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Fiordes Noruegueses, como conhecer em uma curta viagem

Já pensou perder isso???

Depois das dicas gerais sobre a Noruega e Oslo, é a vez de conversarmos sobre os chamados Fiordes Noruegueses. Mas antes disso deixou um alerta: não façam o que eu fiz; mas se fizerem, façam o que eu fiz. Não estou brincando com as palavras nem tampouco maluco. Explico.

A maioria das pessoas quando viaja procura conhecer aquilo que o país  tem de típico, seja sob o ponto de vista cultural, seja em termos de paisagem. E perder a oportunidade de ver algo assim estando tão perto é um verdadeiro pecado. Pecado este que por pouco eu não cometi na nossa viagem para a Noruega ao quase que deixei de lado os Fiordes Noruegueses. Neste post, vou mostrar para vocês como ver, ainda que em uma rápida viagem, esta maravilha da natureza.

Na verdade eu quase perdi a chance de ver de perto os Fiordes Noruegueses por um erro de planejamento meu. Sabe aquele “casa de ferreiro, espeto de pau”?

Quando marquei as passagens para a Noruega, tinha apenas 3 dias inteiros livres (pouco, eu sei) e por conta disso não havia a possibilidade de estender alguns dias para dormir ao menos uma ou duas noites na região dos Fiordes, na costa oeste do país. Especialmente em Bergen, o principal destino da região situado quase que 450km de Oslo.

Era esta a Noruega que eu queria. Coisa de “folhinha de calendário”.
Olha o charme das casinhas.

Para piorar ainda mais a situação, a geografia montanhosa e recortada do país faz com que qualquer deslocamento seja bastante complicado e tome muito tempo.

Por isso, foquei a viagem na capital Oslo, que embora seja uma bela cidade, não satisfez por completo as minhas expectativas de viagem. Faltava algo. Algo que fosse capaz de sintetizar a ideia que tinha em mente da Noruega. E esta era aquela paisagem de “folhinha de calendário” com os benditos fiordes.

Caso perdido então? Nunca! Vasculhando pela internet encontrei um passeio chamado Norway in a nutshell® que prometia uma viagem de um dia, o tal bate-e-volta ou day-trip, para os Fiordes. A empresa oferece diversas opções de passeios com diferentes itinerários.

O passeio partiu às 6h30 da manhã da Estação Central de Oslo. Cedo? Sim, mas era essencial fazer o dia render partindo logo cedo para percorrer o longo trajeto até os fiordes.

Fizemos um trecho de ônibus, mas como vocês podem ver a paisagem ainda é incrível.
O passeio parte da estação Central de Oslo.

Partindo de Oslo, passamos por Myrdal; Flåm (pela The Flam Railway); Gudvangen; Voss; e finalmente a Estação Central de Oslo para onde retornamos por volta das 22h00 – lembrando que no verão escurece muito tarde lá. No mapa fica mais entender:

A nossa expectativa era de que o trajeto inteiro fosse feito de trem, tanto que ficamos aguardando junto com o restante do grupo em uma das plataformas de embarque. Porém por questões de obras na via, o trecho de Oslo à Myrdal fizemos em um ônibus leito. Na prática, este pequeno imprevisto não atrapalhou em nada o passeio, nem mesmo o itinerário, mas certamente a viagem de trem teria sido mais charmosa.

O passeio mesmo em termos de belas paisagens começa a partir de Myrdal, onde pegamos o trem (para você será um segundo trem). Ali começa a Flåm Railway ou Flåmsbana que com seus 20km recheados de paisagens lindíssimas leva até Flåm.

Vagão da Flamsbana.
Já a partir de Myrdal, mesmo no verão, muita neve.
É, o verão norueguês não é nada fácil.
As paisagens são incríveis.

Inaugurada em 1940, a linha tem ao todo 20 túneis, sendo que 18 deles foram cavados na mão (!!!) já que não dava para levar máquinas para lá.

No caminho da Flåm Railway, o trem para por alguns instantes para que os passageiros desembarquem para brevemente apreciarem a cachoeira mais visitada da Noruega, a Kjosfossen.

Kjosfossen.
A cantora.
É água que não acaba mais.

Olhando assim, ela nem chega a ter uma queda de água se você considerar o ponto de vista da plataforma, mas considere que você está no topo da montanha – a cachoeira tem uma queda total de 93m. O enorme volume faz com que ela tenha um som que se assemelha à um trovão. Você fica tão perto dela que até respinga água.

Em alguns horários específicos uma moça aparece em um vestido longo cantando uma música. Uma performance para lá de inusitada pelo local.

O passeio pelos fiordes propriamente dito começa em Flåm, um vilarejo bem charmoso no final da Flam Railway e que pela sua posição é o lugar mais próximo de Oslo para conhecer-se os fiordes. Tanto que recebe uma média de 450 mil visitantes ao ano, um feito para uma  cidade bastante pequena, já que apenas 400 pessoas moram ali.

Flam é o ponto de embarque dos cruzeiros, uns mais simples, e outros realmente enormes.
Existem também outros vilarejos realmente minúsculos.

Mas o que são fiordes mesmo? Basicamente é uma grande área que em tese deveria ser um vale entre altas montanhas, mas que por um tipo de acidente geológico bem específico, acabou ficando em uma área abaixo do nível do mar, sendo então alagada por este, criando um visual único.

Salvo engano este tipo de formação existe apenas (ao menos nesta magnitude), em dois lugares, na Noruega e na Nova Zelândia.

Vai por mim, vá para o deck externo e curta a paisagem.
Pena que o clima no dia não estava aquelas coisas, mas mesmo assim o lugar é lindo.
Fiordes noruegueses.
E assim como os do Sul da Nova Zelândia, há uma cachoeira atrás da outra.
Algumas com um grande volume de água.

O passeio é feito em um ferry-boat bastante confortável, com lanchonete e muitos lugares para sentar na área interna – se bem que com uma paisagem destas lá fora a última coisa que você vai querer é ficar lá dentro.

O cruzeiro dura pouco mais se 1 hora e te leva à Gudvangen, um vilarejo menor ainda, com apenas 120 habitantes. E de lá você segue o tour até Voss, uma cidade já um pouco maior com 14 mil habitantes que pela variedade de esportes radicais e de aventura  é meio que a Queenstown da Noruega.

A empresa oferece tanto a opção de você fazer este tour em um único dia como também dividir o trajeto em mais de um dia, para que você possa parar em algum lugar que gostar mais. Claro que neste caso você precisa informar a empresa de que pretende pernoitar em um destes pontos. Se fizesse esta viagem hoje, certamente teria sido esta a minha opção.

Retornamos para Oslo no começo da noite, cientes que tivemos apenas um aperitivo do que são os Fiordes Noruegueses, mas certamente com um peso muito menor do que teríamos se tivéssemos deixado de conhece-los ainda que brevemente.

Nossas companheiras de cruzeiro.

O passeio custa NOK 1.440, o que dá uns R$ 560. Não é barato, mas vale a pena.

Sim foi breve e conhecemos apenas uma pequena parte desta maravilha da natureza. Mas concordam que é melhor do que nada?

E você, já fez um bate-e-volta para lá? Ou teve a oportunidade de dormir na região?

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2 comentários

Natalie 4 de dezembro de 2017 at 11:09

Oi, Diogo. Tudo bem? 🙂

Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

Até mais,
Bóia – Natalie

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Diogo Ávila 4 de dezembro de 2017 at 19:06

Obrigado Natalie.
Sempre uma honra.

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