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Emirados Árabes: Desert Safari, uma experiência única

Desert Safari, um passeio imperdível nos Emirados Árabes.

Depois das emoções do Ferrari World, Abu Dhabi ainda nos reservava outra surpresa: o Desert Safari.

Para quem não conhece este passeio, o Desert Safari é uma das atrações mais tradicionais tanto de Abu Dhabi quando de Dubai, já que ele é realizado justamente no deserto que cerca as cidades.

Quando fomos para Dubai pela primeira vez, não tivemos tempo de fazer o Desert Safari pois a agenda já estava lotada com as incríveis atrações da cidade. Agora, em Abu Dhabi, não poderíamos perder mais uma vez a oportunidade de fazer este passeio incrível.

Existem vários operadores locais, mas optamos pela Emirates Tours & Safari, empresa da qual já tínhamos excelentes recomendações. No site da empresa você encontra uma série de opções de passeios e inclusive outros tipos de desert safari.

Fiz todo o processo de compra do passeio diretamente pelo site da empresa, super fácil. Minutos depois já estava com o e-mail de confirmação na minha caixa.

A sensação de isolamento é incrível.
Para todos os lados, só dunas.

Optamos pelo half day safari e no horário marcado (16h30) eles nos pegaram no hotel em que estávamos.

Ao entrar no carro, um SUV da Toyota, sentei na frente e a primeira coisa que chamou muito a atenção foi o fato de que internamente havia uma gaiola de proteção. Para quem não conhece, carros de competição têm internamente uma estrutura de aço tubular para reforçar a estrutura do veículo e consequentemente proteger os ocupantes no caso de capotamento. Não sabia se ficava mais tranquilo ou preocupado.

Por nós, tudo ok. Mas estávamos com uma criança de 2 anos ali atrás.

Recomendo para crianças de todas as idades.

Antes de irmos, pesquisei bastante a questão de bebês ou crianças pequenas nestes passeios e vi muitos relatos de que as empresas mais conceituadas como a Emirates Tours & Safari respeitam as “limitações” de alguns participantes.

Na hora, o nosso guia-piloto, deu instruções expressas e detalhadas de como a Sra. Cumbicona deveria segurar o Cumbiquinho e principalmente qual assento ela poderia ocupar. E a todo momento ele perguntava se estava tudo bem, se estava rápido demais, chacoalhando demais e etc.

Se ele pegou leve? Sinceramente não sei – vejam o vídeo abaixo. Talvez alguém que tenha feito o passeio só com adultos no carro possa dizer.

O que posso afirmar é que não tivemos problema algum e que nos divertimos muito com os saltos, deslizadas e outras estripulias que o nosso guia-piloto fez nas dunas.

No nosso carro, éramos nos três e mais quatro estrangeiros. O guia-piloto (porque ali não basta ser motorista!), era muito simpático e experiente. Só depois de uma dúzia de loucuras é que nos contou que era instrutor.

Todos os passageiros a bordo, o carro sai rumo ao deserto pela estrada que corta os Emirados Árabes. À certa altura paramos em um posto de gasolina para que todos possam ir ao toalete, já que dali até o acampamento não existem outras paradas.

O nosso guia-piloto abastece o veículo e esvazia um pouco os pneus. É a senha de que estamos perto do deserto. Na areia fofa, se você não esvaziar os pneus um pouco, irá atolar facilmente.

Os veículos são super confortáveis.
Zigue-zaguando pelas dunas.
Desert Safari.

Dali, off-road total e o passeio começa a tomar mais emoção. Seguindo mais atrás de um comboio com outros veículos de tour, o guia-piloto começa a mostrar sua habilidade no sobe e desce interminável das dunas. Ora pulando-as, ora simplesmente escorregando de frente e de lado pelas dunas (ai deu medo!). 

À certa altura notamos que o comboio de veículos literalmente parou para que os turistas pudessem ver as manobras do nosso guia-piloto. Foi aí que ele contou que era o instrutor.

Chamou muito a nossa atenção que ninguém usa GPS para chegar nos pontos de parada ou até mesmo no acampamento. Claro que em caso de emergência eles têm no mínimo o GPS do celular, mas ali na hora, nada.

Perguntei ao nosso guia-piloto, que muito bem-humorado simplesmente disse que sabe o caminho.

A nossa primeira parada de fato, para descermos dos carros, foi em um lugar cheio de camelos.

Este até posou para foto!
Disseram que o filhote tinha nascido dias antes.

Ver estes animais tão diferentes ali no ambiente deles foi algo muito bacana. Dá para chegar pertinho. Só tome cuidado para não exagerar e levar uma mordida.

Mais alguns minutos e paramos para ver o pôr do Sol. Fantástico!

O carro para no topo de uma duna bem alta e todos ficam ali apreciando os arredores enquanto o Sol vai se pondo atrás das dunas. Só isso já vale o passeio.

E lá se vai o sol escaldante dos emirados.

A primeira coisa que chama a atenção é o fato de você estar no meio do nada. Dá um certo e gostoso arrepio. Se te jogarem ali você nem sabe para que lado tentar caminhar.

Mais um pouco de sobe e desce de dunas e chegamos ao acampamento montado no meio do deserto.

O acampamento beduíno.

No acampamento uma série de tendas, um grande palco no meio e mesas ao redor onde todos sentam em tapetes, como manda a tradição.

Nas tendas, eles oferecem trajes típicos, narguilé e uma moça faz belíssimas tatuagens de rena, que dizem ter uma função tanto decorativa quanto de proteção religiosa.

Tatuagem de rena (durou um bom tempo).
Quadriciclos para alugar.

Enquanto a Sra. Cumbicona fazia sua tatuagem, escolhi fazer o sandboard achando que seria fácil. Hahaha! Ledo engano. O primeiro desafio é subir a duna a pé. Um caos. Alta e super íngreme, os pés atolam fundo na areia a cada passo.

Subir a duna não é nada fácil.

Lá em cima, a vista já compensa o esforço.

Subo na prancha achando que será moleza. #SQN. Mal consigo pegar velocidade e já tomo um capote. Nada de mais, mas mais uma vez ficou claro que prancha não é a minha praia, ou melhor, duna.

Melhor tentar algo mais tranquilo. Corremos para andar de camelo. O passeio é bem curto, mas dá para brincar e tirar fotos. Muito legal!

Literalmente camelando.

Além disso ainda havia a opção de alugar (com custo à parte) quadriciclos para um breve passeio nos arredores.

Depois de nos divertimos pelas dunas ao redor do acampamento, é hora de desfrutar do jantar beduíno também incluso no preço do passeio. Muito bem servido e gostoso, não espere nada de exótico. Comida tão boa como em um bom restaurante árabe em uma cidade brasileira. Adorei!

Pão típico, homus, salada, frango e cafta.

Bebidas? Só não alcoólicas, o que nem foi problema.

Findo o jantar é hora de assistir ao show de dança do ventre. Já havíamos visto uma apresentação do tipo em uma casa de chá aqui em Sampa, mas ali no deserto, num clima tão especial, não dá nem para comparar.

No final a dançarina chama os turistas para dançarem com ela depois de “aprenderem” alguns movimentos. Esta é aquela hora em que você rola de rir, afinal não é você que está ali no palco. Kkkkk.

Apresentação de dança do ventre.
Colocando os gringos para dançar.

Uma recomendação importante é, por mais que você esteja com calor durante o dia, para o fim de tarde e começo de noite no deserto, tenha um casaco. Ele será muito útil!

Já quase terminando o passeio, antes de nos despedirmos do acampamento no deserto, a organização pediu para que todos nos sentássemos ao redor do palco. Foi quando eles disseram que as luzes seriam apagadas para que pudéssemos apreciar o céu do deserto.

Quando olhei para aquele céu tive a certeza que o passeio valeu cada centavo. Naquele breu completo tudo o que se via era a lua (pena que não era cheia!) e uma quantidade absurda de estrelas brilhando um azul incrível.

Pena que não tinha a menor condição de tirar uma foto descente capaz de retratar a beleza diante dos olhos.

Fica a dica: se puder, prefira um dia de tempo claro.

No deserto dos Emirados Árabes.

Findo o passeio era hora de embarcarmos, todos exaustos, rumo ao nosso hotel onde chegamos por volta das 21h30.

Nós simplesmente adoramos o passeio, e por mais que vai do gosto de cada um, penso que ir para os Emirados Árabes e não fazer este passeio é um pecado.

Com este post, nos despedimos dos Emirados Árabes, mas não por muito tempo, pois uma nova viagem para a Ásia (e com parada lá mais uma vez) já está no horizonte.

* O Cumbicão testou os serviços mediante uma parceria estabelecida com o operador local para coletar material para este post. Todas as opiniões e relatos aqui descritos refletem fielmente a experiência, atendendo à política do blog.

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1 comentário

Rogéria 29 de abril de 2017 at 15:19

Adorei o post!
Estou programando minha viagem para Dubai e sempre leio o que vc posta! Ótima dica!
Abraço

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