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De Los Angeles à Las Vegas pelo Death Valley e Rhyolite

Bip-Bip!

Depois da viagem pela Pacific Cost Highway 1, uma viagem bacana para fazer de carro pela Costa Oeste dos EUA é a viagem de Los Angeles à Las Vegas. Quem olha só o mapa, pode ficar com a impressão de que aquelas 4h30 que dividem as duas cidades, percorrendo um retão atrás do outro é sem graça. Sem graça até chegarmos a dois pontos interessantes nesta rota: Death Valley e Rhyolite.

Engana-se! Montado um roteiro com paradas estratégicas, é possível aproveitar a viagem para conhecer um pouco mais da região e quebrar a bela, porém monótona sequência de retas intermináveis.

É um dos lugares mais incríveis para apreciar aquelas paisagens desoladoras de estradas retas, vazias e o clima desértico do oeste americano.

Não dá nem para ver onde termina a reta, e as estradas são muito vazias.
Mas não pense que dá para pisar fundo não… Senão estas luzes piscarão atrás de você!!!
Curta a linda paisagem.

Uma das paradas mais interessantes neste caminho é o Death Valley.

Situado na porção leste da Califórnia, quase entrando em Nevada, dentro do deserto de Mojave, o Death Valley é um dos lugares mais quentes da terra, com máximas de até 56ºC, e o mais seco. Acho que deu para entender de onde vem o nome do local…

Geograficamente o parque tem o ponto mais baixo ponto dos EUA (86m abaixo do nível do mar) e o mais alto também, o Monte Whitney com 4.418m.

Na parte baixa, um deserto quente de sal
E nos cumes mais altos, neve. Vai entender?!?!

A temperatura média em janeiro (inverno) é de 19°C e em julho (verão), 47°C. Quente pacas!

Num local tão extremo quanto este, não é de se estranhar que praticamente não exista fauna. Mas como a capacidade de adaptação da vida é algo que parece não ter limites, existe sim uma escassa, porém curiosa fauna local.

Ali vive literalmente um personagem de desenho animado. Peraí, explico! Esta região é habitada pelo Greater Roadrunner, uma pequena ave que com muita imaginação, é verdade, inspirou o personagem Roadrunner (Bip-Bip / Papa-Léguas). A semelhança entre a realidade e o desenho fica apenas no quesito velocidade (ele chega a 42 km/h!!!), pois a ave é pequena e não é nem um pouco colorida! O coiote, este sim mais próximo da realidade, vive por ali também.

Outra atração local é a salina de Bad Water, que a 86m abaixo do nível do mar, guarda um pouco da água (salgada, é claro) que existe na região. Acessível pela estrada 190.

Death Valley.
Um caldeirão de quente.

Para quem tiver um tempo a mais, sugiro visitar a região chamada Race Track, para ver as suas pedras “andantes”, por assim dizer. O blog 1000 dias por toda América traz um interessante relato a respeito, vale a pena conferir. Ali eles contam também uma das teorias para o fenômeno.

É possível visitar o parque qualquer época do ano. Para maiores detalhes do clima no parque, veja este link.

A melhor forma de chegar ao Death Valley é pela Highway 190. Para quem quiser as instruções num passo a passo, sugiro não só programar muito bem o GPS / smartphone, mas também consultar o site oficial do parque.

A estação do parque.
E algumas curiosidades a respeito do Death Valley.

O parque em si não tem horário, mas o centro de visitantes, situado no Furnace Creek resort, a 30 milhas da Death Valley Junction e 24 milhas do Stovepipe Wells Village, está aberto diariamente das 8h00 às 17h00. 

O ingresso, a exemplo de outros parques estaduais dos EUA é por carro, no caso US$ 20.

Para quem não sabe, é do deserto Mojave que saia aquele “avião” espacial, o Space Ship One.
E também existe um famoso cemitério de aeronaves.
As placas vão desde atrações tendo alienígenas como tema à bordéis. É mole?

Não tem como não associar esta paisagem inóspita com aqueles filmes de Velho Oeste. Mas e aquele lance das cidades fantasma? Elas existiram ou foram uma criação do cinema e dos desenhos animados?

As cidades fantasma não só existem como é relativamente fácil visitar uma delas.

Hoje existem nada menos que 10 cidades fantasma que, embora tenham tido seu período de prosperidade durante a chamada Corrida do Ouro, foram definhando com o passar do tempo e acabaram sendo literalmente abandonadas.

Uma das mais famosas e bem conservadas é Rhyolite. Olhando assim realmente é difícil imaginar como esta cidade que em 1908 tinha mais de 8mil habitantes foi reduzida a nada em poucos anos.

Rhyolite.
Acho que estouraram o caixa eletrônico do banco.

Ah, não recomendo andar perto das construções… cascavéis são animais nativos e comuns por ali.

Búuuuu!
Ghost-Rider

Para chegar lá, basta seguir 4 km a oeste da cidade de Beatty, Nevada pela HWY 374. Nós optamos por colocar no Google Maps e chegamos lá sem maiores dificuldades.

Ah, a dica mais importante para viajar por este trecho de estrada é preparar-se abastecendo o tanque do carro, tendo sempre água e algo para comer, já que os postos de serviços são poucos e a sua grande maioria não tem infraestrutura alguma.

A maioria dos lugares na estrada mais parecem cenário de Um Drinque no Inferno!
Mas nas pequenas cidades até que dá para achar um lugares mais simpáticos para comer e beber algo.

Próxima parada… Las Vegas Baby!

 

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2 comentários

Anônimo 5 de outubro de 2016 at 00:03

Oi Diogo, irei para Los Angeles e de lá vou vou pernoitar 1 noite na região do Death Valley e depois sigo para Las Vegas.
Minha dúvida é a seguinte: qual o melhor local para se hospedar no Death Valley? Pensei em Pahrump ou Death Valley Junction…
Obrigada!
Juliana

Responda
Diogo Ávila 5 de outubro de 2016 at 00:27

Juliana, como infelizmente não pernoitei lá, não tenho como opinar sobre estadia nestes lugares.
Abraço.

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