cerimônias de coroação. Acho os outros ficam sem graça com tanta ostentação. 

Adianta esconder??? 

Mas voltando à história do lugar, alguns famosos reis ingleses viveram no local, como por exemplo no século XII, o Rei Ricardo Coração de Leão, fazendo do local o seu castelo.

A lista de prisioneiros da torre é enorme, mas um dos que chamou a minha atenção foi o filósofo Francis Bacon, que acusado de corrupção por aceitar suborno em processos judiciais, passou 4 dias preso lá.

Dependendo de quem fosse o preso, o lugar poderia mais parecer com uma prisão domiciliar do que qualquer outra coisa. Isto porque eram concedidos vários privilégios aos menos, digamos, perigosos. Teve até um deles que pode viver lá com a família!

Para quem quiser, é possível fazer uma visita guiada pelos próprios guardas reais. Senhores muito simpáticos e vestidos com trajes típicos contam histórias interessantíssimas e algumas lendas a respeito da Torre.

Mesmo que você não queira acompanhar a visita toda junto deles, que demora aproximadamente uma hora, siga ao menos um trecho junto deles. Gratuita, vale muito a pena.

Olha ele ai!
Fora isto ainda tem alguns figurantes vestidos com trajes típicos contando histórias.

Uma das lendas que eles contam é que torre seria mal-assombrada, principalmente pelo fantasma da rainha Ana Bolena, decapitada em 1536 por traição contra o Rei Henrique VIII.

Olha que o lugar é muito propicio para este tipo de coisa. Buuuuú!

Como brincou o guarda-guia: Olha a Ana lá na janela! Kkkk
Este monumento é em memória às execuções ali ocorridas.

O horário  padrão é durante o verão, de terça a sábado das 9h00 às 17h30, e domingos e segunda das 10h00 às 17h30; e no inverno, abre todos os dias às 9h00 e fecha às 16h30. O ingresso custa £21,45 se comprado na bilheteria e £20,35 se for on-line.

Imperdível!

Saindo da London Tower em direção ao Rio Tâmisa, a primeira coisa que vocês verão será a Tower Bridge, outro símbolo de Londres.

London Bridge, com direito a anéis olímpicos e tudo.

Esta belíssima ponte inaugurada em 1894 é a um dos pontos turísticos mais visitados de todo o Reino Unido.

A ponte possui duas torres de 65 metros de altura que mais se parecem construções medievais – até mesmo para não destoar da Torre de Londres que fica ali ao lado.

Para a passagem de navios, seu pavimento abre-se criando um enorme vão central.

Para abrir o vão central, os anéis olímpicos são levantados.

Assim como outros pontos turísticos de Londres, a Tower Bridge já apareceu em vários filmes, como “O Diário de Bridget Jones”, “007: O Mundo Não É O Bastante”, “O Retorno da Múmia” e mais recentemente em “Sherlock Holmes”.

Mais que um símbolo da cidade, a ponte é um ícone nacional. Vale a pena atravessá-la a pé, ou até mesmo visitar a Tower Bridge Experience, uma exposição permanente que conta a sua história. Aberta diariamente, durante o verão das 10h00 às 18h00 e no inverno das 9h30 às 17h30, o ingresso custa £8.00.

Ali ao lado vocês notarão um enorme navio de guerra. Não, a Inglaterra não está à beira de um conflito!

Trata-se do HMS Belfast, um navio de guerra que esteve em serviço entre 1938 e a década de 60, e desde 1971 é um museu. Ele participou de importantes combates, como por exemplo a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coréia.

Aliás, vocês sabem o que significa o HMS que aparece em todos os navios de guerra ingleses? Her Majesty’s Ship! É mole?

HMS Belfast.

No próximo post vamos ao Piccadilly Circus (a “Times Square” de Londres).

Cheers!

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