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Curaçao: Mais que uma ilha paradisíaca no Caribe

Praias incríveis
E uma capital super charmosa resumem bem Curaçao.

Que tal um destino de viagem que consegue aliar praias paradisíacas de mar azul turquesa e areia branca com uma rica e charmosa influência européia? Assim é Curaçao!

Juntamente com Aruba e Bonaire, Curaçao forma aquilo que se costumava chamar de Antilhas Holandesas, um conjunto de ilhas na porção sul do Caribe, um pouco acima da Venezuela.

Situada a uma distância relativamente curta do Brasil, se comparado a outros destinos de viagem; clima favorável o ano todo; uma infraestrutura fantástica; e é claro, praias incríveis, Curaçao é um dos destinos do Caribe mais visitados por brasileiros.

O grande trunfo de Curaçao é justamente não se resumir a um simples destino de praia. O charme da capital Willemstad e o fato da ilha ter uma vida própria fazem da viagem uma experiência diferenciada se comparado a outros destinos no Caribe.

Embora não conheça todas as ilhas do Caribe, sempre que visito uma ilha na região, fico com a impressão de que literalmente tudo gira em torno do turismo. Não que isso seja ruim não. Mas existem alguns “poréns”.

Não raras vezes elas carecem de autenticidade justamente porque ao viver exclusivamente do turismo, buscam agradar a maioria (em geral o público norte-americanos) e acabam ficando todas iguais. E mais, fora do movimento dos navios de cruzeiro, a ilha fica deserta. Tive esta impressão em Bahamas e Cozumel.

Willemstad, capital de Curaçao.

Curaçao não me pareceu ser assim. A ilha é bastante movimentada e embora o turismo seja sim uma importante fonte de renda e você veja muitos turistas por lá, não se tem a impressão de ser um lugar com os “poréns” acima citados.

Como Curaçao mantém muito da influência cultural e arquitetônica da época em que esteve sob o domínio holandês; e tem uma economia própria não tão dependente do turismo, a ilha tem um charme e principalmente uma vida própria.

Inicialmente habitada por nativos que migraram da América do Sul, os arawak, os primeiros europeus a descobrir as ilhas foram os espanhóis em 1499. Mas em 1634, com a independência da Holanda face à Espanha, mais e mais colonos holandeses passaram a ocupar a ilha.

Inclusive a capital Willemstad foi fundada pela empresa holandesa das Índias Ocidentais, estabelecendo ali um entreposto comercial e principalmente de tráfico de escravos para outras colônias da região ou da América do Norte.

Ali também se estabeleceram alguns judeus sefarditas com antepassados da Península Ibérica.

Sinagoga em Willemstad é apenas uma das marcas da colônia judaica.

Uma curiosidade sobre o nome Curaçao. Na época das grandes navegações os marinheiros sofriam de uma doença chamada escorbuto, que decorre da falta de vitamina C no organismo e levava muitos deles à morte. Reza a lenda que alguns exploradores portugueses, sem condições de seguir viagem, foram deixados na ilha para, quem sabe, se recuperarem. Acontece que ao consumir produtos ricos em vitamina C na ilha, sem saber eles acabaram se recuperando e deram a ela o nome Ilha da Curação. Verdade ou não, a história é pelo menos simpática.

E sim, o licor é feito desta frutinha.

Mesmo sem ter reservas de ouro como outras colônias européias, Curaçao conseguiu mostrar-se ao longo da história como um local promissor. Em que pese o fato de que parte desta riqueza adveio do comércio de escravos, outras atividades (lícitas) fomentaram a economia local no período, como por exemplo a lucrativa mineração de sal.

Politicamente falando hoje Curaçao é um país independente e com um governo próprio. Digo isso porque até alguns anos atrás, mais precisamente 2010, Curaçao fazia parte das chamadas Antilhas Holandesas, sendo considerado até tal data e formalmente um território holandês. Hoje, há um governo totalmente independente que adota o regime parlamentarista. A influência atual da Holanda restringe-se à responsabilidade pela defesa e política externa.

Atualmente, Curaçao é um país independente.

Além da ilha de Curaçao, o país tem também o domínio de uma ilha desabitada chamada de Klein Curaçao. 

Curaçao tem oficialmente três idiomas: inglês, holandês e papiamento. Papiamento? Que idioma é esse? Olha a primeira vez em que ouvi isso foi na Holanda, talvez algum imigrante justamente vindo das Antilhas Holandesas. Em um primeiro momento você tem certeza que as pessoas estão falando o bom e velho português (de uma forma engreçada é verdade!), mas prestando um pouco mais de atenção irá notar que existem algumas diferenças, especialmente no que se refere à concordância ou conjugação de verbos – e uma ou outra palavra que é diferente mesmo.

Papiamento Português
Bonbini Bem-vindo
Bon dia Bom dia
Bon tardi Boa tarde
Bon nochi Boa noite
Pasa bon dia! Tenha um bom dia!
Por fabor Por favor
Ami Eu
Abo Tu
Uma mistura de idiomas nas placas.

Segundo um censo local, o papiamento é falado por aproximadamente 81% da população, e portanto a mais falada na ilha.

Então dá para se virar usando um “papiaguês” (paiamento com português)? Sei não, melhor ir de inglês ou até mesmo espanhol que é falado por muitas pessoas na ilha. De qualquer forma, neste ponto é um destino super fácil porque a boa vontade da população local e o fato de estarem muito acostumados com turistas ajuda muito.

Com uma população de 173.400 habitantes, a maioria dos curaçauenses (sim, este é o gentílico) segue o catolicismo (uns 70%) e o resgante divide-se em outras vertentes do cristianismo – há também uma expressiva comunidade judaica como já dito. 

Aliás aqui uma observação. Pensa em um povo gente boa. Das experiências que tivemos na ilha só topamos com pessoas super simpáticas. Ficamos com a impressão que os curaçauenses sabem como viver a vida e acolher os turistas muito bem. Nota 10!

Regi, um dos muitos curaçauenses gente boa que topamos pelo caminho.

Mesmo sendo uma ilha, e portanto com recursos mais escassos, Curaçao oferece uma qualidade de vida considerável aos seus habitantes. Prova isto está no índice IDH 0,811 que pode ser considerado alto (em 2015 era o 73º país no ranking) e da renda per capita pouco acima de US$ 36.000.

Com tantas belezas naturais, a economia local apoia-se sim, mas não exclusivamente no turismo. Outras atividades como comércio internacional, serviços financeiros e indústria petrolífera exercem papel importante na economia local. Talvez isto explique o fato de que a ilha, diferentemente de outros destinos no Caribe, tem vida própria e não seja apenas um destino de férias.

Curaçao recebe uma boa quantidade de cruzeiros, mas não tem aquela cara de ilha que vive só disso.

Para ajuda-los a programar a sua viagem para a Curaçao, vamos às questões práticas.

Quando ir? Questão do milhão em outros destinos, esta é uma pergunta muito fácil de ser respondida quando se fala de Curaçao e o motivo é muito simples: a ilha está fora da rota dos furacões, então tudo aquilo que você lê a respeito de não viajar para o Caribe nos meses de agosto a outubro não se aplica neste caso.

O céu azul sem nuvens quase que se confunde com o azul turquesa do mar.

Outro fator que ajuda muito é o clima da ilha. As temperaturas são quentes praticamente o ano todo, e o melhor: chove bem menos que nas demais ilhas do Caribe. Há uma tendência ao clima seco de janeiro a setembro, e uma maior concentração das chuvas entre outubro e dezembro. Fomos em janeiro e não tivemos sequer um dia de chuva! Por mais que possa chover um dia ou outro durante a sua viagem, normalmente, os dias são quentes e ensolarados a maior parte do ano:

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Max. (°C) 29 30 30 31 31 32 32 32 32 32 31 30
Min. (°C) 24 24 25 26 26 26 26 26 26 26 26 25
mm 70 30 10 20 20 20 20 30 50 100 110 90
Dia/  chuva 13 8 5 4 4 6 8 5 5 9 13 12

Quanto tempo? Aqui como sempre depende muito do seu interesse e ritmo de viagem. Se você precisa ficar lagarteando um dia inteiro em todas as praias, uma semana não basta. Eu particularmente considero que 4 ou 5 dias na ilha são suficientes. Você pode separar 1 dia para a capital Willemstad e os demais em um delicioso tour pelas praias, por exemplo. Menos que isso, acho complicado, mas vai de cada um.

Considere também que Curaçao combina muito bem com Aruba, a ilha vizinha – e talvez até com Bonaire, esta porém mais para quem mergulha porque dizem que as praias não são tão belas.

Mergulhar é uma das atividades mais legais da ilha. Em um outro post conto como foi o  mergulho com a Gobi Divers.

Só não caia no erro de achar que Aruba e Curação são iguais e descarte uma delas. Elas são absolutamente distintas, mas se completam super bem em uma viagem. Sem querer adiantar um destino do qual falarei em outra série de posts, eu diria que Aruba que é mais americanizada com redes de resorts internacionais e restaurantes mundialmente conhecidos, praias mais longas; já Curaçao tem praias menores, uma quantidade menor de resorts, e uma capital que, na minha opinião esbanja charme. Vai por mim: visite ambas as ilhas!!!

Quer mais um motivo para conhecer ambas? Os voos entre elas são curtos e baratos.

Minha sugestão para um itinerário completo? Separe uns 10 dias para em uma viagem conhecer as duas ilhas.

Onde ficar? Como já dito, em Curaçao quase não existem resorts, pelo menos aqueles típicos à beira mar, e são poucas as redes mundiais de hotéis com unidades na ilha. Da primeira vez em que foi para lá (em 2007) fiquei em um Hilton que ficava o suficientemente longe de Willemstad para aproveitar as praias, mas não muito ao ponto de ser ruim ir para até lá.

Como em Curaçao você irá precisar de um carro alugado para conhecer as praias (o que não é necessariamente o caso em Aruba), e a ilha é pequena, esta preocupação é um pouco menor. Claro que se você faz questão de um hotel pé na areia, a conversa é outra – porém já aviso que neste caso as opções serão mais restritas.

Inicialmente havia cogitado ficar na região de Piscadera, a mesma onde me hospedei em 2007. Mas desta desta vez optei por um bairro tranquilo em Willemstad, onde encontrei o bom e barato Curaçao Suites Hotel. Aqui o review desta estadia.

Curaçao Suites Hotel.

Brasileiros não precisam de visto de turismo para visitar Curaçao. Basta ter passaporte válido por no mínimo o período necessário ao regresso. Ou seja, pelas regras atuais (confira sempre atualizações no site acima), não se exige nem sequer uma validade mínima de 3 ou 6 meses como em outros destinos. O período máximo de estadia é de 90 dias.

No máximo exige-se a apresentação da passagem de volta, prova de meios de subsistência durante a viagem, e comprovante de hospedagem.

Até pouco tempo atrás, Curaçao não exigia vacinação contra a febre amarela, portanto se você ver alguma informação no sentido de dispensar a vacina e o respectivo certificado internacional de vacinação, é informação desatualizada. Desde março de 2018, dado o alto risco desta doença em todo o território brasileiro, as autoridades passaram a exigir que você esteja imunizado antes de viajar. 

Mais uma vez, recomendo que você tenha sim a vacina em dia e o certificado idem.

Para fins de imigração, não se exige a prova de contratação de seguro viagem, mas como o custo de qualquer tratamento no exterior pode custar mais que a própria viagem em si e viajar tranquilo não tem preço, recomendo e muito a contratação de um seguro viagem. Confira aqui os benefícios da Real Seguro Viagem, parceira do blog, ou clique no banner ao lado.

Algora algo muito legal que nunca tinha visto em nenhum outro destino no mundo: sabe aquele formulário que você preenche a bordo do avião e entrega na imigração? Então, Curaçao resolveu usar da tecnologia e permitir que você preencha um formulário digital ainda em casa, dispensando aquele
formulário tão chato. Acesse este link e preenche o seu cartão ED on-line. Ao final é só clicar em salvar e pronto – recomendo ter uma cópia impressa só por precaução.

O formulário de imigração você preenche ainda em casa se quiser.

Curaçao não tem consulado brasileiro. Há na internet informações de que haveria uma espécie de
consulado honorário, mas não consegui ter certeza se ele ainda está em funcionamento ou não.

Agrada muito o fato de que chegar lá não é nada difícil. Mesmo sem ter voos diretos (antigamente salvo engano a Gol tinha um voo para a vizinha Aruba), a viagem até lá dura umas 8 horas se você usar a seguinte rota: São Paulo – Bogotá – Curaçao (6 horas até Bogotá e mais 2 horas de lá até Curaçao).

A nossa escolha foi voar pela Avianca.

Além da Avianca, sobre a qual em breve posto um review completo, você pode também utilizar a COPA Airlines que voa via Panamá; ou qualquer companhia que voe para Miami, como a American Airlines ou LATAM. Na época da nossa viagem, o melhor custo e benefício (já que o tempo de viagem também era menor), foi pela Avianca; mas não deixe de pesquisar todas as opções, principalmente no Google Flights.

Quem começa a viagem por Aruba, muito provavelmente voa para Curaçao com uma das empresas regionais que operam a rota. Nós utilizamos a Insel Air, sobre a qual também postarei um review em breve. Todo caso, já adianto que trata-se de um voo super curto: 35 minutos e com uma grande frequência.

Entre Curaçao e Aruba, a Insel faz voos super curtos.

Na minha primeira viagem chegamos e partimos a partir de Aruba, ou seja, fizemos dois voos entre Aruba e Curaçao. Desta vez, para otimizar os deslocamentos, chegamos por Curaçao e voltamos por Aruba, sempre com escala em Bogotá pela Avianca. Talvez o bilhete aéreo tenha ficado um pouco mais caro por utilizarmos um caminho ligeiramente diferente, mas em termos de tempo de deslocamento valeu muito a pena.

Seja qual for o seu caminho para chegar em Curaçao, a sua porta de entrada deverá ser o Aeroporto Internacional Hato, situado no lado oposto da capital Willemstad e com conexões para vários destinos das Américas do Sul e do Norte, além da Europa. O aeroporto é bem pequeno e a infraestrutura é bem básica, algumas poucas lojas e restaurantes (aliás na parte interna tem menos opções para comer do que na externa).

O aeroporto é pequeno, mas muito bom para a quantidade de voos que recebe.

A ilha de Curaçao não é grande, mede aproximadamente 61km de comprimento por uns 13km em sua porção mais larga. Não é muito não, mas para locomover-se por Curaçao sugiro que você alugue um carro. O aluguel em si tem um custo competitivo e a gasolina é bem mais barata que a nossa, algo em torno de R$ 2,73/Litro, e as opções de transporte público são bem escassas.

Alugar um carro lá é bastante tranquilo. A nossa CNH é aceita sem problemas por lá (se você tiver uma PID – Permissão Internacional para Dirigir, pode levar, mas não é necessário). Fique atento que nas estradas a velocidade máxima é de 80km/h.

Nosso “carrão” alugado na Sixt – gostei bastante.

Dirigir pela ilha é super fácil. Qualquer um que dirija pelas movimentadas cidades brasileiras irá estranhar o trânsito sossegado de Curaçao. Recomendo que você traga o seu próprio GPS para não ter que alugar este item que é essencial para você localizar as praias que nem sempre são tão bem indicadas. Nós sempre usamos o MAPS ME instalado no celular e com os mapas pré-carregados, já que assim não precisamos de um chip de celular local porque ele funciona completamente independentemente da rede de telefonia e/ou wi-fi. 

Algumas estradas são lindas.

Recomendo que você mantenha sempre o carro com o tanque cheio porque a quantidade de postos pela ilha não é lá muito grande não.

Por ser um destino de praia, onde você tende a ir de uma praia para a outra, não acho que táxi seja uma boa opção, muito pelo contrário. O custo dos táxis é tabelado. Uma corrida da região de Piscadera, onde fica por exemplo o Hilton até o centro não sai por menos que US$24. Já do aeroporto até Otrobanda e Punda, dois bairros de Willemstad, espere pagar uns US$ 28/30, respectivamente. Não compensa.

Se você está como nós viajando com crianças, Curaçao é um excelente destino de férias. Nos supermercados locais você encontra tudo o que precisa; o povo é super atencioso com os pequenos viajantes; e para completar as praias são bem tranquilas – poucas têm ondas – então dá para deixar eles brincando tranquilamente. Recomendo!

Destino perfeito para quem viaja com crianças.
Mas igualmente perfeito para casais.

Sem registros relevantes de violência urbana, fora da rota de furacões e outros problemas que afetam os turistas, Curaçao pode ser considerado um destino de viagem bastante seguro. Claro que não é bom dar mole, e siga as instruções básicas como não deixar objetos de valores visíveis no carro e cuidado com eventuais batedores de carteira que existem em qualquer lugar. Ah e não deixe seus pertences dando sopa na praia enquanto vai tomar um banho de mar.

Apenas uma ressalva, assim como outros destinos de ilha, recomenda-se, inclusive oficialmente que você use repelente de mosquitos. Então não só tenha aquele em spray como também aqueles de tomada para durante a noite.

Viagens para destinos de ilha sempre têm um custo um tanto maior. É natural, final tudo, ou quase tudo, que você consumirá ali vem de outro lugar. Neste sentido, considero que Curaçao não é um destino que poderíamos chamar de barato, mas se comparado com outros destinos de viagem pelos quais passamos na região do Caribe como Bahamas ou CancunCuba não tem como comparar -, a ilha tem preços bem razoáveis e você consegue fazer esta viagem com um custo bem atraente.

Com um custo excelente, come-se muito bem em restaurantes top como no Gouverneur de Rouville do qual falarei mais tarde.

Curaçao está apenas um fuso horário atrás da hora oficial de Brasília, considerando-se o horário comum. Logo, nem sequer de jetlag você irá sofrer nesta viagem. É verdade que se você fizer a conexão por Bogotá como nós, irá 2 horas para trás; e se for pelo Panamá serão 3 horas – tudo em relação ao fuso de Brasília.

A moeda local é o florim das antilhas neerlandesas ou guilder, como preferem os locais depois da independência de 2010 – dizem que em um futuro próximo será trocado pelo Caribbean guilder. Seu valor cambial frente ao real e dólar é o seguinte:

ANG 1 = R$ 1,77 ou R$ 1 = ANG 0,56

ANG 1 = US$ 0,55 ou US$ 1 = ANG 1,78

O símbolo também pode ser NAf e eles têm notas de 5, 10, 25, 50, 100 e 250; enquanto que as moedas são de 1, 5, 10, 25, 50 centavos, além de 1, 2 1⁄2 (interessante essa quebradinha), e 5.

Assim como em outros destinos seguros, os caixas eletrônicos ficam na calçada.

Veja que é uma moeda extremamente incomum, e por isso nem cogitaria comprar ela em casas de câmbio no Brasil, até porque duvido que você ache.

Como de praxe em países que não adotam dólares e euros (ou qualquer outra moeda forte e comum), gosto de usar os cartões de débito para sacar dinheiro diretamente da conta corrente para os gastos do dia-a-dia. Em Curaçao é bastante fácil encontrar ATMs onde é possível realizar esta operação (vide post sobre cartões de débito no exterior). Só alerto para o fato de que em casos como estes prefira os ATMs de grandes bancos ou bancos locais pois as taxas são menores – nas últimas viagens que fizemos, os melhores foram os do HSBC em termos de taxa e facilidade de uso.

Os ATMs lá são chamados de “Bankomatiko” ou “Geldautomaat”, e a maioria oferece saques tanto em moeda local quanto dólares americanos.

Aceitam dólares? Muitos lugares aceitam sim. Tanto que o preço de hotéis, aluguel de carros e alguns passeios são apresentados em dólares. Mas fora destas despesas que são claramente ofertadas em dólares, prefira a moeda local por dois motivos: a taxa de conversão nem sempre é favorável; e o troco sempre virá na moeda local, e às vezes também com uma taxa de conversão que pode não ser das mais justas. Sempre que visualizo situações como esta acabo preferindo ter a moeda local no bolso para evitar perdas extras de conversão.

Curaçao é também um bom destino de compras, então separe uma parte do orçamento para as boas oportunidades.

Gorgetas: normalmente, para maleteiros US$ 1 por mala; os guias turísticos idem; aos garçons entre 10 e 15% do total da conta.

Pode tomar água da torneira? Olha, eu não recomendaria. Este é o tipo de coisa que só faço nos EUA, Europa e alguns pouquíssimos lugares da Ásia como Japão. Em Curaçao a água encanada é proveniente de um sistema de dessalinização da água do mar; logo, pode ter um gosto um pouco desagradável. As autoridades locais dizem que você pode beber se qualquer problema.

Em Curaçao eles utilizam o mesmo padrão norte-americano para os plugs de tomada, ou seja, dois
pinos chatos. E a voltagem é 110v. 

Supermercados? Existem algumas redes locais que atendem bem às necessidades de qualquer turista que precisa por exemplo comprar artigos de uso pessoal ou uma refeição rápida.

Eu sempre adorei postos de informações turísticas, tanto que sempre forneço os dados de contato e sugiro a vocês uma passada por eles. O organismo de turismo de Curaçao tem um excelente portal na internet com algumas informações mais básicas. Ah e se você quiser ainda dá para instalar os apps deles que tem algumas dicas e cupons de desconto para atrações e restaurantes, por exemplo.

Posto de informação turística de Curaçao.

O escritório de informações turísticas fica Pietermaai, 19, e funciona das 7h30 às 17h00, com pausa para o almoço das 12h00 às 13h30.

Para esta viagem, mais uma vez contamos com o chip de celular fornecido pela OMeuChip (adicionando o cupom Cumbicão você ainda ganha um desconto de 15% na sua compra) que funcionou bem durante toda a viagem. Se você quiser comprar o seu, é só clicar no banner ao lado e aproveitar descontos especiais.

Como diz a placa: Benvindo à Curaçao.

De posse das informações e dicas gerais, nos próximos posts vamos às atrações de Curaçao.

* O Cumbicão visitou Curaçao mediante uma parceria estabelecida junto ao Board de Turismo Local (Curacao Tourist Board) para coletar material para série de posts. Todas as opiniões e relatos aqui descritos refletem fielmente a experiência, atendendo à política do blog.

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1 comentário

Oigres 16 de março de 2018 at 20:24

Mais um Post legal!. Não sei se matei saudades de Curaçao ou se aumentou. Gostei muito deste pequeno pedaço da querida Holanda perto daqui. Faltou beber a cerveja local?

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