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Londres: Big Ben e outras atrações de Westminster

Blém! Blém! Blém! Responde rápido: qual o nome daquele famoso relógio de Londres? Se você respondeu Big Ben, acabou de fazer a mesma confusão que muita gente faz, inclusive eu!

Normal! É muito comum as pessoas se referirem tanto ao relógio quanto à torre como Big Ben. Foi o nome que “pegou”. Big Ben na verdade é o nome do enorme sino que foi instalado na torre em 1859 pelo então gestor local Benjamin Hall. Como Mr. Hall era um sujeito meio grandalhão, ele acabou servindo de inspiração para o nome do sino, que mede quase 3 metros de diâmetro e pesa 13, 5 toneladas. Bulling ou homenagem?!?!

Detalhe da torre.
Aproveite para acertar as horas!

Oficialmente, o nome da torre é Elizabeth Tower, justamente em comemoração ao Jubileu de Diamante de Elizabeth II celebrado ano passado – anteriormente ela se chamava Clock Tower (Torre do Relógio).

Símbolo mais conhecido não só da cidade, mas talvez de todo o Reino Unido, é literalmente sinônimo de Inglaterra e pode ser visto praticamente de qualquer ponto da cidade.

Bem quase… lembrei agora de um árabe que me parou perto da London Tower perguntou onde ficava o “pic mem”, isto, assim mesmo, ou algo parecido… Até eu e uma senhora italiana entendermos o que ele estava dizendo…. Ainda bem que o sujeito apontou para o seu relógio e disse blém, blém, blém. Me segurei para não rir, seria um incidente diplomático. Quase que uma partida de “Imagem e Ação”. Kkkk

Visto da London Eye.

O relógio é tido como um dos mais precisos do seu tipo. Seria daí a origem da pontualidade britânica?

Aproveite para ajustar o seu relógio e talvez até usar o som do Big Ben como despertador (bom, mas ai eu já acho demais).

Aliás o som do sino é bem diferente de outros do mesmo tipo. Isto porque ele tem uma considerável rachadura (remendada é claro) fruto de um acidente durante a sua instalação.

Embora o relógio e a sua torre tenham sobrevivido às duas Guerras Mundiais com danos mínimos (era apagado para não servir de “farol” aos alemães), hoje passa por um processo de inclinação por conta das obras do Tube ali perto. A torre está inclinada 0,26 graus, resultando num desvio de meio metro.

Claro que a olhando assim não dá para notar a inclinação.

No nosso tour gratuito ensinaram que o ajuste fino, por assim dizer, é feito mediante a adição de moedas de um centavo junto ao pendulo, o que altera a sua taxa de oscilação em aproximadamente 0,4s ao dia para cada moedinha. Isto que é tempo é dinheiro! Ok, esta foi péssima, mas não resisti!

Segundo o site oficial, é possível fazer um tour escalando os 62m da torre para visitar os mecanismos do relógio e o Big Ben. Mas o sistema de reserva do tour é um pouco confuso: “Booking. Clock Tower tours are currently free of charge. UK residents should contact their local MP or a Member of the House of Lords whom they know to arrange a tour. Tours must be arranged ahead of your visit with bookings being taken up to four months in advance. Demand is high so early booking and flexibility regarding dates and times is recommended. Children under 11 are not permitted on Clock Tower tours. Groups of 14 students must be accompanied by two adults. Arriving at Westminster: Visitors for Clock Tower tours should enter by the main entrance to Portcullis House on the Victoria Embankment, facing the river. Visitors should allow at least 20 minutes to pass through security, and will be subject to a security scan and bag search. Visitors on Clock Tower tours may not leave the tour once it has started (for security reasons) unless escorted by a member of staff.

Literalmente ao lado do Big Bem, vocês encontrarão outro importante edifício londrino, o Westminster Palace (Parliament).

Situado às margens do Rio Tamisa, é a sede do Parlamento, o Poder Legislativo no Reino Unido. Talvez seja o prédio mais emblemático de Londres, claro que em muito por conta do Big Ben adjacente.

O Parlamento.
E visto da London Eye.

O prédio em si é de 1097 ,mas o layout atual data da década de 1830, pois em 1834 um incêndio de grandes proporções destruiu quase que completamente o palácio.

Conta com mais de 1000 salas em 5km de corredores espalhados por seus 4 andares.

O parlamento é composto pela Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns.

A diversidade de estilos das torres do Parlamento.

Com função legislativa, a Câmara dos Lordes tem 789 membros não eletivos – ela é composta por 2 arcebispos e 23 bispos da Igreja Anglicana, e 764 membros da nobreza britânica. As suas atribuições e poderes de veto são muito menores que os da Câmara dos Comuns, a qual é formada por membros eleitos, mais ou menos como o nosso (em termos de atribuições é claro!!!).

Diariamente, durante o verão, aos sábados fora desta estação, existe um tour de 75 minutos que passa pela Commons Chambers e Lords Chambers, Queen’s Robing Room, Royal Gallery e Westminster Hall. Os ingressos devem ser comprados online neste site ou ainda, conforme informado lá, “Tickets can also be purchased in person in advance or on the day (subject to availability) from the ticket office located adjacent to the Jewel Tower, opposite the Houses of Parliament. The ticket office is open from 8.45am to 4.45pm on all days when Saturday or Summer tours are in operation”.

Este tour custa £16,50 e acontece das 9h15 às 16h30.

A poucos metros dali, vocês encontrarão, na minha opinião, uma das duas igrejas mais importantes de Londres: a Westminster Abbey.

A entrada da Abadia.

O nome não te lembrou nada? Então coloque ai no Google: Casamento Kate e William… Pois é, foi nesta igreja que os mais recentes e prestigiados pombinhos reais se casaram na cerimônia mais veiculada pela mídia de todos os tempos. É verdade que Charles e Diana também não ficam muito atrás, mas naqueles tempos a mídia era bem menos abrangente.

Quando estava no interior da igreja me dei conta de que pouco do que estava vendo me lembrava aquilo que tinha na memória como sendo palco deste casamento. Não sei se foi por conta da evidente decoração ou se pela quantidade de turistas, mas realmente parecia beeem diferente.

Detalhes da decoração exterior.
A charmosa praça da Abadia.
A outra fachada, pela qual se sai.

Segundo a lenda, a partir de 616, depois que um pescador teve uma visão de São Pedro, o local passou a ser tido como ponto religioso. Entretanto, apenas entre os anos de 1045 e 1050 é que foi construída a abadia pelo Rei Eduardo, o qual veio a ser aqui enterrado anos mais tarde.

Depois dele vários outros monarcas foram ali enterrados, e coroados; fazendo desta igreja em estilo gótico a mais importante de toda a Inglaterra.

Aliás isto me lembrou de um fato interessante. Ia eu já saindo da igreja quando um velhinho inglês que trabalha como voluntário ali (isto é muito comum lá), me perguntou se eu havia aproveitado a minha visita. Respondia que sim e ele devolveu com um simpático sorriso.

Percebendo que eu já ia passando direto por uma vitrine próxima à saída, ele me alertou que eu estava deixando de dar uma espiada no trono que serviu à coroação da Rainha Elisabeth II e de outros tantos monarcas.

Olha o trono ai. Créditos: Adrian Fletcher.

Putz, que mico! Li tanto a respeito e estava deixando de ver assim ao vivo e em cores???

Agradeci imensamente e voltei para apreciar aquela peça de importância singular à história daquela nação, afinal não é todo dia que se está diante de algo assim.

Infelizmente, fotos não só do trono, mas também de tudo na igreja não são permitidas. Uma pena. 

Recomendo pegar o audio-guide, extremamente útil à visita. 

Vocês notarão uma enorme quantidade de visitantes com os olhos fixados no chão. Isto porque ali, além dos reis, estão enterrados Isaac Newton e Charles Darwin, só para dar dois exemplos de peso!

O túmulo de Newton. Créditos: Adrian Fletcher.

Ah, importante não confundir com a Westminster Cathedral também em Londres. A Abbey fica exatamente atrás do Parlamento, e a melhor estação do Tube é a Westminster. 

Funciona de segunda, terça, quinta e sexta das 9h30 às 16h30; quarta das 9h30 às 19h00; e sábados das 9h30 às 14h30. Aos domingos, apenas para missas. Confira o site oficial, pois mudanças costumam acontecer.

O ingresso (acho isto um absurdo!), custa £18.00, mas é gratuito durante as missas. Assim, quem quiser salvar alguns pounds, basta seguir os seguintes horários: “SUNDAYS 8.00am Holy Communion (BCP); WEEKDAYS 7.30am Matins (9.00am Saturday and Bank Holidays); 8.00am Holy Communion; 12.30pm Holy Communion; 5.00pm Choral Evensong (3.00 pm Saturday only (5.00 pm June – September). Evening Prayer on Wednesdays). Everyone is welcome to all regular services. There is no charge to attend services and you do not need to reserve a seat in advance, although it is advisable to arrive early for some services. A collection is taken at Sunday services with the proceeds going to nominated organisations and charities.

Na saída, uma loja com vários produtos ligados à Abadia e ao casamento real.

Outra importante igreja da cidade é a St. Paul’s Cathedral. Tanto que ali foi celebrado o casamento de Charles e Diana em 1981.

A enorme e belíssima estrutura atual, que data do século XVII, em nada lembra a primeira igreja da Inglaterra que era uma pequena construção de madeira de 604.

St. Paul vista da London Eye.

Ali estão enterrados alguns ingleses famosos, como por exemplo o Almirante Nelson. Será que drenaram os restos de whiskey?

É possível subir à torre (85m), de onde se têm belas vistas da cidade. E não é para menos, a cúpula da catedral é a segunda maior do mundo, só perde para a Basílica de São Pedro do Vaticano. 

Uma pena é que fotos e filmagem não são permitidas no interior da catedral.

Estátua da Rainha Victoria diante da St. Paul.

Hora de agradecer pela boa viagem!

A catedral está aberta à visita de segunda a sábado das 8h30 às 16h00 – domingos, apenas para cultos e o ingresso custa £14,50.

Para quem sai da região de Westminster em direção à Trafalgar Square pela Palace of Whitehall, notará uma rua estreita, quase que uma viela, extremamente bem policiada.

Monumento em homenagem às mulheres que lutaram na 2a. Guerra Mundial.
E belos prédios na Palace of Whitehall.
Aproveitem para espiar o The Household Cavalry Museum.
Ali sempre tem um guarda montado. Boa oportunidade para fotos.

Ali fica um dos endereços mais importantes do Reino Unido – juntamente com o Palácio de Buckingham. O lugar é conhecido como 10 Downing St..

O nome relativamente desconhecido e a falta de pompa podem não dar a real dimensão da importância do local. Todavia este famoso endereço é a residência oficial do primeiro ministro da Inglaterra.

A simplicidade do lugar, ainda muito bonito, impressiona. Nada de palácios ou grandes edifícios…

10 Downing St.
O forte esquema de segurança “deda” que ali tem algo importante.
Se não prestar atenção, passa-se direto sem perceber.

O endereço passou a ter importância em 1732, quando o Rei Jorge II ofereceu a residência da 10 Downing Street para Robert Walpole, que ficou conhecido como o primeiro primeiro ministro da história (desculpem, “pleonasmo” inevitável!).

Os mais famosos ocupantes, certamente foram a “Dama de Ferro”, Margaret Thatcher, e o mítico Winston Churchill cuja estátua entre a Westminster Abbey e o Westminster Palace parece estar apreciando o Big Bem. Aliás quem puder, dizem que é interessante visitar o seu Gabinete de Guerra (Churchill War Rooms) ali nos arredores. Infelizmente não tivemos tempo para tanto.

Provavelmente o maior estadista que a Inglaterra já teve.

Por hora é só! Hora de um merecido descanso do trabalho e das postagens, isto é, hora de férias!!!

Na volta teremos os últimos posts da série Inglaterra e novidades. 

Cheers!

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