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O que fazer em Edimburgo em três dias?

Royal Mile, o coração de Edimburgo.

Depois de falarmos da Inglaterra e da Irlanda, chegou a vez de falarmos de outra nação situada nas ilhas da Bretanha, a Escócia. Embora tenha sido uma curta experiência de 3 dias na capitalEdimburgo, ficou claro que como destino turístico, a Escócia tem muito a oferecer.

Mesmo estando ali ao lado da Inglaterra e fazendo parte do Reino Unido, a Escócia tem diferenças significativas em relação aos seus vizinhos, tanto que muito já se discutiu a respeito da sua total independência.

Embora a Escócia faça parte do Reino Unido (UK), juntamente com Inglaterra, País de Gales, e Irlanda do Norte, nem sempre foi assim. A Escócia era totalmente independente até 1707, quando foi oficialmente criado o Reino Unido da Grã-Bretanha. Atualmente a independência da Escócia é relativa, pois possui jurisdição própria para fins de direito internacional.

Cabine telefônica.
Double deck bus.
E até fish’n chips! Parece Inglaterra mas não é não!

Originalmente, a região era habitada por um povo denominado genericamente de escotos, e que seriam uma derivação dos gaélicos da região. Do nome escoto ou Scot é que vieram palavras escocês e Escócia (Scotland). A unificação em um reino único veio em 843, quando Kenneth I foi proclamado rei.

Por mais que as diferenças sejam políticas e históricas, para quem está turistando pela cidade, a mais clara delas é o sotaque. O inglês lá falado me pareceu bem diferente dos demais que ouvi por aí. Outras diferenças estão justamente em alguns ícones locais que nos remetem imediatamente à Escócia: o kilt e a gaita de fole.

Já adianto: não espere ver ninguém andando de kilt pelas ruas – salvo militares em ocasiões especiais e artistas de rua como o da foto. Hoje, é algo para ocasiões especiais.

Kilt e gaita de fole, dois ícones escoceses.

O kilt data do século XVI, e originalmente era usado por guerreiros, e cada clã tinha seu próprio padrão de estampa. Dizem que a sua origem mais remota está nos celtas, pois já acharam indícios do uso desta vestimenta ao norte de Nuremberg de aproximadamente 2000 a.C..

Outro ícone local é a gaita de fole. Basicamente é um tubo melódico; um insuflador com uma válvula, ambos ligados a um reservatório de ar (chamado fole). Interessante que não há necessidade de pausas na melodia para o músico respirar. Embora a origem deste instrumento seja a região mediterrânea e talvez até os arredores do oriente médio, o fato é que ele se popularizou justamente nas Highlands da Escócia como um instrumento de música para ser tocado durante as batalhas.

Uma pequena curiosidade, a bandeira da Escócia é uma das mais emblemáticas e diferentes. O X branco na verdade é uma cruz, a cruz de St. Andrews, o patrono da nação. De acordo com a lenda, o apóstolo André pediu às autoridades romanas, que o tinham sentenciado à morte, para que não o crucificassem na mesma forma da cruz que Cristo, pelo que o x foi criado.

Bandeira da Escócia.

Além do Sean Connery (excuse me: Sir Sean Connery!), outro famoso escocês é o whisky (cujo significado em gaélico escocês significaria algo como água da vida). Para quem não sabe, o uísque é feito da destilagem do álcool oriundo de grãos variados e malte, e envelhecido em barris. O seu teor alcoólico varia entre 38 e 54% e cerca de 60% do sabor da bebida, está diretamente relacionado com o tipo de barril usado no seu envelhecimento.

Assim como o vinho em alguns países, o uísque é levado tão a sério que os escoceses dividiram o país em cinco regiões produtoras Lowlands; Highlands; Speyside; Islay e Islands. Outra curiosidade: notaram que utilizei a grafia whisky? Pois é, ela só pode ser usada por fabricantes escoceses? Os demais lugares têm que usar variações.

The Whisky Trail.
Alguns até tem preços ok, mas este de mais de 2 mil libras é mais que caríssimo!

Não sou entendido no assunto, mas aprendi que eles podem ser divididos em malte puro (pure malt) quando o malte provém de uma única destilação e; blended, onde existe uma mistura de destilações diversas, portanto costuma ser mais barato.

Para comprar a bebida, eis algumas sugestões: Whisky Shop; The Whisky Trail na Lawnmarket, parte da Royal Mile; e a Royal Mile Whiskies. E para aprender um pouco sobre a bebida, visite o The Scotch Whisky Experience.

Antes de falarmos das atrações de Edimburgo, gostaria de apresentar algumas dicas práticas para você programar a sua viagem para a Escócia.

Não existem voos diretos do Brasil para nenhuma cidade escocesa, então para chegar lá é preciso fazer uma escala em alguma cidade europeia. O aeroporto de Edimburgo é servido por voos de praticamente todas as empresas europeias. Sugiro uma busca nos excelentes Kayak e Skyscanner.

A British Airways é só uma das muitas empresas que operam a rota Londres-Edimburgo.

Quando ir? A Escócia, até mesmo por não ser um destino de turismo muito concorrido não tem tanto aquela questão de alta e baixa temporada. Ao menos não tão nítida ao ponto de impactar significativamente nos preços.

O único período é realmente mais concorrido é o mês de agosto quando acontece o Festival de Edimburgo com shows típicos e desfiles militares.

Assim a questão de quando ir fica por conta da sua disposição em passar frio. Digo isto porque o inverno lá é super rigoroso. Basta notar que a Escócia está numa ilha no Atlântico Norte, mais exposta ainda que a já fria Inglaterra.

O clima lá tende a ser frio – nunca ouvi ninguém dizer que pegou um bronzeado na Escócia! Atestando o que consta da tabela abaixo, nós fomos em pleno auge do verão europeu e a temperatura máxima que tivemos não passou de uns míseros 17ºC – fora a chuva! Então, se você não gosta de passar (muito) frio, fuja dos meses de novembro a março.

  Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Máx. 6°C 6°C 8°C 11°C 14°C 17°C 18°C 18°C 16°C 13°C 8°C 7°C
Mín. 0°C 0°C 1°C 3°C 6°C 8°C 10°C 10°C 8°C 6°C 2°C 1°C
Méd. 3°C 3°C 5°C 7°C 10°C 13°C 14°C 14°C 12°C 9°C 6°C 4°C
Chuva(mm) 56 43 51 41 51 51 56 66 66 66 64 58
Nem seguindo o ritual de tocar o dedão da estátua do filósofo nativo David Hume conseguimos ter sorte de um dia de Sol.

Outro bom motivo para evitar o inverno: o sol nasce às 8h30 e se põe por volta das 15h30 – ou seja, o seu dia é bem curto. Já no verão, amanhece por volta das 5h30 e anoitece após as 21h30.

Quanto tempo? Se você quiser conhecer apenas Edimburgo, 3 dias bem aproveitados bastam. Agora se você tiver mais tempo, aí sim compensa e muito aproveitar para não só conhecer Glasgow, mas também o interior do país que tem paisagens incríveis como por exemplo as Highlands – quem assistiu Highlander deve se lembrar do visual fantástico do lugar.

Brasileiros não precisam de visto de turismo para viajar para a Escócia.

A contratação de seguro viagem não é requisito de imigração, mas para evitar os altos custos de tratamento no exterior e viajar tranquilo, recomendo que você faça um. Confira aqui os benefícios da Real Seguro Viagem, parceira do blog, ou clique no banner ao lado.

O custo da viagem não é baixo não. A começar que a moeda corrente local é a libra esterlina, o que já é bem desfavorável no câmbio para o real. Some ainda que o custo de relativamente alto.

Edimburgo.

É muito fácil conseguir sacar libras diretamente da sua conta corrente nos vários ATMs espalhados pelas ruas. Adicionalmente, uma sugestão, até para os primeiros gastos é já levar algumas libras. Para tanto, sugiro a nossa parceira Cotação – vide banner ao lado.

A Escócia está num fuso horário de 4 horas mais cedo que Brasília.

As tomadas lá seguem o padrão inglês – sim, aquele trambolho de adaptador é essencial. A voltagem é 220volts.

Como ir da cidade para o aeroporto? O aerorporto de Edimburgo fica a apenas 12km da cidade, mas infelizmente não existem trens direto para a cidade, sobrando como opções táxi ou ônibus.

A forma mais econômica para tal deslocamento é utilizando os ônibus da Airlink 100. Eles partema cada 10/20 minutos, dependendo do horário / dia da semana, e a viagem demora uns 30 minutos. Os preços podem ser consultados aqui e os bilhetes podem ser comprados online ou no desk de informações do aeroporto, e ainda no próprio ônibus. Os pontos de parada são os seguintes: Airport Hotel; Maybury; Drum Brae; Edinburgh Zoo; Murrayfield; West Coates; Haymarket Station; West End, e Waverly.

A forma mais cômoda para ir do aeroporto para a cidade e vice-versa é o Airlink.

Já para ir de uma atração para a outra, especialmente aquelas localizadas mais no centro, recomendo caminhar, já que tudo fica muito próximo como dá para ver do mapa abaixo:

Onde ficar? Nós optamos pelo excelente Edinburgh City Hotel, cujo review vocês conferem aqui.

Optamos pelo Edinburgh City Hotel.

Para quem como eu adora um posto de informações turísticas, o Tourist Information Centre‎ fica na St Helier JE2 3.

Mas e ai? O que tem para fazer em Edimburgo?

Para quem gosta de história, Edinburgh em inglês (pronuncia-se algo como “Edinbrá”), é um prato cheio. A região central histórica mais parece ter saído de um conto de fadas ou de uma história de Harry Potter (na verdade como vocês verão abaixo foi o contrário!).

A primeira dica é a mais barata de todas (já que é gratuita): fazer o tour do SANDEMANs New Europe Tour que sai da frente do Starbucks Coffee na High Street às 11h00 e às 14h00. Se você não conhece a empresa, dê uma lida neste post.

Sandemans New Europe Tour: simplesmente fantástico!

O tour passa pelos principais pontos turísticos: Edinburgh Castle; St Giles’ Cathedral; The Royal Mile; Old & New Towns; Mercat Cross; Greyfriars Kirkyard (cemetery) and Greyfriars Bobby; Scott Monument; Princes Street Gardens; Grassmarket; Site of Witch Burnings; The original ‘Hogwarts’; William Wallace and the Stone of Destiny; National Museum; Covenanters’ Prison; Martyrs’ Memorial; The Mound; Tron Kirk; Burke and Hare, bodysnatchers; The real Dr Jekyll and Mr Hyde; The Scottish Enlightenment.

Recomendo muito para ter uma visão geral da cidade e aprender muito.

Eles também oferecem um Pub Craw no mesmo estilo daquele que fizemos em Dublin. Igualmente recomendável!

Visível a partir de praticamente qualquer ponto da cidade, dada a sua posição privilegiada, o Edinburgh Castle é a principal atração da cidade, recebendo aproximadamente um milhão de pessoas ao ano. Anualmente, em agosto, acontece na praça em frente ao Portão de Armas do castelo a Edinburgh Military Tatoo, uma parada militar famosa em todo o mundo.

Castelo de Edimburgo.

Curiosamente, o castelo está erguido sob um vulcão extinto, cuja última erupção imagina-se ter ocorrido há uns 340 milhões de anos. A colina formada tem 120 metros de altura, e as falésias de até 80m garantem uma boa proteção.

Apesar da estrutura atual ser do século XVI – salvo a Capela de Santa Margarida que data do século XII – , o local é ocupado desde o século IX, ou desde o final da Idade do Bronze, como sugerem algumas descobertas arqueológicas.

Uma das batalhas mais épicas que aqui aconteceram foi o Cerco Lang de 1573 que durou nada menos que dois anos e gerou graves danos ao castelo. Os rebeldes que tomaram o castelo chegaram até mesmo a bombardear a cidade de Edimburgo, usando os 40 canhões do castelo.

De lá de cima, a vista é fantástica.
Castelo de Edimburgo.

Por não ser nada confortável, a família Real preferia ficar no castelo Holyrood Abbey, no final da Royal Mile, e vinha para o Castelo apenas em situações de risco.

Lá dentro principais atrações são:

O Great Hall é uma sala construída em 1511 por James IV (que inclusive morreu aqui após uma batalha contra Henrique VIII da Inglaterra dois anos depois) e que servia para cerimônias oficiais. A sua configuração atual data de 1880, quando a Rainha Victoria mandou reformar o local.

The Great Hall.
The Laich Hall.

Talvez a atração mais interessante do castelo seja a visita às Jóias da Corroa (Honours of Scotland). Sim, estamos falando de parte (parte hein!) das joias da Rainha da Inglaterra – o restante está na Torre de Londres. Aqui estão expostas a coroa, a espada e o cetro que foram feitos entre os séculos XV e XVI. Segundo o site oficial, o cetro foi presente do Papa Alexandre VI ao Rei James IV (1494) e a espada do Papa Julio II em 1508. Já a coroa, data de 1540 e é feita de ouro escocês e tem incrustadas 94 pérolas, dez diamantes e 33 outras gemas preciosas e semipreciosas. O conjunto todo foi usado pela primeira vez em 1543 durante a coroação de Mary Queen of Scots, que chorou a cerimônia inteira – óbvio, ela tinha apenas 9 meses de idade. Fotos? Impossível.

Primeiro passa-se por uma exposição que conta a história da bretanha.
Uma pequena amostra das joias da Rainha. Créditos: Edinburgh Castle.

Situado onde originalmente onde eram dois armazéns para munições, o Museu da Guerra Nacional da Escócia traz a história militar escocesa ao longo dos últimos 400 anos. É impressionante ver a quantidade de guerras nas quais os escoceses participaram. E para dar uma maior dramaticidade eles colocam no museu vários itens da época e alguns bonecos vestidos com trajes da época em representações de combate. Confira ai:

Museu da Guerra Nacional da Escócia.
Eu hein!?!?
Armas da época lado a lado com uma maleta de equipamentos cirúrgicos. #Medo!!!
Mas tocante mesmo foi a seção de próteses.

Outro item fantástico ali exposto é a Pedra do Destino ou Stone of Destiny. Uma pedra que serve de assento aos monarcas do Reino Unido durante as coroações. Inicialmente ela era utilizada apenas para a coroação de monarcas escoceses, mas passou a ser utilizada pela Inglaterra em 1296 após ser levada por Edward I como espólio de guerra para Westminster. Curiosamente, a pedra foi roubada de Westminster por um grupo de 4 estudantes escoceses que pretendiam retorná-la para a sua terra natal, o que aconteceu apenas em 1996. Ela tem 66cm x 42cm x 27cm e uns 152kg. No caso de uma coroação, ela será levada imediatamente para Londres.

Stone of Destiny. Créditos Edinburgh Castle.

Capela de Santa Margarida. É a construção mais antiga do castelo (século XII). Dizem que Santa Margarida da Escócia orava aqui, mas pesquisas indicam que foi erguida no início do século XII pelo seu quarto filho, o qual se tornaria Rei David I (reinou de 1124 a1153). Sua arquitetura tem referências às primeiras capelas celtas. Com a reforma protestante, a capela passou a ser utilizada como paiol de pólvora, até que fizeram uma reforma em 1929 para readequá-la às celebrações religiosas.

Capela de Santa Margarida.

Mons Meg é um canhão de 1449 que era usado não só para defesa, mas também para saudações, tanto que em 1681 seu cano arrebentou durante uma celebração. Um outro canhão datado de 1861, o One O’Clock Gun é utilizado diariamente, salvo domingos, às 13h00, para dar um disparo.

Mons Meg.
E o One O’Clock Gun.

The Prisons of War é uma exibição que mostra como eram as prisões existentes no castelo. Durante a idade média, eram comuns as prisões por bruxaria; heresia; traições ou de piratas, bem como as execuções em praça pública por enforcamento, a decapitação ou queima. Torturas também eram comuns no local. Ali foram mantidos prisioneiros de guerras como Guerra dos Sete Anos (1756–1763), a Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775–1783) e as Guerras Napoleônicas (1803–1815).

O Scotish War Memorial é um memorial que lembra os escoceses mortos em guerras, especialmente nas duas Guerras Mundiais.

No topo do castelo vocês encontram a Crown Square (Praça da Coroa). Datada do século XV, é a cidadela. Os aposentos propriamente ditos estão na área denominada Palácio Real, que foi ocupada pelos últimos monarcas da Casa de Stuart. No piso térreo fica o Laich Hall e em cima das escadas encontra-se uma pequena sala, conhecida como Birth Chamber ou Mary Room (Sala de Maria), local onde Maria, Rainha dos Escoceses, deu à luz o futuro Rei Jaime VI em 1566. No primeiro andar do Palácio Real está a Sala da Coroa, onde ficam as joias.

Crown Square.
Crown Square.

O castelo conta até mesmo com um cemitério especial para os cães reais.

Cemitério para cães.

O castelo fica no final da Royal Mile, no topo da colina. O horário de funcionamento é no verão, diariamente das 9h30 às 18h00 e inverno das 9h30 às 17h00. Recomenda-se chegar cedo para evitar filas e multidões. O preço do ingresso é £ 16,50.

Saindo do castelo vocês encontram a rua mais charmosa da cidade, a The Royal Mile (High St.). Cheia de belíssimos edifícios históricos, bares e lojas, ela é veia principal do turismo em Edimburgo. A origem do nome é óbvia, ela tem exatamente 1 milha.

Só pelos prédios históricos e movimentação já vale a visita.

No final dela, perto do castelo, fica The Hub, uma igreja que foi transformada no local em que ocorre o Edinburgh International Festival. Sua torre gótica é a estrutura mais alta fora do castelo.

The Hube.

Ainda na Royal Mile tem o Mercat Cross, um monumento existente não só em Edimburgo, mas em algumas outras cidades europeias para marcar o local em que os comerciantes se reuniam para fechar negócios. Posteriormente, viraram pontos de encontro.

Mercat Cross.

Na Royal Mile está uma das igrejas mais importantes da cidade, a St Giles’ Cathedral (Catedral de Santo Egídio). Ela está situada em um local onde existiram, desde 900, outras igrejas, mas a estrutura atual é do século XVII. 

Originário da Grécia, Santo Egídio foi um santo católico eremita do século VI. Ele pregou na Escócia e na região de Provença na França. Hoje o local de sua sepultura é uma das paradas do Caminho de Santiago de Compostela.

Catedral de Santo Egídio.
No interior os vitrais são o destaque. Os mais belos que já vi!
O colorido das bandeiras.
No fundo, um belo órgão.

Está aberta de segunda à sexta das 9h00 às 17h00; sábados das 9h00 às 19h00; e domingo das 13h00 às 17h00. A entrada é gratuita, mas sugerem a doação de £3. Para fotos, deve-se comprar uma licença especial por £2,00.

Outra importante igreja na Royal Mile é a Tron Kirk.

Torre da Tron Kirk.

Um lugar super charmoso na Royal Mile é o James’s Court, um conjunto de casas que datam do século XVIII e foram residência de gente importante como David Hume.

James’s Court.

Mais que um museu que conta a história da Escócia, o Nacional Museum of Scotlandé um museu de história natural com assuntos bem variados, de carro de fórmula 1 a múmias egípcias. Curiosamente, um dos itens mais pitorescos é a Ovelha Doli – empalhada é claro. Fica na Chambers Street, funciona diariamente das 10h00 às 17h00 e tem entrada gratuita.

Quem curte arte deve fazer uma visita ao National Gallery que é o principal museu de arte do país e um dos mais conhecidos da Europa. Lá o foco é arte renascentista. Fotos são proibidas. Fica na Princess Street, abre diariamente das 10h00 às 17h00 e quintas até as 19h00, e a entrada é gratuita.

National Gallery.

Um lugar que infelizmente não tivemos tempo de visitar, mas que dizem ser bem bonito é a Carlton Hill, uma das duas colinas da cidade. Dali se tem belas vistas da cidade e no seu topo existe um inconfundível monumento de traços gregos, como uma acrópole incompleta – pretendia-se em 1816 construir uma réplica da Acrópole de Atenas como memorial em homenagem àqueles que morreram nas Guerras Napoleônicas.

Fica ali também um monumento em homenagem ao Lord Nelson, o qual tem um sistema de bola com movimentos sincronizados que servia para que os navios sincronizassem seus relógios – ele funciona em sincronismo com o One O’Clock Gun do Castelo.

Greyfriars Kirkyard (cemetery) Greyfriars Bobby. Você já imaginou um cemitério como atração turística? E para ficar ainda mais curioso, e se a principal atração ali fosse o túmulo de um cão? Como assim? Explico. Por volta de 1850, o policial John Gray tinha um cão da raça Skye Terrier, chamado Bobby. Em 1858, Gray morreu de tuberculose e foi enterrado neste cemitério. Segundo dizem, o pobre cão passou 14 anos ao lado do túmulo, até que morreu em 1872.

O cemitério.
E o túmulo do Bobby na porta.
Ali perto tem até uma estátua e um pub em homenagem ao cão.

Dizem que o cão estava prestes a ser sacrificado por falta de licença, mas o prefeito resolveu simplesmente registrar o cão em nome da Prefeitura para salvá-lo. Hoje, o cão está enterrado dentro dos portões da igreja, num pedaço de solo não consagrado, apenas 70m do seu dono.

Claro que o feito rendeu não só uma estátua ao fiel cão, mas também uma série de filmes, sendo o mais famoso Greyfriars Bobby: The True Story of a Dog (Meu Leal Companheiro), feito pela Disney em 1961.

Praticamente paralela à Royal Mile fica outra rua bem charmosa de Edimburgo, a Grassmarket. A rua tem uma praça com alguns prédios históricos, lojas, restaurantes e bares. Um dos melhores pubs é o The Last Drop. O nome do bar vem do fato de que na praça eram comuns julgamentos e execuções públicas, e os condenados como último desejo pediam uma cerveja. Não é causo não!!!

Grassmarket, no passado palco de execuções – há até um monumento às vítimas .
Hoje, prédios históricos e bons pubs como o The Last Drop.
Cheers!!!

Ali em 1724, uma mulher chamada Maggie Dickson “foi enforcada” sob a acusação de ter matado o seu proprio filho. Na verdade, ela teve uma criança prematura oriunda de um relacionamento com o filho do seu patrão. Infelizmente a criança não sobreviveu ao parto e faleceu de causas naturais. Maggie deixou o corpo da criança às margens do rio, mas acabou sendo descoberta e sentenciada à morte.

Após o seu enforcamento, ela foi colocada no caixão e transportada para uma outra cidade, para ser enterrada. No meio da caminho, o cocheiro parou a charrete porque ouviu batidas dentro do caixão. Era Maggie em carne e osso.

Voltando para Edimburgo, ela acabou sendo absolvida porque não poderia ser julgada duas vezes pelo mesmo fato, e porque se ela sobreviveu, era por conta da vontade de Deus. Que história hein!!!

Eu já disse que Edimburgo mais parece um cenário de Harry Potter. Ainda mais se for num dia nublado (ou seja, quase todos!!! Kkkkk). Na verdade, a arquitetura da cidade, especialmente alguns edifícios da Royal Mile, serviu sim de inspiração para J.K Rowling.

E uma atração especialíssima para os fãs do bruxinho é visitar o café Elephant House (21 George IV Bridge) onde J.K Rowling começou a escrever os livros da saga Harry Potter. Olhando pelas janelas do café até dá para entender de onde veio a inspiração.

Elephant House, Parada obrigatória para os fãs de Harry Potter.
Um chá para esquentar, mesmo no verão.
A comida é uma delícia!

Saindo um pouco da área mais histórica, um dos edifícios mais belos da cidade é o Parlamento. Quem quiser visitar, a entrada é gratuita e existem tours guiados.

Sobrando um tempo, sugiro um passeio pelas ruas Princes Street e Rose St. que são as melhores ruas de comércio da cidade. Na Princess além de várias lojas, tem o Royal Scottish Academy, um prédio datado de 1838 que no seu topo tem uma estátua da Rainha Victoria e leões simbolizando o Reino Unido. Só pela sua bela arquitetura neo-clássica já merece ser visitado.

Ainda na Princess St., o Princess Street Gardens, um belo parque com excelentes vistas do castelo. Não deixe de caminhar por ali! Ao lado fica a Waverley Station.

Castelo de Edimburgo visto do Princess Gardens.
Princess Gardens.
Tem até um relógio de flores.

Outro importante monumento na Princess St. (lado sul, altura da Jenners 1836-46) é o Scott Monument, com sua torre de 61m e 287 degraus até o topo. A construção data de 1832.

Scott Monument.

Até por conta do custo da libra eu não diria que a Escócia é um destino de compras. Mas como ninguém é de ferro e sempre existe uma ou outra boa oportunidade, vale citar aqui algumas recomendações. Para quem procura por souvenires, sugiro as lojas da Royal Mile, da Princes Street e da Rose Street que têm boas lojas.

Souvenires? Royal Mile.

Para quem quer lojas de departamentos, na Rose St. tem uma chamada Jenners e uma unidade da Marks and Spencers, além de um supermercado da rede Sainsbury. E na Princess, tem o Princess Mall. Para compras mais chiques, tem o Multrees Walk, um shopping a céu aberto entre a St Andrews Square e o St James Shopping Centre.

Princess Mall.
Jenners.

Assim como outros países europeus, a Escócia tem um regime de reembolso do imposto sobre alguns produtos. As regras são as mesmas usadas em todo o Reino Unido: gastar no mínimo £30 em produtos (comida e bebida estão fora) em qualquer loja para obter a restituição. Segundo o site oficial de turismo, “Many shops (especially those frequented by tourists) are part of the Tax-Free scheme and shoppers are advised to keep their receipts and fill out a claim form to have the 17.5% VAT refunded.

Não tenho dúvidas que a esticada até Edimburgo valeu cada centavo, mas a beleza da cidade deixou um gostinho de quero mais da Escócia.

E vocês já foram para Edimburgo? Compartilhem as suas experiências com os demais leitores na caixa de diálogos.

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2 comentários

Natalie 22 de agosto de 2016 at 12:39

Oi, Diogo. Tudo bem? 🙂

Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

Até mais,
Bóia – Natalie

Responda
Diogo Ávila 22 de agosto de 2016 at 20:20

Oba!!! Sempre legal.

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