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Auschwitz-Birkenau – Não façam isto novamente!

What hell are you going to do there?”. Esta foi a reação, até certo ponto esperada, que o simpático polonês com quem eu conversava teve ao saber dos nossos planos de fazer uma day-trip para Auschwitz-Birkenau.

“PARE” indica a placa de entrada do campo. Pare, pense e reflita…

É … e o leitor deve estar pensando o mesmo… 

Todavia, sou apaixonado por história, e não poderia perder a oportunidade de estando em Cracóvia, dar uma esticada para visitar este local singular que acreditem, recebe meio milhão de visitantes ao ano.

Ainda que pareça estranho um passeio de férias para um lugar como Auschwitz-Birkenau, trata-se de um local histórico onde aconteceram fatos marcantes que não podem ser ignorados.

Entrada da área reservada aos presos.

A importância do que aconteceu não só em Auschwitz-Birkenau, mas também nos demais campos de concentração é tamanha, que foi a partir do conhecimento dos abusos nazistas nestes locais que as nações se mobilizaram para a redação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

E é justamente por conta destas considerações que passei a encarar a visita à Auschwitz-Birkenau sem qualquer conotação mórbida ou seja lá o que for. Claro que esta é uma percepção pessoal e cada um terá a sua…

Percebi que guardadas as devidas proporções, é o mesmo que ir à Roma visitar o Coliseu, onde sabe-se lá quantos milhares de cristãos foram mortos em jogos fúteis; viajar aos EUA visitar o WTC, onde em 9-11 mais de 3 mil pessoas perderam a vida por conta de um bando de fanáticos religiosos. 

Assim, peço aos leitores que leiam este post sem qualquer viés mórbido, quanto menos defesa dos atos (absurdos) de segregação e racismo que aconteceram em Auschwitz-Birkenau e outros campos, até porque aqueles que me conhecem sabem bem qual é minha posição a respeito deste tipo de coisa.

Peço que o leiam o post e vejam as fotos, algumas mais fortes, tendo em foco a principal mensagem que o complexo Auschwitz-Birkenau deixa aos visitantes: isto é uma lembrança concreta de fatos reais da história (relativamente recente) que esperamos nunca mais ver acontecer, numa verdadeira lição DO QUE NÃO FAZER!

Localizados no sul da Polônia, Auschwitz-Birkenau (em polonês Oświęcim – Brzezinka) são na verdade dois campos de concentração distintos, mas que estão sob a mesma administração em forma de museu histórico.

Fotos aéreas da época mostrando a região e a localização dos campos.

Dos dois Auschwitz é o mais famoso, até mesmo por conta de seu excelente estado de conservação – todos os prédios estão intactos. Ao ver as fotos deste post e outras tantas que os leitores possam ter visto por ai, não dá para não reconhecer o local que foi usado em quase todos os filmes que retratam a época e os crimes ali cometidos.

No ano de 1940, os nazistas, comandados por Adolf Hitler iniciaram a construção de uma série de campos de concentração em algumas regiões da Europa, especialmente na Polônia ocupada.

Olhando assim, o local parece ser um vilarejo qualquer.
A aparência esconde os horrores ali cometidos.

 

Porém basta caminhar um pouco para encontrar as cercas.

Estes campos de concentração eram administrados pela temida SS comandada por Heinrich Himmler, um dos idealizadores do Holocausto. Especificamente em Auschwitz, a administração local era de Rudolf Hoess, que veio a ser executado em 1947 diante do forno crematório de Auschwitz – a forca ainda está lá. 

Auschwitz foi aberto em 20 de maio de 1940, e seus primeiros prisioneiros foram os pouco mais de 700 políticos poloneses contrários ao regime nazista. Tal fato demonstra que a finalidade inicial do campo era servir como mera prisão da resistência, algo até certo ponto comum em guerras.

Andar pelos prédios até que não é tão impactante. Já ver os uniformes “personificando” os detentos dá outra conotação ao local.  

Foi apenas com a idealização do holocausto ou “solução final” como ficou conhecido o plano nazista criado por Heinrich Himmler, que os campos passaram a receber, torturar e exterminar os judeus e outros povos / etnias perseguidas.

Em Auschwitz, os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas ampliações do próprio campo de concentração ou em fábricas anexas. A lembrança de tal propósito está na infame frase disposta em um dos portões de acesso: “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta).

No detalhe do portão, a infame frase.

Os trabalhos eram realizados ao som de uma banda que tocava incessantemente músicas de marcha.

Fotos mostrando a banda que “regia” o ritmo dos trabalhos.

Em seu auge, Auschwitz chegou a ter nada menos que 20.000 prisioneiros.

Apesar das cercas aterrorizadoras, constantemente patrulhadas não só por guardas armados mas também cães, durante o funcionamento do complexo, dos 700 prisioneiros que tentaram escapar, 300 tiveram êxito e puderam trazer ao mundo, ainda em guerra, um pouco da triste realidade que acontecia ali dentro.

As típicas e não menos aterrorizadoras cercas de Auschwitz.

 

Torres de vigilância por todos os lados.

A pena para aqueles que eram presos tentando fugir, era não só a sua morte, mas também ter a sua família presa nos campos (caso ainda não estivessem ali detidas), como uma forma de exemplo aos demais interessados em escapar.

Aqueles que não eram fuzilados no campo de entrada,
Eram enforcados e deixados expostos por dias como exemplo aos demais.

Não é nem preciso entrar em detalhes para saber que as condições de vida (se é que dá para usar este termo) ali eram terríveis. Os prisioneiros (todos, sem exceção) trabalhavam de segunda a sábado (sim, em pleno o dia sagrado dos judeus) e tinham o domingo “livre”.

Banhos? Apenas aos domingos e de ducha gelada – estive lá no inverno e mesmo com roupas quentes quase morri de frio – fiquei imaginando a situação daqueles coitados…

A alimentação, como se poderia imaginar, estava longe de ser adequada.

Tais fatores, aliados às constantes doenças às quais os presos ficavam expostos, faziam com que a taxa de mortalidade fosse altíssima.

Não obstante todos os estudos e levantamentos já realizados, o número real de mortes em Auschwitz-Birkenau é incerto – até mesmo porque os nazistas conseguiram esconder muitas das atrocidades ali cometidas. Estima-se entretanto que este número de mortos estaria entre um milhão e um milhão e meio de pessoas, entre judeus, ciganos e prisioneiros de guerra.

Como dá para ver das fotos, Auschwitz é composto por vários prédios, então chamados de blocos. Cada um com uma função especifica.

Embora não seja possível a visitação da maioria dos blocos, até mesmo porque eles têm hoje funções administrativas do museu Auschwitz-Birkenau, o visitante poderá entrar em alguns deles seja para conferir as exposições permanentes que contam a história do local e do holocausto como um todo, seja para ver as instalações, com milhares de itens originais da época.

Se você gosta de história, não deixe de entrar nos blocos, mas esteja preparado … como mostram as fotos deste post. 

De todos os blocos, o mais temido certamente era o bloco 11, onde não só eram aplicados castigos aos presos, os quais poderiam variar de torturas ao confinamento por vários dias em uma cela tão pequena que nem dava para sentar – dá para imaginar a situação? – à execução.

O temido Bloco 11.
No interior já dava para sentir a frieza do local.
Sala utilizada pelos presos para se despirem para os procedimentos aplicados pelos nazistas.
Entre os Blocos 10 e 11, um patio no qual aconteciam algumas execuções.
Foi transformado em um memorial às vítimas.

Ali, em 1941, foram feitos os primeiros testes com o gás Zyklon B, aquele que passou então a ser utilizado pelos nazistas como o meio de execução em massa. Nada menos que 850 pessoas foram executadas neste prédio.

Outro bloco em que verdadeiros absurdos foram praticados é o bloco 10, no qual foram realizados entre 1943 e 1944 experimentos de esterilização em mulheres judias. A idéia dos nazistas era desenvolver um medicamento capaz de esterilizar em massa a população judia. E assim liquidar aos poucos este povo.

Um dos médicos que atuou neste bloco, fazendo experimentos com gêmeos, foi Josef Mengele.

Em um dos blocos próximos ao 11, o visitante encontrará uma das imagens mais impressionantes (pelo menos para mim) de todo o campo. Um bloco onde as salas foram convertidas em enormes “aquários” ou “vitrines” dentro das quais estão os objetos pessoais dos prisioneiros. Muitos destes objetos foram simplesmente enterrados pelos nazistas para esconder os horrores ali praticados.

As fotos abaixo falam por si mesmas.

Numa olhada rápida demorei para entender o que era.
Fui da curiosidade ao choque.

 

Literalmente tudo era tirado dos prisioneiros, desde escovas …

 

bacias e outros recipientes…

 

E até as próteses. Simplesmente triste.

 

Malas

 

E até brinquedos são expostos provando que ninguém foi poupado.

 

Sapatos das milhares das vítimas.

 

Tudo exposto como uma prova da pequena amostra das vidas ali perdidas.

Outro local bastante impressionante, é o forno de cremação, local em que os corpos dos judeus eram cremados em série. Realmente algo triste e impressionante. Ele fica perto da saída do memorial Auschwitz-Birkenau. Dizem que pelo volume de cremações, como os fornos não davam conta, os nazistas passaram simplesmente a queimar os corpos em campo aberto, ali nas proximidades.

Originalmente eram dois fornos.
No interior do local, equipamento utilizado para colocar os corpos no forno.
Fornos propriamente ditos.

Se o estado de conservação de Auschwitz é excelente, o mesmo não se pode dizer de Birkenau. Isto porque seus barracões de madeira foram em sua maior parte queimados pelos
nazistas antes do final da guerra. Alguns poucos restaram e foram mantidos pelos aliados.

Pelos restos das chaminés e pelas marcas no chão, é possível ver claramente o que restou dos mais de 300 (!!!) barracões que existiam originariamente na enorme área de Birkenau (2,5 por 2km).

Restos dos barracões.

Ali viveram nada menos que até 100.000 prisioneiros ao mesmo tempo.

Diferentemente de Auschwitz, o objetivo dos nazistas ali não era manter os judeus e outros prisioneiros confinados a fazendo trabalhos forçados, mas sim exterminá-los.

Alguns dos barracões que sobraram.
Interior de um dos barracões.
Fiquei imaginando o frio que deve ter feito ali.

Para tanto, o campo contava com 4 crematórios e câmaras de gás, nas quais eram executados até 2.500 prisioneiros por turno. Tais instalações foram destruídas antes mesmo do final da guerra.

Segundo relatos de sobreviventes e de alguns oficiais nazistas, os judeus eram convencidos a adentrar nas câmaras de gás sob o pretexto de tomarem uma ducha. Aliás as câmaras tinham toda a tubulação para tanto, porém jamais foram usadas para este fim. Ao final do procedimento, prisioneiros previamente selecionados e isolados dos demais faziam a remoção dos corpos e o encaminhamento para valas comuns ou para os fornos de cremação.

Talvez o ponto mais emblemático de Birkenau seja o seu portal que é ainda cortado por uma linha de trem desativada. Era justamente por esta linha e portal que os prisioneiros chegavam ao campo em sua última viagem.

Olhar para aquele cenário desolador é de fato comovente.

Os trilhos até Birkenau, quase sempre, eram um caminho sem volta.

 

Desolador.

Embora a lista de prisioneiros famosos seja grande, talvez a mais conhecida do público em geral seja Anne Frank, que foi internada aqui entre setembro e outubro de 1944, sendo em seguida transferida para o campo de concentração de Bergen-Belsen onde morreu de febre tifóide. 

Felizmente, este pesadelo terminou em 17 de janeiro de 1945 quando os nazistas iniciaram uma evacuação do campo, já cientes de que a guerra estava tomando um caminho pouco favorável para Hitler que já via as tropas do exército russo de aproximando da região.

Segundo relatos históricos algo em torno de 7.500 prisioneiros sobreviveram.

Poucos sobreviveram, mas estes poucos puderam contar ao mundo os horrores ali cometidos.

Como chegar? Antes de mais nada, vale lembrar que o nome da cidade em que estão situados os campos de concentração é Oświęcim, portanto nem adianta procurar por Auschwitz nos mapas oficiais.

A melhor e mais prática forma de chegar até Auschwitz-Birkenau a partir de Cracóvia – a cidade turística mais próxima, é de trem, numa viagem que demora praticamente 2 horas e custa aproximadamente 30 PLN ida e volta, ou seja, uns R$ 17,50. Recomendo novamente utilizar o Route Planner da empresa férrea polonesa.

Os trens são antigos, mas cumprem a função.

A partir da estação de trem de Oświęcim, o lance é caminhar até os campos de concentração. Não leva mais que uns 10/15 minutos de caminhada.

De Auschwitz para Birkenau, a distância de caminhada é menor ainda, basta seguir as placas e a própria linha de trem desativada. Leva não mais que outros 10/15 minutos. Mas se você quiser, tem um ônibus gratuito que faz o trajeto – foi a opção que usamos.

Horário. Auschwitz-Birkenau está aberto todos os dias, salvo domingo de Páscoa, Natal e Ano Novo. Durante todo o ano abre as portas às 8h00, variando apenas o horário de fechamento, dezembro a fevereiro às 15h00; março e novembro às 16h00; abril e outubro às 17h00; maio e setembro às 18h00; e junho, julho e agosto às 19h00. Como são comuns cerimônias fechadas ou outros eventos no local, recomendo uma olhada antes no site oficial para ver se não existe nada programado para a data da sua visita.

Preço. A entrada é gratuita. Entretanto, grupos com mais de 10 pessoas devem obrigatoriamente seguir em um tour guiado e pago (4PLN).

Outras dicas. Pode parecer absurdo ter que dar este tipo de recomendação, mas quem pretender visitar Auschwitz-Birkenau deve ter em mente que o local não é uma mera atração histórica e turística (na acepção comum), mas sim um local no qual milhões de pessoas foram torturadas e ali perderam as suas vidas. Assim, mantenha o respeito absoluto. Embora tenha propósitos diametralmente opostos, apenas a título de exemplo, tenha o mesmo respeito que você teria por uma igreja ou por um templo.

Apenas para que o leitor tenha uma idéia do que o local representa, a primeira visão que tive em Auschwitz foi uma oficial da Mossad, a tropa de elite de Israel que estava aos prantos no estacionamento do museu, talvez, lembrando de algum ente querido que ali sofrera as conseqüências da perseguição aos judeus.

Então, deixo aqui não só as recomendações do site oficial, mas também aquelas que pude perceber: silêncio e descrição; fotos são permitidas, desde que sem flash ou tripés – dentro de alguns prédios fotos não são permitidas.

O próprio site oficial não recomenda a visita aos menores de 14 anos ao memorial, portanto, tenha bom senso. 

Sai de lá impressionado? Claro que sim, não tem como ser diferente, porém não saí com aquela sensação pesada que a maioria das pessoas relata. Mas depende muito da sua pré-disposição e sensibilidade. 

O fim de um dia cheio de lições.

Sem dúvida trata-se de um lugar muito interessante sob o ponto de vista histórico, e que cumpre muito bem a sua atual função de lembrar a todos o que aconteceu durante o Holocausto e deixar uma clara mensagem: Não façam isto novamente!

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4 comentários

Erik Trovão Diniz 26 de fevereiro de 2016 at 01:36

Relembrei todo o meu recente passeio por Auschwitz lendo seu post agora. Sem dúvida alguma o lugar mais triste que visitei na vida. No entanto, como costumo dizer: triste, mas necessário. Acredito que todos no planeta, especialmente os jovens, deveriam conhecer os campos e sentir mais de perto as atrocidades que ali ocorreram. Só uma dica: há também a opção de ir de ônibus, partindo de Cracóvia. A viagem dura pouco menos de uma hora e deixa o visitante em frente a Auschwitz I. O ônibus sai do terminal de ônibus na Krakow Glówny. Todo o trajeto foi bem tranquilo!! Por fim, parabéns pelo excelente relato!!

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Deborah 24 de junho de 2013 at 14:15

Parabéns pelas imagens postadas. Já faz um bom tempo que venho estudando sobre a Segunda Guerra Mundial e sou apaixonada por tudo que envolve essa parte da história; e suas imagens com as legendas e comentários me enriqueceram grandemente. Cada foto que via, me sentia realmemte presente nesses locais que você teve a bênção de ver. Um dia espero que Deus me dê esse privilégio de fazer o mesmo percurso que você. O mundo não pode esquecer dessa parte tão importante e triste da história e você, com suas postagens somente colaborou para que essa parte histórica não caia no esquecimento. Parabéns!

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Karla Karoline 11 de fevereiro de 2013 at 00:04

Estava aqui, na internet, lendo e me aprofundando cada vez mais sobre a Segunda Guerra Mundial, assunto no qual sempre tive muita curiosidade desde o tempo que estava estudando no colegial. E parece que quanto mais leio, mais sinto-me insatisfeita com as informações. Até que, encontrei essa postagem através de uma foto que resolvi abrir no Google relacionado a Auschwitz-Birkenau e me deparei com o que acabei de ler. Posso dizer que nunca li algo que me fez sentir-se satisfeita.. nem tanto por tudo o que foi escrito, mas por essas imagens que vi, me emocionaram do início ao fim. Creio que as imagens falam por si só. Assisti muitos documentários e filmes relacionados à 2ª Guerra Mundial. A maioria das informações que você forneceu já tinha lido em livros, ou até mesmo na internet, e nos próprios documentários que assisti. Realmente, fiquei fascinada pelas imagens. Não faço menor ideia de como foi/é a sensação de sair desse local, mas apenas por enquanto. Tenho vontade de ver tudo o que você viu, poder sentir tudo o que você sentiu enquanto caminhava por cada recando do mesmo, e poder sentir o que você sentiu quando saiu de lá. Apesar de ser triste e doloroso, até mesmo para visitantes que não teve/tem nenhum parente envolvido em tal catástrofe contra a vida humana, por outro lado, é muito importante para preservação da mente e sair desse local com a certeza absoluta que em hipótese alguma esse fato triste na história do mundo deve voltar a acontecer. JAMAIS! Parabéns pelas imagens.

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Diogo Ávila 11 de fevereiro de 2013 at 04:51

Karla, o nosso objetivo eh justamente este, mostrar `as pessoas um pouco da realidade e historia dos locais visitados.
Sinceramente, ganhei o dia com este seu comentario e faco minha as suas palavras. So lamento nao ter acentos neste computador que estou usando!!!
Abraco!

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