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Onde Ficar em Tóquio? Hotel Sotetsu Fresa Inn Tokyo Kyobashi

Sotetsu Fresa Inn Tokyo Kyobashi

Hotel em Tóquio? Já comentamos anteriormente que se tem algo que vale muito no Japão é o espaço, dada a sua insuficiência.

A falta de espaço pode ser claramente notada no modo de vida dos japoneses, que geralmente residem em imóveis minúsculos para os padrões brasileiros. E ao menos que você esteja disposto a pagar uma pequena fortuna num hotel mais espaçoso em Tóquio, você também será vítima desta situação.

O incrível é que apesar desta falta de espaço, que pode incomodar no começo, a criatividade japonesa consegue adaptar tudo para que haja um alto grau de conforto. Tudo parece ser feito sob medida e para ser absolutamente funcional.

Foi justamente esta a nossa impressão ao abrir as portas do quarto do SotetsuFresa Inn Tokyo Kyobashi.

Mesmo dentro do menor quarto de hotel em que já estive, não me senti nem um pouco desconfortável. E olha que tenho certa fobia de lugares apertados! É verdade que eu deveria estar acostumado a “apertamentos”, afinal na nossa primeira passagem pelo Japão, nosso lar em Yokohama tinha uns 36m², não muito diferente deste hotel em Tóquio.

A melhor definição para o quarto é minúsculo. Olhando o prédio por fora, mesmo ciente do tamanho dos quartos, continuo sem compreender como eles conseguiram colocar 160 quartos num prédio tão pequeno.

Pequeno sim, desconfortável não

Tive a certeza que as funcionárias que limpam os quartos são verdadeiras ninjas, para caberem naquele aperto e ainda conseguirem limpar tudo tão bem.

Apesar do hotel possuir sim quartos maiores (alguns com quase 30m²), em nome do low cost, acabamos optando pelo Semi-Double que conforme informado pelo hotel tem 11.49m²~ 3.03m². Para ficar mais claro, isto é algo como 4x3m já contando banheiro, corredor e tal!

Um corredor estreito no qual você abre a mala e não sobra espaço nem para passar, dá acesso ao banheiro e ao quarto. Mesmo assim, eles conseguiram colocar um minúsculo, mas útil armário.

O corredor é apertado.
Mas com um pouco de organização cabe tudo. Mas abre-se uma mala por vez. Kkkk

Ao entrar no banheiro, tem-se a impressão de estar praticamente dentro de um daqueles banheiros de motor-home ou algo semelhante – talvez um banheiro de cabine de navio seja um bom parâmetro. Preciso dizer que era para uma pessoa só? E olhe lá!

Como o sanitário é daqueles que lavam as partes íntimas, instruções são bem vindas.

Apesar da falta de espaço, com a qual você se acostuma rapidamente, era um dos banheiros mais limpos que já vi num hotel. Nota 10.

Mas voltando ao quarto. Num espaço minúsculo, eles conseguiram colocar uma pequena bancada para trabalho, com cadeira, TV-LCD, frigobar, máquina de café.

No quarto é oferecida internet wireless gratuita e com excelente velocidade, possibilitando chamadas de voz no skype sem travamentos. Os quartos são ainda equipados com ar condicionado, item indispensável no verão de Tóquio – sim, em agosto faz um calor infernal lá. Para o inverno, um aquecedor situado no corredor.

Bancada com tomadas, relógio e TV.
O duro era entender o morning show. Detalhe à temperatura… 36C.
Esqueceu o carregador do celular/tablet? Talvez este hub perto da cama ajude na hora de carregar.

Do outro lado, uma cama de casal encaixada no canto. Um entra por um lado e o outro… Pula por cima 🙂

O bacana é que esta falta de espaço não foi desconforto algum. Tudo novo e limpo, o quarto do Sotetsu ofereceu tudo aquilo que se poderia esperar de um hotel bom, bonito e barato.

A localização do hotel é perfeita. Fica algumas poucas quadras da estação Central de Tóquio, que certamente facilita e muito o seu acesso via trem para qualquer canto da cidade ou para as cidades nos arredores, possibilitando uma facilidade a mais para quem desejar realizar os bate-e-voltas que sugerimos neste post.

Numa curta distância (10 minutos de caminhada) se chega na região de Ginza, um dos principais centros de compras da capital japonesa. Só mais alguns passos e você estará no Palácio Imperial.

Enfim, a localização do hotel é simplesmente fantástica.

Entra ano e sai ano, Tóquio é considerada como uma das cidades mais caras do mundo pela consultoria Mercer. Isto é certamente sentido no bolso do turista, principalmente em termos de hospedagem – um dos maiores custos durante a viagem.

Daí porque disse que ficar num hotel maior pode custar uma pequena fortuna. 

No quesito preço, o Sotetsu foi o melhor custo benefício que encontrei.

As diárias partem de 15.834 ienes (uns R$ 332) para um quarto duplo e sem café da manhã. O valor é bastante razoável se considerarmos a qualidade do hotel, localização e o serviço prestado.

A recepção é pequena mas eficiente.
Lá eles oferecem um café expresso e produtos para banho

Sugiro sempre dar uma conferida na página do hotel, pois eles costumam fazer promoções como descontos para quem fica hospedado um certo número de noite e etc.

Como pretendíamos aproveitar ao máximo o tempo de estadia no Japão e partir direto para explorar a cidade logo cedo, resolvemos reservar quarto sem o adicional de café da manhã por eles oferecido. O frigobar do hotel e as inúmeras lojas de conveniência (7Eleven; Family Market; e Lawson) espalhadas na região supriram bem as nossas necessidades.

Mas para quem quiser, ele custa 830 ienes por pessoa, algo como R$ 17. Bem razoável.

Justamente por conta de sua estrutura diminuta, o hotel não oferece nada em termos de lazer. Dispensável. Você tem a cidade inteira para entreter-se.

Mas tenho que destacar que eles oferecem algo extremamente importante, principalmente para quem estiver numa viagem longa pela Ásia como foi a nossa. Uma lavanderia completa.

Lavanderia automática.
E vending-machines, duas coisas que todo hotel deveria ter.

Com equipamentos limpos e relativamente fáceis de usar, tivemos a necessidade / oportunidade de utilizar as máquinas de lavar e secar situadas ao lado da recepção mais de uma vez. Vai por mim, uma facilidade e tanto.

Ali também tem vending-machines e um micro-ondas se você quiser saborear um lamen enquanto espera a sua roupa ficar pronta.

Com a tradicional cordialidade e educação japonesa, o atendimento do hotel foi excelente, fornecendo todas as informações e suporte de que necessitamos durante a estadia.

Pijamas e chinelos na cama.
E kit de beleza para as moças.

Agora teve um fato que considerei fantástico e de extrema sensatez. Assim como todos os hotéis, eles colocam aqueles anúncios solicitando que os hóspedes reaproveitem na medida do possível as toalhas para preservar o meio ambiente e tal. Sempre achei isto factível, afinal você troca todo dia a toalha na sua casa???.

Até aqui nenhuma novidade. O bacana é que para cada dia que os hóspedes reaproveitam suas toalhas, eles deixam uma garrafa de água mineral para cada um. Ao colocar o cartão verde em cima do seu travesseiro, eles sabem que não é para trocar as toalhas e deixam uma garrafa de água mineral geladinha para você (apesar da água da torneira ser potável no Japão, ok?).

Cartão verde para o Sotetsu Fresa!

Simples e honesto. Se estou economizando água, o meio ambiente ganha, o hotel ganha (e muito!), eu, hóspede, tenho ao menos direito a um pequeno mas útil prêmio pela colaboração. 

O Japão é assim, surpreendente até nos pequenos detalhes! 

Para quem estiver procurando um hotel em Tóquio, o Sotetsu Fresa Inn Tokyo Kyobashi traz uma excelente relação custo benefício. Adorei.

Espaço? Luxo? Para quê? Com tanta coisa para ver em Tóquio, a última coisa que você vai querer é perder tempo num quarto de hotel!

E ai? Gostou? Se quiser reservar este e outros hotéis, dê um clique no banner do Booking.com e faça sua reserva, assim você ajuda na manutenção deste blog e não paga nada a mais por isso!

Booking.com

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5 comentários

Tica Simões 19 de setembro de 2016 at 01:34

Olá, Diogo.
Parabéns pelo Blog. Ótimas dicas.
Que me diz sobre a locomoção de cadeirante em Tókyo? Há dificuldade para tomar transporte público com cadeira de rodas? Maria de Lourdes

Responda
Diogo Ávila 19 de setembro de 2016 at 20:11

Maria, Obrigado.
Olha o Japão como um todo é um (senão o mais) bem preparado país em termos de acesso aos cadeirantes.
As estações de trem e metrô sempre têm elevadores e aqueles sistemas que "sobem" escadas com cadeirantes. Fora que os guardas das estações são muito bem treinados para estas e outras necessidades específicas.
Nas ruas então nem se fala, as calçadas são super bem preparadas para cadeiras de rodas.
Apesar da distância até lá, é um destino nota 10 para quem precisa de condições especiais de locomoção.

Responda
Tica Simões 19 de setembro de 2016 at 22:38

Obrigada por sua gentil e pronta resposta, Diogo.

Responda
Guilherme 18 de maio de 2014 at 19:02

Olá Diogo, parabéns pelo site e pela matéria sobre o Japão, bem completo!

Estou com um problema tentando assinar os feeds RSS, mas está gerando endereço inválido.

Uma dica é você usar um serviço como o Feedburner.

Pode ser que outros leitores também estejam passando pelo mesmo problema!

Abç!

Responda
Diogo Ávila 20 de maio de 2014 at 13:09

Oi Guilherme,
Obrigado pelo elogio, mas principalmente pelo aviso do feed.
Fiz alguns ajustes, espero que esteja normalizado.
Se você puder testar e me avisar, agradeço.
Abraço.

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