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Temple of Heaven, Summer Palace e outras atrações de Beijing

Ainda que a Grande Muralha e a Cidade Proibida sejam sem dúvida as maiores atrações de Beijing, a cidade tem outras interessantes atrações. Dentre elas, uma das mais interessantes é o Temple of Heaven, um templo do século XV, que serviu para cerimônias durante as dinastias Qing e Ming.

Situado dentro de um parque, é um dos melhores exemplos da típica arquitetura chinesa clássica.

Temple of Heaven
Temple of Heaven.

Todos os edifícios no parque foram construídos segundo um alinhamento muito específico com os pontos cardeais, pois segundo a crença, isto faria dele um ponto de convergência entre os deuses e os mortais.

Durante as dinastias Ming e Qing, era comum o imperador vir ao templo para rezar por diversos motivos, mas o mais comum deles era para uma boa colheita.

A principal e mais bela construção do complexo é o Hall of Prayer for Good Harvests (Qinian Dian). Trata-se de um prédio circular todo feito de madeira com um belíssimo telhado azul. Certamente uma das construções mais conhecidas da China.

Hall of Prayer for Good, o ponto central do complexo.
No seu interior, um altar central.
E nichos para oferendas.
Uma das construções anexas.

Completado em 1420, ele foi atingido por um raio em 1889 e queimou quase que integralmente. Um ano depois ele foi reconstruído de forma absolutamente fiel à estrutura original.

Medindo 38m de altura e 30m de diâmetro, uma curiosidade interessante a respeito da sua construção é que os chineses não usaram ele foi construído sem um único prego!

Devidamente restaurado.
E em plenas obras de 2004.

Outra construção muito interessante é a Echo Wall. Trata-se de um muro circular em torno do Imperial Vault of Heaven. Dizem que este muro de quase 200m de comprimento e quase 4m de altura possibilita que alguém fale contra o muro e sua voz seja ecoada do outro lado do círculo.

Imperial Vault of Heaven.

Echo Wall.

Pátio interno do Imperial Vault of Heaven.
Detalhes do teto.
E altar.

Não custa nada dar um “Ni hao” para testar. Garanto, vocês não serão os únicos a tentar.

Reza a lenda que este efeito teria sido planejado para que o imperador ouvisse seu próprio eco, fazendo parecer que eram respostas do além às suas preces e desejos.

Não deixe também de visitar o Circular Mound Altar. Também conhecido como Heaven Mound Altar é um altar de cinco metros com três círculos concêntricos que era utilizado como um importante local de orações no complexo.

No seu centro, apenas o imperador poderia ficar. Hoje, você pode ter seu momento de imperador. Isto se a multidão deixar! 🙂

O Circular Mound Altar.
A diferença entre visitar a China no verão…
E no inverno! 🙂

O parque é bastante agradável. Um excelente lugar para fugir da agitação de Beijing. Prova disto está na quantidade de chineses que vão lá para jogar mahjong – uma espécie de dominó – ou praticarem Tai chi chuan.

Simpáticos velhinhos jogando baralho e majong.

Para chegar lá, a forma mais prática é usando a linha 5 do metrô e descer na Tiantandongmen. O parque funciona diariamente das 8h00 às 17h00; e o ingresso custa RMB15 para o parque e mais RMB20 para o templo.

Se tem umas olimpíadas que eu lembro bem foram as da China em 2008, justamente porque elas foram talvez as mais esperadas por muita gente. Por dois motivos. Primeiro que ninguém naquela época tinha mais dinheiro e capacidade de empreendimento que os chineses. Segundo porque que os chineses têm uma cultura de circo e espetáculos como ninguém, o que criou uma enorme expectativa quanto ao que seria mostrado nas cerimônias de abertura e encerramento dos jogos. Na minha opinião, uma das melhores que já vimos.

Em 2004, tudo o que vimos foi um placar com a contagem regressiva e obras por todos os lados.

É verdade que os chineses nem precisavam da desculpa das Olimpíadas para fazer tudo o que fizeram em Beijing, mas que o evento deu uma acelerada no processo não podemos negar.

Não é de hoje que a China faz bonito este tipo de competição, basta olhar o quadro de medalhas das edições recentes para conferir que eles estão sempre entre os primeiros colocados.

Vocês até podem estar pensando algo do tipo: também com tanta gente… 

Ainda que tal argumento seja uma realidade, não se faz um bom resultado sem uma boa dose de incentivo aos atletas por meio de patrocínios e também investimentos em infra-estrutura de treinamento e prática de esportes – permanentes, diga-se de passagem!!! Não adianta querer fabricar super atletas faltando uns pares de anos para o evento. Momento Acorda Brasil!!!

A torre no meio do complexo olímpico de Beijing.
O acesso também tem detectores de metais.

Acesso fácil via metrô.

Preciso dizer quem foi o primeiro lugar no quadro de medalhas? Pois é, os chineses tiveram uma quantidade de medalhas de ouro um pouco menor que a soma do terceiro (Rússia) e segundo (EUA) colocados. E nós? Deixa para lá… Um dia a gente chega lá.

Enfim, algo que eu adoro ir ver de perto, mesmo que depois do evento (shif!) são os estádios. No caso da China, verdadeiras obras de arte. Sugiro visitar ao menos as duas instalações mais famosas.

A primeira delas é o Beijing National Stadium, mais conhecido como Ninho de Passáro por conta de seu design. Projetado pelos arquitetos Jacques Herzog e Pierre de Meuron, o estádio tem capacidade para pouco mais de 90 mil espectadores.

O Ninho de Pássaro.

Ainda que a visita por fora já compense o passeio, quem quiser pode visitar o interior num tour guiado por RMB 50.

Se sobrar tempo, sugiro dar uma olhada no Beijing National Aquatics Center, popularmente conhecido como Cubo d’ Água, que fica exatamente ao lado do estádio.

Trata-se de um moderno e grandioso complexo aquático com capacidade para 17 mil pessoas. Com um dos designs mais interessantes que já vi, tornou-se um símbolo dos jogos olímpicos, tanto quanto o Ninho de Pássaro.

E o Cubo d` Água.

Quer saber o melhor? Ele virou um parque aquático! Ai que pena que não temos um dia a mais em Beijing… Se vocês tiverem a fim, o ingresso para visitação custa RMB 30 (só ver ok?) e para curtir mesmo RMB 200. Funciona diariamente das 10h00 às 20h00.

Se você pretender como nós só passar para dar uma espiada, sugiro visitá-los no final da tarde, pois ficam belíssimos iluminados.

Chegar lá é super fácil, basta usar a linha 8 do metrô e descer na estação Olympic Green.

Mas voltando à China antiga, gostaria de recomendar uma outra atração que embora não tenha visitado nesta última viagem, conheci em 2004. O Summer Palace.

Trata-se de um belo palácio situado um tanto quanto afastado do centro de Beijing que serviu de residência de verão aos últimos imperadores chineses, dentre eles a famosa imperatriz Xixi.

Olha ai os aposentos dela.

Rodeado por uma belíssima área verde e com uma arquitetura muito típica e de tirar o fôlego, é mais um daqueles lugares de Beijing onde se tem a impressão de ter voltado no tempo.

A construção deste palácio começou em 1750 pela Imperatriz Viúva Xixi (a última da dinastia Qing dinastia) foi motivo de muita discussão a época. Isto porque ela supostamente deveria ter usado este dinheiro para a modernização da marinha chinesa.

Curiosamente, mas o máximo que ela conseguiu foi construir um figurativo barco de mármore. Sim, existe um barco de mármore às margens do lago que servia meio que como um palco para espetáculos. 

Belo “barco”!
Estes sim, de verdade, fazem passeios no verão.

É! Nem só no Brasil existem pilantras no poder!

O Lago de Kunming que abrange 3/4 do parque fica completamente congelado no inverno. Eu mesmo já tive a oportunidade de visitá-lo no inverno e literalmente caminhar sob ele. Mas no verão é possível fazer passeios de barco.

Eu e CumbicãoPai.
Todo mundo vai… Uns até andam em pequenos trenós.
Mas “tecnicamente” não pode não!

Uma das estruturas mais famosas é o Corredor da Benevolência e Longevidade – os chineses adoram estes nomes. Com pouco mais de 700m, ele é uma estrutura de madeira coberta que serpenteia uma das margens do lago. No seu teto, diversas pinturas típicas que retratam paisagens chinesas e histórias locais.

O Corredor da Benevolência e Longevidade.

Além disso, ainda tem a enorme Torre do Incenso Budista no topo da Colina da Longevidade. Contando com apenas oito pilares de madeira, esta enorme torre de 3 andares tem 40m de altura pode ser vista de qualquer ponto da região.

Destaque também para a belíssima ponte que cruza a parte sul do lago à ilha Nanhu onde está situado o Templo do Rei Dragão. Com 17 arcos ricamente decorados com leões de mármore, esta ponte de 150m é um dos símbolos do parque.

A Torre do Incenso Budista.

Para chegar lá basta usar a linha 4 do metrô e descer na estação Beigongmen, mas outros sugerem a estação Yuanmingyan Park. A melhor entrada Dong Gong Men (East Gate). O Palácio funciona diariamente das 6h30 às 18h00 e o ingresso custa RMB30 o parque e RMB60 a entrada do parque com todos os edifícios.

Recomendo!

Se tem algo que eu me arrependo de não ter ido ver nas duas oportunidades em que estive na
cidade é o
Zôo de Beijing. Por que? Por um simples motivo; é um dos lugares mais recomendados para ver aquele é um dos animais mais típicos da China, o urso Panda.

Enfim, embora tenha ficado para uma outra oportunidade, deixo aqui a dica. O zoo está situado na 137 Xizhimen Wai Dajie, e o acesso mais fácil é justamente pela Beijing Zoo Station na Linha 4 do metrô. Ele funciona das 7h30 às 18h00, e o ingresso custa a partir de RMB 15, mas para ver os pandas paga-se mais RMB5.

Contrastando com o Summer Palace, o Beihai Park (Bei Hai Gongyuan), situado a noroeste da Cidade Proibida, funcionava como um palácio de inverno para a família imperial. Ele começou a ser construído na dinastia Liao (916-1125). De longe se vê a Stupa branca na qual são guardadas cinzas de vários monges budistas.

Enfim, estas eram as dicas que gostaríamos de passar a respeito das atrações de Beijing, uma cidade que certamente tem muito à oferecer. Nos próximos posts, ainda falaremos um pouco a respeito da capital da China, trazendo algumas dicas de compras e de onde comer por lá.

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4 comentários

Airton Castro 30 de outubro de 2015 at 10:37

Diogo, Obrigado por tantas informações sobre a China. Ainda não li tudo, mas gostaria de fazer um questionamento sobre clima. Viajarei para lá em janeiro e sei que é muito frio. O que vc recomenda de vestuário? Quais passeios são viáveis? Estamos reservando três dias completos para Pequim e depois faremos um passeio a Zhangjiajie, vc conhece? Tem dicas sobre essa cidade?

Antecipadamente agradeço.

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Diogo Ávila 30 de outubro de 2015 at 16:28

Oi Airton,
Olha, recomendo muito um daqueles casacos de gomo, sabe aqueles que nos deixam como o boneco da Michelin?
Coloco aquilo e no máximo uma blusa tipo fleece ou segunda pele para frio intenso (neve). Vale o investimento.
Fui duas vezes para lá, no inverno e no verão. No inverno não deixei de fazer nada por conta do clima. Só tem o problema de que o dia parece mais curto pelas poucas horas de sol. Umas 16hs. já escurece.
3 dias completos em Beijing parecem suficientes. Para o passeio para a muralha, contrate o Johnny de motorista. Os contatos dele estão no post da Muralha.
Infelizmente não fui para Zhangjiajie. Meu pai foi para lá mês passado, mas ainda estou tentando convencer ele a me escrever um post!
Quem sabe até a sua viagem pinta algo por aqui.
Abraço e Boa viagem.

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Airton Castro 30 de outubro de 2015 at 22:24

Obrigado pela resposta. Ficaria feliz se pudesse ter contato com seu pai para perguntar algumas coisas sobre Zhangjiajie. Essa cidade parece ser bem legal, mas não tem sido fácil planejar a viagem. Não encontrei nenhum guia que me respondesse as "dezenas" de dúvidas sobre o local.
Uma curiosidade, recebi indicações do John YellowCar de uma colega de Porto Rico. Ela teceu os maiores elogios a ele e já entrei em contato para nos assessorar em Pequim.
Obrigado mais uma vez.

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Diogo Ávila 30 de outubro de 2015 at 23:39

Airton,
Vou convencer ele a escrever algo aqui! Pode deixar.
É o Johnny é o cara!!!

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