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Kuala Lumpur, uma cidade para lá de multicultural

Batu Caves, uma das principais atrações de Kuala Lumpur.

Se alguém cair de paraquedas em Kuala Lumpur sem saber onde está, terá muita dificuldade para se localizar só olhando a cara das pessoas. Andando pelas ruas, tem gente vinda de tantos cantos do mundo. Tem imigrantes da China, da Índia, de países do Oriente Médio, e da Europa, misturado àqueles que tem uma feição que mais se assemelha aos típicos malaios.

E esta diversidade não está apenas no rosto das pessoas. As mesquitas que são frequentadas pela maioria muçulmana divide espaço com templos hindus e taoístas. Nem mesmo a culinária escapa, pois você encontra com facilidade pratos de toda a Ásia. Neste ponto me lembrou muito a quase vizinha Singapura.

Com 1,6 milhões de habitantes, a capital da Malásia consegue ser um hub que mistura gente e cultura de diversos lugares.

Gente com cara de tudo quanto é canto convive em um lugar com
Templos chineses
Mesquitas
E templos hindus.

As origens da cidade não são nada glamorosas. Por volta de 1857, um grupo de mineradores chineses se estabeleceram ali para procurar por ouro e deram ao campo o nome de Kuala Lumpur, algo como confluência enlameada. O lugar era um caos, brigas entre grupos rivais e muitas mortes por conta da malária que assolava a região. Cansado da bagunça o então regente da Malásia enviou uma espécie de xerife para colocar ordem no lugar. E não é que deu
certo?

Até mesmo em razão de seu caráter multicultural, Kuala Lumpur divide-se em bairros bem diferentes. A região da Merdeka Square, centro da cidade, tem um ar mais colonial, remetendo à época da colonização britânica. De outro lado, semelhantemente à Singapura, existe uma Little Índia e uma …. Chinatown (continuo achando que é “perseguição”!). Isso sem falar na moderna região de KLCC onde dentre vários prédios modernos, estão as Petrona Towers.

Embora o layout da cidade seja um pouco confuso, as atrações ficam relativamente próximas umas das outras, o que privilegia caminhar entre elas.

Mas caso seja necessário, o sistema de transporte público é bastante eficiente, o único problema é que ele não é integrado entre os seus operadores, ou seja, se você precisar trocar de um para o outro, terá que pagar. Dentro do mesmo sistema está integrado.

A rede completa.
As máquinas são super fáceis de usar, mas não aceitam notas altas.
E a passagem são estas fichas de plástico.

Um dos sistemas é o da My Rapid, que conta com duas linhas de trens leves (LRT) – Kelana Jaya Line (“Putra” line) e Ampang/Sri Petaling (“Star” line), além de uma linha de monorail que cruza algumas vezes com as linhas do LRT.

A tarifa varia conforme a distância percorrida e neste site, vocês encontram os valores atualizados.

É possível comprar o bilhete para uma viagem (token) que deve ser usado no dia da viagem (não adianta comprar para o dia seguinte). Para utilizá-lo, basta aproximar da catraca de entrada e depositá-lo na de saída. Ou você pode adquirir um cartão pré-pago, que é carregado com RM10 e com um depósito de RM5.

No geral, o sistema funciona das 6h00 às 23h00, mas como cada serviço tem uma regra, sugiro que você veja no site da MyRapid o horário atualizado para cada um deles. 

O outro sistema, mais utilizado para trajetos mais longos, é composto pelos trens da KTM Komuter Trains que partem da estação KL Sentral.

Metrô ou trem rápido.
Ônibus (não usei).
Trem suburbano.
E monorail. Tem de tudo em Kuala Lumpur em termos de transporte.

Os táxis são relativamente baratos, mas é preciso ficar atento à malandragem de alguns que não querem ligar o taxímetro. Insista porque dificilmente você conseguirá negociar um preço melhor do que o medido.

Lá vocês notarão que os táxis são sempre vermelhos ou azuis. Os primeiros são comuns, e os segundos executivos, e portanto um pouco mais caros.

Kuala Lumpur tem dois aeroportos, o Kuala Lumpur International Airport (KUL) que fica a 73km ao sul da cidade e um menor, Sultan Abdul Aziz Shah Airport situado uns 20km do centro. Embora a maioria dos voos regionais e todos os internacionais utilizem o Kuala Lumpur International Airport, fique atento ao reservar seu voo.

O KLIA, como é também conhecido o aeroporto internacional é bastante grande e moderno.

Para ir do aeroporto internacional (seja qual for o seu terminal) para Kuala Lumpur a melhor opção é utilizar o é o KLIA Ekspres, um trem que ao custo de RM 35 e em 33 minutos faz a ligação com a Kuala Lumpur Sentral a cada 15 minutos (saiba mais). O horário de funcionamento é das 5h00 à 1h00. Os trens são muito confortáveis (tem até internet gratuita a bordo) e não faz paradas.

A forma mais rápida e confortável de fazer o trajeto de/para o aeroporto é pelo KLIA Express.
E o bilhete você compra no próprio saguão de retirada das bagagens.

Por um pouco menos, tem o Sky Bus, um ônibus operado pela Air Asia que custa RM10 e parte de vários pontos na cidade. Confira no site as rotas.

Um táxi do aeroporto ao centro ou o contrário vai custar aproximadamente RM 90 (comum) ou uns RM 110 para aqueles que são contratados nos balcões do aeroporto.

Onde ficar em Kuala Lumpur? Nós optamos pelo Traders Hotel Kuala Lumpur, um hotel 5 estrelas super bacana cujo review completo vocês conferem aqui.

Traders, um hotel fantástico.
Enquanto o review não sai, olhem só o banheiro que lindo.

O portal de informações turísticas da Malásia oferece muitas informações úteis, vale conferir. Já Kuala Lumpur tem postos de informações turísticas em vários cantos da cidade:

– KL Information Centre: www.kualalumpur.gov.my; Lorong Tuanku Abdul Rahman; das 10h00 às 18h00.

– KL Tourist Association: www.klta.org.my; National Museum, Jln Damansara; das 9h00 às 17h00 de segunda à sexta e até as 13h00 aos sábados.

– Malaysian Tourism Centre: www.mtc.gov.my; 109 Jln Ampang; das 7h00 às 22h00.

– Tourism Malaysia: www.tourismmalaysia.gov.my, Kuala Lumpur International Airport International Arrival Hall, KLIA, Sepang; das 9h00 às 0h00.

Mas e aí? O que tem para ver e fazer em Kuala Lumpur?

Não que eu queira ser um especialista em Chinatown, mas já que elas me perseguem, não custa nada dar uma espiada na Chinatown de Kuala Lumpur, principalmente porque ela tem vários templos interessantes.

Para ficarmos apenas nos mais relevantes, sugiro visitar dois, um hindu e uma mesquita.

O Sri Maha Mariamman Temple é talvez o mais famoso e antigo templo hindu da cidade. Dedicado à deusa Mariamman, ele foi fundado em 1873 por indianos de origem Tamil, mas a estrutura atual é fruto de uma série de reformas feitas entre 1968 e 1972.

A torre de entrada do Sri Maha Mariamman Temple.

O que mais chama a atenção é a sua gopuram (torre) com quase 23 metros e mais de 220 divindades esculpidas.

A torre é cheia de deuses e divindades hindus. Dizem que cada uma é para uma coisa.

Durante o festival de Thaipusam (janeiro-fevereiro) é feita uma espécie de procissão de lá até Batu Caves.

Interior do templo é formado por várias alas com pequenos altares.
As coloridas representações das divindades.

Lembre-se que como sempre se faz em templos hindus, é necessário tirar os sapatos para entrar. No caso, você deixa os sapatos num balcão na entrada pagando RM0,20.

Ele fica na Jalan Tun H S Lee, e funciona das 6h30 às 20h30. 

Do hinduísmo para o islamismo – coisas que só metrópoles multiculturais proporcionam – sugiro uma visita à Masjid Jamek, uma das mais antigas mesquitas de Kuala Lumpur.

Ela foi construída em 1907 numa pequena ilha o que lhe confere um ar bem diferente dos demais templos da região.

Masjid Jamek.
Mulheres não podem mostrar pernas, ombros e cabelo. Homens devem estar de calça, caso contrário eles emprestam uma espécie de sarong.

Como todo templo muçulmano, é necessário retirar os sapatos e as mulheres devem cobrir os cabelos, ombros e joelhos.

Fica na Jin Tun Perak (Estação Masjid Jamek do LRT) e está aberta para visitantes das 8h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h00 – fecha às sextas entre 11h00 e 14h30 para orações.

Outra mesquita de Kuala Lumpur, e talvez a mais importante seja a Masjid Negara (National Mosque), cuja inspiração foi a Grande Mesquita de Mecca. Situada na Jin Lembah Perdana e aberta diariamente (salvo manhãs de sexta-feira) das 9h00 às 12h00 e das 15h00 às 16h00 e depois das 17h30 às 18h30. Infelizmente nos dias em que estávamos em Kuala Lumpur as visitas aos não muçulmanos estavam proibidas.

Mas não tem templo chinês na Chinatown? Claro que tem. O mais típico é o Sze Ya Temple (Jin Tun HS Lee, diariamente das 7h00 às 17h00), com direito à leitura da sorte e aqueles bens materiais feitos de papel para serem queimados em oferenda aos ancestrais falecidos.

Sze Ya Temple, não se deixe impressionar pela fachada sem graça porque lá dentro é lindo.

O que seria de um destino no sudeste asiático sem um street market? Para quem nunca viu um, a coisa começa mais ou menos assim, num determinado horário do dia, começa a pipocar pelas ruas uma barraquinha aqui e outra ali, e instantes depois, a rua está tomada delas e você mal consegue andar.

Talvez o street market mais conhecido de Kuala Lumpur seja a Petaling Street (ouJalan Petaling), situada na Chinatown.

Petaling Street, o street market mais famoso de Kuala Lumpur.
Bolsas falsificadas.
E bastante bugiganga.
Petaling Street.

Preciso dizer que a maioria das mercadorias ali é “oliginal”??? Preciso também dizer que negociar é obrigatório? Jamais aceite o primeiro preço que lhe derem.

O street market funciona diariamente do meio dia às 23h00.

Bem mais charmoso que a Petaling Street, e mais indicado para souvenires, há o Central Market, um belo edifício no estilo art deco construído pelos ingleses em 1888 e que no passado serviu como mercado aos mineradores que viviam na região. Atualmente ali são vendidos artesanato de alta qualidade. Não perca os doces feitos com durian – será que são menos fedidos que a fruta?

Central Market.
Artigos de prata.
Até a decoração do local é bacana.
Estas lanterninhas me lembraram as de Istambul.

Compramos algumas lembranças super legais lá e também aproveitamos para almoçar algumas vezes nos restaurantes existentes no último andar – num outro post, quando falarmos sobre o que comer na Malásia conto os detalhes. Vale a pena conferir. Fica na Sdn Bhd Lot 3.04-3.06, Central Market Annexe, Jalan Hang Kasturi (utilizar a estação Putra do LRT) e funciona todos os dias das 10h00 às 22h00.

Outro lugar bastante tradicional de Kuala Lumpur, e por uma das razões mais importantes para os malaios é a Merdeka Square. Foi aqui em 31 de agosto de 1957 que foi declarada a independência malaia do império britânico.

Quando fomos era dia de desfile militar pela independência da Malásia e a praça estava lotada.
Mas deu para conferir alguns dos prédios que rodeiam a Merdeka Square.
A arquitetura é bem diferente.

Hoje ali, onde no passado havia um campo de críquete (nunca entendi este esporte!), está a maior praça de Kuala Lumpur. Nesta praça onde tremula uma enorme bandeira estão vários prédios importantes que vão do National History Museum à corte suprema que funciona no Sultan Abdul Samad Building.

Por ali vale conferir uma das mais importantes igrejas de Kuala Lumpur, a St. Mary`s Cathedral, uma igreja anglicana datada de 1894.

Ali perto, quem quiser conhecer mais a respeito da história de Kuala Lumpur, deve fazer uma visita à Kuala Lumpur City Gallery, um museu que além de contar a história da cidade deste a sua fundação, tem como principal atração uma maquete completa e muito bem feita da cidade. Fica na No. 27, Jalan Raja, Dataran Merdeka.

Na sua porta, há uma famosa escultura no estilo I Love Kuala Lumpur:

I Love KL!

Embora o Orient Express original fosse “apenas” até Istambul, Kuala Lumpur tem uma estação de trens tão linda e exótica que seria perfeita para uma extensão da famosa rota de trem, a Old Kuala Lumpur Train Station.

Construída em 1911, num estilo bem peculiar, esta estação de trens parece ter saído de uma daquelas histórias tipo Indiana Jones.

Cansou de tantos prédios e da muvuca de gente? Vá para ao Lake Gardens, o mais importante parque da cidade que felizmente está aberto a todos e é um dos principais lugares de lazer dos locais. Mas nem sempre foi assim, pois durante o período de dominação inglesa, como ele era aberto apenas para os súditos da rainha, acabava sendo um lugar onde eles podiam se isolar do restante da população.

Fora o parque em si, o que já vale a visita, ainda existe um Museu de Arte Islâmica, o Parlamento Malaio e o Bird Park.

No Bird Park vocês encontrarão uma enorme quantidade de espécies de pássaros (mais de 150) de tudo quanto é tipo e origem, a maioria voando livre. Funciona diariamente das 9h00 às 18h00 e o ingresso custa RM50.

Ali perto fica também um borboletário, o Butterfly Park. Além de belas e enormes borboletas, eles criam outros dois insetos típicos da Malásia, grandes centopeias e aranhas.

Petronas Towers.

Da calmaria para a área mais moderna da cidade, o Kuala Lumpur City Centre (KLCC)
representa a face moderna de Kuala Lumpur, e seu símbolo maior são as Petronas Towers.

De vários pontos da cidade é possível avistar estas duas enormes torres prateadas de 451m de altura e 88 andares que mais parecem dois foguetes prontos para serem lançados.

E à noite elas ficam assim super iluminadas.
Upa-upa cavalinho!

Projetadas pelo argentino Cesar Pelli e erguidas em 1998 após 7 anos de construção, em uma das torres funciona a sede da mais importante empresa malaia, a petroleira Petronas; e na outra várias outras empresas mundialmente conhecidas dos mais diversos ramos.

Durante alguns anos, mais precisamente até 2003, quando foi inaugurado o Taipei 101, as torres foram os edifícios mais altos do mundo. Claro que tudo isso é passado, graças à megalomania de Dubai que tem o Burj Kalifa com seus 823m de altura – acho que vai reinar por um bom tempo!

É possível subir para visitar a torre. São duas opções, um mirante no 86° andar e uma ponte de vidro, a Skybridge que liga as duas torres no 41º andar.

A Skybridge.
E o topo de uma das torres no detalhe.

Se você leu em algum lugar que existe um esquema para visitar o mirante e a Skybrigde gratuitamente, esquece. É lorota. As torres estão abertas de terça à domingo das 9h00 às 21h00 (às sextas fecha das 13h00 às 14h30) e o ingresso custa RM84,80.

A forma mais fácil de chegar lá é pela linha Kelana Jaya na estação KLCC – Kuala Lumpur City Centre.

Ainda que as torres roubem a maior parte das atenções, o KLCC tem outras atrações.

Uma delas é o Suria KLCC, um dos maiores e mais chiques shoppings de Kuala Lumpur que fica aos pés das torres e tem muitas lojas de grife e uma excelente praça de alimentação. De quebra ainda tem uma Isetan para matar saudades do Japão.

O shopping é rodeado pelo KLCC Park, um belo parque com amplos gramados e fontes sincronizadas. É de lá que se tem as melhores vistas das torres, especialmente durante à noite.

KLCC Park.

Nos arredores do parque, mais precisamente embaixo do Kuala Lumpur Convention Centre está o Aquaria KLCC, um excelente aquário.

Para quem gosta de vistas, sugiro visitar a Menara KL, uma torre com 421m de altura – uma das quatro mais altas do mundo. Dali se avista desde a cidade até as florestas mais próximas. Fica na 2 Jalan Punchak Off Jalan P.Ramlee e para chegar lá pode-se utilizar o Free Shuttle (The free shuttle service runs every half an hour from the main gates through the hilly forest to the Menara KL entrance); o Light Rapid Transit (LRT) via estação na linha PUTRA LRT (Dang Wangi station); ou pelo KL Monorail e descer na Bukit Nenas. O ingresso custa RM52.

Menara KL.
À noite ela fica tora iluminada.

Pensa numa escada grande… não maior… Sim, esta foi a primeira impressão que tive ao chegar em Batu Caves. Com 272 degraus para serem literalmente vencidos, tive certeza que trata-se de uma verdadeira peregrinação montanha acima.

Na entrada das cavernas fica uma enorme estátua de Muruga.
Prepare as pernas, não tem outra forma de subir que não as escadas.
Com o Cumbiquinho escadaria acima!

Mesmo já tendo visto o lugar pela TV, especialmente em alguns episódios de The Amazing Race (#adoro!) e sabendo o que iria encontrar, vê-lo ao vivo foi bem especial.

Só pela formação geológica o lugar já vale a pena, se você considerar o aspecto cultural então… Com aproximadamente 400 milhões de anos, elas serviram no passado remoto de abrigo ao povo indígena Temuan que habitava a região.  

São duas cavernas, uma chamada de Dark Cave, onde eles fazem expedições para ver as típicas aranhas e morcegos que vivem ali. Eu dispensei porque não curto muito nada com mais que 4 pernas.

Já a outra é o templo propriamente dito.

A Dark Cave.
E a caverna do templo.
Interior da caverna.
As formações rochosas do interior.
Dependendo de como a luz natural incide o lugar fica ainda mais exótico.

As cavernas foram descobertas mais de 120 anos atrás pelo naturalista americano William Hornaday, e pouco tempo depois, os imigrantes passaram a utilizar o local como santuário. Ou melhor, como santuários, pois existem vários pequenos templos no seu interior.

Como em todo templo hindu, são várias estátuas de divindades de tudo quanto é tipo. Às vezes acho que até para os hindus é difícil saber quem é quem e para quem rezar para cada necessidade!

Um dia ainda entendo estas divindades tão diferentes.
Altar no interior do templo.

Logo na entrada do complexo , uma estátua de 43m de Muruga (Lord Subramaniam, o deus hindu da guerra, da vitória e do amor) – maior até que o Cristo Redentor!!!

As cavernas são o habitat de muitos macacos que a utilizam como refúgio e as oferendas como almoço grátis! Mas não se iluda, de bonzinhos eles não têm nada. Eles mordem e surrupiam pertences dos turistas. Esteja atento.

Não se iluda por estas carinhas, eles são larápios.

Situadas 13km ao norte de Kuala Lumpur, o ingresso é gratuito. A forma mais fácil de chegar lá é de táxi. Demora uns 30 minutos e custa uns RM 25, ou mais, se você quiser que o motorista fique lhe esperando). Para entrar ou você (leitoras e também leitores) leva um  chale, ou aluga lá, pois nada de ombros e pernas descobertas – cabelos ok.

Agora uma opção que pode compensar, apesar de demorar mais (1 hora), é pegar um trem do KTM Komuter a partir da estação KL Sentral que desce na própria estação Batu Caves.

Com opções que vão de grandes shoppings com lojas de grife à street markets onde se compra de tudo, Kuala Lumpur pode ser considerado um destino de compras. Lá os preços são bem mais em conta do que em outros destinos asiáticos – talvez só um pouco mais caro que a Tailândia.

Os souvenires são artesanato mesmo, principalmente em madeira e couro. Estes são no Central Market.

E o melhor é que dependendo do quanto e onde você gastar, terá direito de receber de volta parte do Goods and Services Tax (GST) Refund.

Mas infelizmente nem toda compra é elegível para tal reembolso. Como de praxe, ele é válido apenas para bens de consumo. Serviços, comida e bebida estão fora. Até aqui sem novidades, todos os lugares em que já vimos este tipo de reembolso era assim.

A diferença está no fato de que na Malásia, após 1 de abril de 2015, o reembolso será válido apenas para as lojas credenciadas, ou seja, aquelas que têm o logo do TRS (Tourist Refund Scheme). Some-se ainda o requisito de que é necessário requisitar junto a tais lojas uma nota específica para ser apresentada no momento do reembolso e o valor mínimo da compra deve ser de RM300 que pode ser dividido em várias compras (até em dias diferente), mas têm que ser na mesma loja.

Os estabelecimentos comerciais funcionam das 9h00 às 19h00 e os shoppings das 10h00 às 22h00.

Mais que um lugar para compras, alguns mercados podem ser uma atração turística, mas depende muito do seu estilo. O Pudu Market (Jln Pasar Baru acessível pelo LRT a partir da estação Hang Tuah – aberto das 6h00 às 14h00) é uma feira livre mais frequentada pelos locais que vende um pouco de tudo e é um tanto quanto exótico…

De peixes tropicais (ai que dó!).
Como é uma feira livre, tem até mesmo comida viva e fresca  – nem sempre bem acondicionada…

Trata-se do maior mercado de Kuala Lumpur, onde vende-se de tudo um pouco. Sugiro apenas chegar cedo para aproveitar melhor o clima do local.

No mesmo estilo existe o Bazaar Baru Market (Jln TAR, Chow Kit; 8h00 às 21h00).

Bem menos cultural, mas não menos útil, principalmente para o turista que busca uma zona de conforto, Kuala Lumpur tem muitos shoppings que poderiam facilmente estar em qualquer metrópole mundial.

O Suria que fica na base das Petronas
Tem excelentes lojas, inclusive de grifes famosas.

Para citar apenas alguns deles, vale conferir o Suria KLCC, o melhor deles; mas também tem o Avenue K (Jln Ampang; das 10h00 às 21h00), o Bangsar Village I & II (cnr Jln Telawi 1 & Jln Telawi 2, das 10h30 às 22h30) que tem um bom supermercado anexo – no Village II tem uma loja da rede Flight 001 com artigos de viagem; o Berjaya Times Square (1 Jln Imbi; das 10h30 às 22h30); e o Mid Valley Megamallque fica mais afastado do centro da cidade.

Não tenho dúvidas que a Malásia tem muito mais a oferecer do que apenas Kuala Lumpur, mas foi certamente uma bela primeira visita.

 

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3 comentários

Natalie 30 de janeiro de 2017 at 13:34

Oi, Diogo. Tudo bem? 🙂

Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

Até mais,
Bóia – Natalie

Responda
Diogo Ávila 30 de janeiro de 2017 at 14:04

Oba!!!!

Responda
Oigres 20 de janeiro de 2017 at 13:02

Beleza de Post! Kuala Lumpur na lista! É, não dá para entrar em mesquitas de bermudas. Já virei atração turista para o grupo com Sarong em mesquita de Istambul.

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