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Dubai: Onde o impossível é possível

Jumeirah, uma das melhores representações da megalomaníaca Dubai.

Sempre tive vontade de conhecer Dubai. Uma grande curiosidade em ver de perto um destino de viagem que algumas décadas atrás mal existia no mapa de turismo. 

Mesmo com todo este interesse e tendo visto uma dúzia de documentários retratando as construções megalomaníacas da cidade, sempre posterguei uma viagem para lá. Tínhamos outras prioridades de viagem e um certo receio da cidade não agradar.

Mas já que o nosso voo para a Tailândia tinha conexão lá, não dava para deixar de visitar este destino tão falado.

Dubai é um destino único. Se de um lado temos nas suas construções no melhor estilo megalomaníaco-ostentação, e que renderam a fama atual do emirado; Dubai tenta manter viva a lembrança de sua história e principalmente suas tradições.

De incríveis parques aquáticos 
A esquiar na neve, tem muita coisa bacana para fazer em Dubai.

Em que outro lugar do mundo é possível, em tão pequeno território poder curtir uma praia; apreciar o deserto; passear por shoppings que parecem não ter fim, curtir parques aquáticos em meio ao deserto, ou simplesmente esquiar na neve?

 

Dubai especializou-se em fazer o impossível, possível.

Construções como o hotel Burj al Arab
O Burj Khalifa (o prédio mais alto do mundo)
E um arquipélago artificial representando nada menos que o mundo, literalmente colocaram Dubai no mapa do turismo.

Já não é de hoje que Dubai, o mais famoso (junto com Abu Dhabi, é verdade!) dos emirados é um dos grandes destinos turísticos modernos. Ainda que muita gente torça o nariz para o emirado, não dá para negar o potencial turístico local.

Potencial este que foi literalmente construído nos últimos anos. Isto porque diversamente de tantos outros destinos pelo mundo, Dubai não tem belezas naturais. Tudo ali foi literalmente plantado no meio do deserto.

Com seus pouco mais de dois milhões de habitantes, Dubai é hoje um lugar moderno e futurista que em nada lembra a vila de pescadores e coletores de pérolas nos idos de 1830.

Dubai alia áreas urbanas com aquele típico estilo árabe.
Com outras que poderiam ter saído diretamente de filmes como Blade Runner.
Alia souks ou mercados de especiarias.
Com mega shoppings – dizem que os maiores do mundo
E que têm atrações bem fora do comum, como o aquário do Dubai Mall

Dubai em si não é um país, mas sim um emirado. Para quem não sabe, o país mesmo são os Emirados Árabes Unidos que é formado pela união de sete emirados (Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah). A capital é Abu Dhabi.

Preciso dizer que juntos eles formam é uma das nações mais ricas da região do Golfo Pérsico?

Mas o que são emirados? Em linhas bem gerais, emirado é um território governado por um emir, algo semelhante a um príncipe, no caso um Xeque. Ou seja, na verdade, cada um dos emirados é uma monarquia controlada por uma família real. No caso de Dubai, uma monarquia constitucional parlamentarista.

A administração dos Emirados Árabes é exercida por um Presidente e um Vice-presidente eleito entre sete emires numa votação realizada a cada 5 anos. Em Dubai, o governo local exercido desde 1833 pela dinastia Al Maktoum.

Ainda que os primeiros resquícios históricos na região datam do período neolítico, algo por volta de c. 5500 a.C., a região era governada de forma absolutamente autônoma e sem uma identidade bem definida.

A formação dos Emirados Árabes como nação como conhecemos hoje deu-se apenas em 1971, com a promulgação de uma constituição escrita adotada pelos sete emirados.

Geograficamente, os Emirados Árabes fazem fronteira a oeste, sul, e sudeste com Arábia Saudita e com Omã a sudoeste e nordeste.

A área total dos Emirados Árabes Unidos é relativamente pequena, são apenas 83 600 km², o que facilita e muito o deslocamento. Já li vários relatos de pessoas que vão de carro de Dubai até Abu Dhabi e vice-versa em 1h30. Dubai mesmo tem pouco mais de 4.000km².

Com a sexta maior reserva de petróleo do mundo, os Emirados Árabes têm uma das mais promissoras economias do Oriente Médio, ocupando a 36ª posição no ranking das maiores economias do mundo.

É interessante notar a capacidade de diversificação destes sujeitos.

Anos atrás eles implementaram a Zona Franca Jebel Ali para atrair empresas para a região. Hoje, são mais de 200 fábricas de manufaturados de alto valor agregado. Resultado? O porto de Dubai já é o 13° mais movimentado do mundo.

Some ainda a receita do petróleo, do turismo e dos vários (e não raros megalomaníacos) empreendimentos imobiliários.

Prédios novos parecem brotar por todos os lados.

E os investimentos dos emires não se restringem aos Emirados Árabes não. É crescente a quantidade de investimentos deles em outros países.

Uma rápida espiada nas camisetas das principais equipes de futebol da Europa comprova este fato. Não sou nenhum especialista no esporte bretão, mas tenho a clara impressão que direta ou indiretamente, a maioria dos grandes times europeus pertence aos emires. Vocês já notaram?

Resultado de tanta pujança econômica? Dizem que os serviços essenciais como educação, transporte e saúde são gratuitos aos residentes.

Resta saber até onde vai este fôlego no deserto. 

Ainda que a primeira ideia que temos é a de que um país árabe (um emirado neste caso!) tenha a sua economia sustentada pela exploração do petróleo, já faz tempo que o “ouro negro” já não é a principal fonte de renda.

Pois é, acredite ou não a indústria do petróleo e gás natural representa só 6% da receita de Dubai. O restante é fruto de atividades sustentáveis como turismo, comércio, setor imobiliário e serviços financeiros. 

Lembro que a primeira vez que ouvi falar de Dubai, diziam que a farra da gastança dos sheiks acabaria com o petróleo, e tal. Bom, basta olhar para Dubai hoje e notar que as profecias não se concretizaram e Dubai conseguiu criar um esquema econômico relativamente sustentável (PIB de mais de US$ 37 bilhões).

O dito popular de que “dinheiro chama dinheiro” parece fazer todo sentido em Dubai. Duvida? Conte ai quantos eventos esportivos significativos ou empreendimentos faraônicos lá você já ouviu falar nos últimos anos?

O fato é que Dubai simplesmente apareceu no mapa não só do turismo, como também dos negócios com uma velocidade e ferocidade nunca antes vista.

Nota-se o poder aquisitivo pelas lojas que se vê nos shoppings (a Vertu só fabrica celulares para milionários – dê um Google ai!)
Pelos carrões que se vê pelas ruas
E pelo que se vê nas águas de Dubai. Sim, isto é um iate!

É verdade que as crises econômicas que afetaram a todos desde 2008 também chegaram às portas dos xeques, resultando na redução da velocidade das construções. Ainda assim nada de mais.

Mas mesmo assim, Dubai mostra que tem muito fôlego para gastar. Vez ou outra o emirado aparece com uma notícia como esta, onde eles trocaram alguns carros de polícia por meros Lamborghinis Aventador. Também, para perseguir os carrões que andam por lá.

Penso que parte deste sucesso seja fruto do fato de que os xeques locais, sempre buscaram um contato mais próximo com as demais nações e estiveram abertos para receber estrangeiros.

Mas tem uma grande parte da população que vive de forma bem mais simples e tradicional.

Um fato interessante a respeito de Dubai é que a maioria da população local não é nativa dali. Pois é! Nada menos que ¾ de seus pouco mais de 4 milhões habitantes vieram de outras nações, principalmente Índia, Paquistão, Irã (vizinho do outro lado do Golfo) e do Sudeste Asiático – mas existem também vários europeus e norte-americanos, os chamados expatriados. A população feminina representa apenas 1/3 do total.

Ainda que seja um lugar muito desenvolvido, a desigualdade social é algo perceptível em Dubai. Claro que se você se aventurar apenas pela parte mais moderna da cidade, não notará nada disto.

Mas basta ir para a parte mais velha da cidade para perceber tal fato. E mais, dá para perceber que os poucos nativos de Dubai são consideravelmente mais ricos que a massa imigrante de trabalhadores braçais que mantém o crescimento de Dubai.

Mesmo assim, os Emirados apresentam excelentes indicadores sociais, ocupando a 41ª posição no índice IDH e uma renda per capita de US$ 55.028 (14ª).

A exemplo de outros países da península arábica, a religião oficial é o islamismo, mas há minorias cristãs, hindus e xiitas.

Uma típica mesquita.

Dubai é um dos destinos islâmicos mais tolerantes com os hábitos ocidentais.

No geral as mulheres são bastante ativas na sociedade, se comparado com outros países árabes. Lá elas podem cursar seus estudos normalmente, e muitas chegam à faculdade e trabalham fora.

Entretanto, algumas regras de conduta devem ser observadas. Em público, evite aquelas demonstrações de afeto mais acentuadas – já li muitas notícias de turistas sendo presos por atos não muito adequados em praias, por exemplo. Muitos recomendam evitar abraços, beijos e até mãos dadas em áreas menos turísticas. No geral, basta usar o bom senso.

Ainda na linha do low-profile, lembre-se que você está em um país muçulmano e que embora seja bastante tolerante com os visitantes, preza pelos bons modos.

Aviso informativo do código de vestimenta em um dos principais shoppings: nada de ombros e joelhos descobertos.

Então trajes de praia devem ser usados apenas em praias e piscinas. Em geral as mulheres (ainda que estrangeiras) devem evitar saias curtas e se possível manter ombros cobertos. Alguns lugares como shoppings, por exemplo, tem até mesmo um cartaz com o código de conduta – blusas de alça não são bem vindas.

Nas palavras do site oficial do governo de Dubai: “While dress codes are fairly liberal, swim wear should only be worn on beaches or at swimming pools, and when visiting shopping malls and other attractions, tourists should wear clothing that is not too tight or revealing. Certain attractions, such as mosques or religious sites, usually have stricter dress codes, requiring both men and women to cover up bare shoulders, arms and legs, and women to wear headscarves.

Vocês já devem ter reparado que a maioria das mulheres muçulmanas têm por hábito usar roupas pretas. Mas qual é a razão disto? 

Esta roupa, chamada de Abaya poderia em tese ser de qualquer outra cor. Todavia, elas escolhem a cor preta justamente para poder assim melhor camuflar a roupa que estão usando por baixo. Um segredinho de banheiro feminino que a Sra. Cumbicona me contou certa vez é que por baixo desta vestimenta típica, elas usam roupas comuns, como as que você leitora deve estar usando neste exato momento.

Prova disto é a quantidade de grandes lojas vendendo roupas nada tradicionais nos shoppings.

Mas e a tal da Burqa, aquela máscara que cobre praticamente o rosto todo, deixando apenas os olhos de fora? Bom a Burqa é algo opcional em Dubai (depende da rigidez do marido), e a sua origem está nos povos nômades do deserto, onde as mulheres a usavam justamente para cobrir o rosto do sol e proteger-se da areia no caso de ventos fortes. Hoje ela é mais usada como uma peça de vestimenta que tem uma função meio que cultural.

Uma típica vestimenta feminina no museu situado no Forte Al Fahid.

E a roupa dos homens? Em vários países da península arábica é possível ver aquela típica vestimenta, chamada de Kandoora. Parece um roupão branco até o chão. Ainda que para o meu gosto seja estranho ver todo mundo vestido igual (imagine encontrar alguém na multidão???) reconheço que existe sim uma grande praticidade na peça. Ademais dizem que auxilia na redução da temperatura corporal.

E na cabeça, aquele tecido? Trata-se da Gutra, um lenço como sinal de respeito a Deus – acorda que o amarra chama-se Agal.

Traje típico.

Evidentemente que os visitantes não precisam usar tais vestimentas. Todavia não se deve abusar, vi muitos comentários de homens recomendando evitar bermudas e regatas.

Para visitar mesquitas, o esquema é o mesmo que apresentamos na Turquia, as mulheres devem cobrir ombros, pernas e cabelo. 

E já que estamos falando de roupas, um alerta que faço é para tomar um cuidado especial com o ar-condicionado dos estabelecimentos. Sabem aquela sensação de ir do deserto do Saara ao Polo Norte em um segundo? Pois é, aja saúde para aguentar os choques térmicos.

Outra dica, esta aos amantes da fotografia como eu, é sempre pedir permissão antes de fotografar algo que não seja público. Pessoas então, mais ainda. Mulheres muçulmanas jamais. Parece também que não é permitido fotografar estruturas governamentais tais como aeroportos e etc. Lembrei de uma vez no Marrocos que tomei o maior pito de um sujeito porque estava tirando fotos num porto em Tangier, o cara nem quis saber se eu era turista ou não, mandou apagar a foto.

No metrô, por exemplo, existem vagões exclusivos para mulheres e crianças. Fique atento.

Bebidas alcoólicas são servidas apenas aos turistas e em bares / restaurantes licenciados (normalmente situados nos hotéis 4 e 5 estrelas). Beber em público? Nem sonhando, a penalidade varia de uma repreensão à multa. Mesmo assim, elas são vendidas livremente (e com bons preços) no free-shopping do aeroporto.

Fumar em lugares fechados, esquece.

Carne de porco? Só em supermercados mais frequentados por estrangeiros, e ainda em área segregada.

Como apontado pela maioria dos guias turísticos, Dubai não é um destino recomendado para o público GLS, pois eles são extremamente rígidos quanto a esta questão – acreditem, para eles isto é crime. Já vi relatos de dois amigos ou duas amigas que foram praticamente obrigadas pelo hotel a reservarem quartos separados.

Ainda na linha das restrições, vários sites são bloqueados nos Emirados, como por exemplo sites de apostas ou encontros virtuais. Parece que até mesmo o Skype e outros serviços do gênero também.

Drogas então… o pessoal é extremamente rigoroso lá, aplicando em muitos casos simplesmente pena de morte àqueles envolvidos com entorpecentes. Ser preso então é comum. Cito aqui um caso curioso citado pelo Lonely Planet, um suíço ficou preso porque encontraram três sementes de papoula na roupa dele – ele havia comido um pão com semente de papoula no aeroporto de Londres.

São aplicadas também sérias restrições quanto a medicamentos, pois ainda que muitos sejam lícitos por aqui, podem não ser lá. Se você toma com regularidade algo mais fora do comum, não esqueça de levar a prescrição legível e consulte as autoridades locais para obter a lista de medicamentos banidos.

O idioma oficial é o árabe mas o inglês, ensinado nas escolas, é muito utilizado.

Só mesmo o formato da garrafa e a cor para dizer que é uma Coca-Cola.
Mas são poucas coisas que estão escritas apenas em árabe.

Como vocês sabem sou adepto da ideia de sempre aprender (quando possível) algumas expressões na língua local. É simpático, abre portas e sorrisos, principalmente quando a pronúncia é errada, ou seja, quase sempre! Assim, segue uma lista do essencial em árabe:

English Árabe
Yes naʿam
No
Hello marhaban
Peace (Usually Islamic) ʾassalāmu ʿalaykum
How are you? kayfa l-ḥāl
Welcome ʾahlan
Goodbye maʿa s-salāma
Please min faḍlik
Thanks šukran
Excuse me ʿafwan
I’m sorry ʾāsif
What’s your name? mā ʾismuk(a/i)?
How much? kam?
I don’t understand. lā ʾafham
I don’t speak Arabic. lā ʾatakallamu l-ʿarabiyyah

A saudação local mais usada é o as’salâmu a’alaykum (a paz esteja com você), a qual deve ser respondida com wa’alaykum as’salâm (a paz esteja contigo também). Não é fácil não, mas vale aprender.

Uma coisa que eu aprendi pesquisando para esta viagem é que os nomes cheios de “Al” e “Bin” – como aquele que nem é bom falar o nome, tem um significado. O “bin” significa “filho de” ou “filha de”, e o “Al” possibilita identificar a família a qual pertence.

Questões práticas.

Dubai exige a emissão de um visto simplificado aos brasileiros que pretendem visitar o país. O procedimento completo vocês conferem aqui.

A moeda local é o Dirham dos Emirados (AED) e vem em notas de 5, 10, 20, 50, 100, 500 e 1000 dirhams (opa, esta última eu gostei!) e moedas de 1, 5, 10, 25, 50 centavos de dirham (ou fils) e de 1 dirham.

Para a data de hoje, temos as seguintes taxas de câmbio.

AED 1 = R$ 0,65 ou R$ 1 = AED 1,52

AED 1 = US$ 0,27 ou US$ 1 = AED 3,67

As moedas vem com os valores expressos em ambos idiomas.

Além dos onipresentes ATM´s onde é possível sacar dirhams direto de sua conta corrente (vide post sobre cartões saques no exterior), existem algumas casas de câmbio nos principais shoppings e na região central do Creek e Gold Souk. Cartões de crédito são amplamente aceitos.

Uma curiosidade que muita gente cita ao voltar de Dubai é o fato de existirem alguns – e não muitos como dizem – caixas eletrônicos que ao invés de dinheiro, dá para sacar pequenas barras de ouro.

Amor, na volta para casa traga dois pãezinhos, leite e uma barrinha que acabou aqui em casa!

Tem uma na entrada de visitantes do hotel Atlantis The Palm. Adoraria ver alguém sacando uma destas, porque para nós está fora de cogitação.

Já pensou a esposa te ligar pedindo para você passar no caixa eletrônico para pegar dinheiro para pagar algo e você chega com uma barrinha de ouro em casa??? Que os meliantes que explodem caixa eletrônico no Brasil não leiam este post, senão o Brasil vai exportar bandido!

Aliás, no quesito segurança, Dubai é um dos destinos mais seguros do mundo. Recomenda-se apenas as precauções de praxe quanto a raros batedores de carteiras em aglomerações.

Só mesmo num lugar como Dubai para existir um “shopping” do ouro a céu aberto. 

O fuso horário de Dubai é de 7 horas à frente de Brasília.

Os banheiros públicos são raros e normalmente apenas para homens, então considere utilizar os shoppings e restaurantes.

Diferentemente de outros países como os EUA, gorjeta não é algo obrigatório. Apenas nos restaurantes é que há a praxe dos 10% (vale sempre conferir se já colocaram ou não a gratificação na conta).

Como os plugs de tomada seguem o padrão inglês, um adaptador é obrigatório. A voltagem é 220volts.

Quando ir? Mesmo com as ressalvas abaixo, se existe uma grande vantagem de Dubai sobre outros destinos de viagem é o fato de que não existe uma época do ano que seja ruim ir para lá. Não existe a chance das suas férias serem estragadas com chuvas intermináveis ou voos cancelados por nevascas.

Pegue qualquer aplicativo de previsão do tempo e pesquise as temperaturas em Dubai. Vocês notarão que não tem frio em Dubai, existe apenas “quente”, “muito quente” e “insuportável”. Ar-condicionado é algo mais que comum em qualquer estabelecimento fechado. A coisa é tão intensa que no passado os habitantes locais construíam no topo de suas casas as chamadas torres de vento, que nada mais são que torres quadradas com aberturas nos quatro lados para que o ar “menos quente” entre nas residências. Foi o precursor do ar-condicionado.

E para não falar que é estória de viajante…
Uma típica torre de vento na parte antiga da cidade.

Só para dar uma ideia da situação, lá até mesmo os pontos de ônibus são fechados e com ar-condicionado.

Se vocês estiverem andando pela rua e precisarem dar uma refrescada. Corre para o ponto de ônibus!!! Kkkkk

Curte um banho de mar para refrescar? Pois é, em Dubai ele pode ser tudo, menos refrescante. Por conta das altas temperaturas e outras questões climáticas, a água do mar pode ser quase que tão quente quanto a do chuveiro. Aiaiai… sopa de gente. Dizem que no ápice do verão, as piscinas dos hotéis são inclusive resfriadas artificialmente.

Bom pelo menos uma coisa é certa, dificilmente você terá um dia de chuva, salvo se você estiver lá nos 6 dias em que chove durante o ano (média). Mas também, quando chove é um caos, as ruas alagam e o trânsito para. Dias dos paulistanos se sentirem em casa em Dubai!!! Isto ocorre porque não há sistema de drenagem nas ruas.

O mar é lindo e limpo, mas a água não refresca.
Para refrescar só mesmo nos parques aquáticos.

Ainda que tempestades de areia não sejam típicas em Dubai, pode acontecer de uma espessa camada de névoa tomar conta da cidade, prejudicando a visibilidade.

Seja qual for a época do ano da sua viagem, tenha sempre a mão uma garrafa d’ água; óculos escuros; protetor solar e um chapéu ou boné – talvez um guarda-chuvas para servir de sombrinha.

Digo isto porque nós viajamos no verão e deu para sentir na pele o sol escaldante. Para que vocês tenham uma ideia, andando pelas ruas de chinelo de dedo dava para sentir o calor na sola do pé.

Cabe aqui um alerta especial quanto ao risco de desidratação. Beba muita água e tenha sempre contigo uma pequena garrafa para abastecer. Pode ser da torneira? Sim, segundo informações do governo local a água da torneira é absolutamente segura. Fica apenas uma pequena ressalva. Como ela é normalmente produzida por dessalinização, talvez não tenha um gosto tão agradável quanto a mineral. Eu não notei lá muita diferença.

Se me perguntassem quanto tempo ficar em Dubai, eu diria que algo em torno de 4 ou 5 dias são suficientes. Mesmo que você queira ver tudo com muita calma, e ainda que exista uma boa quantidade de coisas interessantes para ver e fazer por lá, mais tempo que isto acho demais. Nós ficamos 3 dias e deu para ver praticamente tudo que queríamos, mas vai de cada um.

Se você puder, aproveite para conhecer outros países da região, ou até mesmo para dar uma esticada até algum destino no Sudeste Asiático, já que o preço da passagem e o tempo de voo não aumentam muito.

Já que o voo é de pouco mais de 14 (intermináveis) horas, aproveite para conhecer outros lugares na região.

Sempre que alguém fala que vai para Dubai, a primeira reação das pessoas é aquele ar de “nossa, tá podendo hein!”.

Ai ai ai, adoro quando vejo este tipo de comentário. Se as pessoas soubessem as escolhas que os viciados em viajar fazem para economizar uns trocados…

Mas enfim, embora Dubai seja sim um lugar rico, o maior custo de uma viagem para lá é a passagem, pois os demais gastos, como hotel, alimentação e transporte, podem facilmente ser superados por aqueles que encontramos em alguns destinos turísticos do Brasil.

Hotéis de luxo podem custar bem menos que em outros destinos.

Em Dubai é comum encontrar hotéis de luxo a preços relativamente acessíveis. Tudo depende da sua prioridade.

Onde ficar em Dubai? Nós optamos pelo excelente custo benefício do Ibis World Trade Centre Dubai, cujo review completo vocês conferem aqui.

Como chegar? A opção mais evidente é voando Emirates, a conceituadíssima empresa aérea local sobre a qual já tivemos oportunidade de falar por aqui. Mas para quem quiser somar Dubai com outros destinos na região, como Doha, Abu Dhabi ou até Turquia, ai as opções de empresas aéreas são maiores.

O aeroporto de Dubai é um dos mais bacanas que já vi. Num próximo post comentaremos mais a respeito.
Pelo custo-benefício, optamos pela Emirates.
Virei fã da empresa. Serviço nota 10 – confira a nossa avaliação completa na aba flight review.

Em Dubai não existe embaixada brasileira, mas amais próxima fica no emirado vizinho, Abu Dhabi: Madinat Zayed Street 5 Villa 3 – Abu Dhabi, PO Box 3027. Funciona de domingo à quinta-feira das 9h00 às 13h00. Fone: (971) 2 632-0606 / Fax: (971) 2 632-7727 – brasemb.abudhabi@itamaraty.gov.br –  consular.abudhabi@itamaraty.gov.br

O site oficial de turismo de Dubai é bastante completo e traz uma série de informações interessantes. O principal posto de informação turística está no Dubai Airport e funciona 24hs e fica logo após a alfândega.

Já na cidade, o escritório central está situado na Baniyas Square e na SHK Zayed Road (das 9h00 às 21h00 de sábado à quinta e às sextas das 15h00 às 21h00), mas existem alguns pequenos guichês nos principais shoppings da cidade. 

Depois de uma rápida, porém intensa passagem por Dubai tenho que concordar com o Xeque! Eles estão fazendo o impossível, possível. 

E ai? Gostou desta prévia? Então embarque conosco nos nossos posts desta última pernada da nossa viagem pela Ásia.

 

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2 comentários

Soraia 27 de novembro de 2017 at 17:28

Excelente

Responda
Keila 28 de julho de 2015 at 16:01

muito bom

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