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Fetherdale Wildlife Park e a fauna australiana

Que vida dura esta de coala!

Ir à Austrália e não ver um canguru é algo semelhante a ir para New York e não ver a Estátua da Liberdade ou deixar de ver o Cristo Redentor numa visita ao Rio de Janeiro. Ou seja, é algo único! Confira neste post uma super opção de zoo em Sydney: o Fetherdale Wildlife Park.

Como lhes disse anteriormente, o isolamento da Austrália possibilitou o desenvolvimento de fauna singular, com alguns espécimes que só são encontrados lá.

Aposto que a primeira imagem que lhe veio à cabeça foi a de um canguru, ou talvez a do simpático sujeito que ilustra a capa deste post. Porém existem vários outros animais, como o ornitorrinco, o wombat, ou o dingo que embora não tenham a mesma fama internacional, são também típicos da Austrália.

Nós aqui do outro lado do planeta nem imaginamos, mas existem várias espécies de cangurus – 55 para ser mais exato. O tamanho destes icônicos animais pode varia dos 30cm dos cangurus-ratos ao 1,60m dos cangurus-vermelhos.

Ver estes animais pela primeira vez é uma deliciosa surpresa.
Reparem na bolsa desta fêmea. Será que tinha alguém ali?
São vários os tipos de cangurus.
Tem até este albino.

Pô mas de onde vem este nome tão estranho que é praticamente universal – com pequenas adaptações de grafia conforme o idioma?

Verdade ou não, reza a lenda que o nome surgiu assim…. Quando os ingleses avistaram pela primeira vez o animal pulando de um lado para outro, perguntaram aos aborígenes como era o nome daquele animal – fiquei imaginando a cara dos ingleses quando os viram.

Sem entender inglês, os aborígenes apenas respondiam “Kanguru” que corresponde a palavra aborígene para “eu não sei”.

E assim ficou… 

Portanto, espere ver vários “eu não sei” andando por lá!!!

Como atrair um Roo…
Hum, acho que ele deu uma olhada…
Opa! Fazendo amigos.

Agora um fato que não é lenda nem cena de desenho animado é aquela história de canguru boxeador. Os machos adultos costumam socar com as patas dianteiras e chutar com as traseiras quando disputam as fêmeas. Porém, ataques a humanos são raríssimos.

Apesar de ser o símbolo maior do país, é costume local consumir carne de canguru.

Antes que vocês pensem “Que dó! Que dó!”… Saibam que por ser uma espécie que se reproduz com muita facilidade, em algumas épocas do ano eles acabam virando uma espécie de praga local.

Nos noticiários vi alguns relatos de acidentes de carro por conta de cangurus que são atropelados nas estradas que cortam o país. Aliás por lá você verá várias reproduções das placas de estradas dizendo “cangurus à diante”. Ou seja, não é apenas um souvenir.

Dizem que é possível até mesmo encontrar carne de canguru nos supermercados, com as mais diversas apresentações. Eu particularmente nem procurei. Dispenso!

Dizem que existem algumas vantagens no consumo de carne de “não sei”, tais como baixíssimo teor de gordura; necessitam de menor quantidade de alimento que os bovinos para serem criados; e que eles não produzem os mesmos gases que as vacas, auxiliando portanto na redução do efeito estufa (?!?!). É sério!

Filhotes.
Pena que não dava para levar para casa.

Soltos pelo parque.

Não deixe também de ver outro típico animal, o coala.

Estes simpáticos sujeitos passam a maior parte do dia dormindo (média de 20 horas por dia – e eu aqui nem tenho as minhas 8 regulamentares. Shif!), e se alimentam basicamente de folhas de eucalipto e quase não bebem água.

Sim, eles dormem sentados. 
E aí? Quem vai me tirar daqui?
Um dos coalas do Fetherdale.
Eles se alimentam de eucalipto.

Diferentemente dos cangurus, seu nome em aborígine tem um significado mais adequado. Quer dizer “que não bebe”. Bem diretos os aborígenes, né?

Segurar o cola no colo? Esqueça, no estado de New South Wales em que está Sydney (NSW) e em alguns outros é terminantemente proibido que pessoas (exceto os tratadores, é claro) segurem estes animais.

Colo? Só dos tratadores.
Reparem que cada um tem uma cara diferente.

E que fique bem claro crianças: vocês poderão levar um para casa!

Uma coisa que surpreendeu é o fato de que apesar desta cara simpática (para não dizer fofa), o pelo deles está longe de ser macio. Sabe aquela textura de palha de aço??? Então, é mais ou menos assim… Ainda não inventaram condicionador para coala.

Da mesma família que os coalas vem o wombat – sinceramente não vi muita semelhança não… Trata-se do maior herbívoro mamífero da região que mais parece uma capivara. Infelizmente está ameaçado de extinção.

Wombat, bonitinho, mas morde!
E agora? Como saio daqui???

Depois do canguru, um animal que eu tinha muita curiosidade em ver era o diabo da Tasmânia.

Muitos de vocês talvez não tenham feito a ligação entre o nome e o personagem de desenho animado… O Taz! Sim, aquela fera simpática e descontrolada dos desenhos da Warner Bros. foi inspirada neste marsupial carnívoro parecido com um pequeno cachorro atarracado.

Vocês podem estar ai olhando e perguntando qual a semelhança entre o personagem e o animal.

A princípio eu também não havia notado nenhuma, mas bastou o bichano abrir a boca e ver o seu comportamento para notar que é o próprio Taz.

Os dentes caninos são enormes, e ele fica o tempo todo (sério, não é força de expressão) dando voltas ao redor de qualquer coisa. No caso, do seu viveiro. Vejam nas fotos como existe uma trilha funda onde ele passa!!!

Assim nem parece tanto…
Mas é só abrir a boca…. Olha o tamanho dos caninos deste sujeito!
E o cara fica correndo o dia todo em torno do viveiro!
Dá para ficar tonto só de ver.

Seu nome vem do estranho ruído que faz à noite, quando ele sai para caçar. Já Tasmânia deriva do nome de uma ilha ao sul da Austrália onde eles foram primeiramente avistados pelos colonizadores ingleses.

Momento fash back das aulas de biologia… As echidnas também são típicos da Austrália. Se você não se lembra, estes animais são aqueles exóticos mamíferos que botam ovos. Vai entender…

O bichano é muito tímido.
Mas ele é mais ou menos assim…

E por fim, outro animal característico é o dingo, uma espécie entre o lobo e o cão selvagem.

Infelizmente este foi o mais perto que conseguimos chegar dos Dingos.

Porém não só de animais simpáticos vive a fauna australiana. O país tem a maior variedade de espécies de répteis do mundo, nada menos que 755.

Claro que muitas delas são as mais venenosas do mundo. Afinal foi lá que Steve Irwin começou a “brincar” com animais perigosos.

Nem todo mundo é amistoso…
Este crocodilo era grande. Cadê o Dundee???
Um típico lagarto da região desértica (Outback).

Bom, mas onde ver todos estes animais???

A opção mais popular entre os turistas é o Taronga Zoo.

Trata-se do principal jardim zoológico da Austrália, com uma completa coleção de animais da Ásia, África e Austrália é claro.

Ainda que o Taronga tenha uma quantidade de animais enorme, pelos reviews que li a época, percebi que trata-se de um zoológico tradicional. Sabe aquele esquema de ir passando de jaula em jaula?

Diante de tal fato, acabamos optando por outra opção abaixo apresentada.

Se o Taronga for a sua escolha, anote ai. Ele fica em Mosman, a 15 minutos por ferry de Circular Quay – recomendam comprar junto já o ferry com o bilhete do zoológico. Os portões estão abertos todos os dias 9h00 às 17h00 e o ingresso custa salgados AUD 44.

Como queríamos uma experiência mais autêntica, e que possibilitasse uma maior interação com os animais, optamos por visitar o Fetherdale Wildlife Park.

Fetherdale Wildlife Park.

Inaugurado em 1972, e bem menor, o Fetherdale Wildlife Park é um zoológico diferente. Muitos dos animais ficam praticamente soltos, ou em áreas de onde podem ser facilmente contemplados.

Como vocês podem ver das fotos que ilustram este post, é possível interagir com os animais. Muito bem acostumados com a presença de visitantes, basta uma aproximação mais sutil, e talvez um petisco local (em hipótese alguma dê-lhes algo diferente do que o Fetherdale Wildlife Park oferece).

Não é a Cumbicacão, mas também dá a pata.
Com tanta gente coçando assim este nem sabe para onde olha.
Excelente programa para crianças… e adultos em Sydney.

No caso dos coalas, diferentemente do Taronga e outros lugares, não se paga nenhum extra para tirar fotos com os simpáticos bichanos. Basta apenas aproximar-se deles pelas costas, e coçá-los. 

Provavelmente vocês notarão que cada vez é um coala que fica ali recepcionando os visitantes. Como existem vários deles, os tratadores fazem um rodízio. Ora, a vida de dormir e ser acariciado cansa muito!

Já os cangurus ficam literalmente soltos. Tive a clara impressão que muitos deles agem como cães, de tão dóceis ao contato humano.

Gostou? Então tome nota. Fetherdale Wildlife Park fica na 217-229 Kildare Road. Sim, é um pouco mais afastado do centro, mas isto lhe permite ver uma outra face da cidade.

A variedade de pássaros exóticos é grande.
Alguns, como esta Galah nos parece até familiar.
Muitos ficam soltos e são acostumados com os visitantes.
E posam para fotos.
Esquisito eu? Imagina…
É tanta coisa para ver que dá até para ficar vesgo.
Sim, isto é uma coruja… vesga!

Para chegar, basta seguir as instruções do site oficial que aqui replico, é certeiro: “Public Transport: Getting to Featherdale by public transport is easy.  From the city, take the North Shore and Western line to Blacktown Station.  Bus stand 9 is located just outside the station.  Take the number 725 bus for a 10 minute ride which will drop you right outside Featherdale’s gates.” E para voltar é só fazer o caminho inverso. Moleza.

O ingresso custa AUD 28. Abre diariamente das 9h00 às 17h00. Ainda que os coalas e cangurus estejam diariamente disponíveis a um contato mais próximo, alguns animais têm horários de exibição específico – confira no site oficial.

Ah, algo que as crianças (e por não adultos também) vão adorar é este passaporte de brincadeira. O visitante vai carimbando conforme visita cada animal do parque.

Para ver tranquilamente o parque, sugiro que você separe entre 2 e 3 horas para ver o parque. Muito tempo? Bem, depende de quanto tempo você vai querer ficar literalmente brincando com os bichanos!!!

No final é capaz de você ficar tão cansado quanto este ai.

Vai por mim, é uma experiência e tanto.

No próximo post, vamos dar um passeio pela região histórica de Sydney. The Rocks!

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4 comentários

Luiz Marcos 6 de janeiro de 2019 at 12:02

Muito úteis as informações desse blog. Gostaria de saber se consigo ver o Demônio da Tasmânia no Fetherdale Wildlife Park.

Responda
Diogo Avila 13 de janeiro de 2019 at 14:12

Obrigado!
Sim, lembro de ter visto um lá sim. Eita bicho estranho!!!

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Debora Garcia - Revista de Viagem 19 de abril de 2013 at 14:14

Owwwwwww que lindo! Quero ir pra esse lugar agora! Adorei as fotos e o relato. Parabéns pelo blog e bem-vindo a RBBV!

Um abraço,
Debora

Responda
Diogo Ávila 19 de abril de 2013 at 19:00

Debora, muito obrigado!!!
Olha sou suspeito para falar da Austrália, como disse num post foi um caso de paixão.
Este foi o meu primeiro passeio em Sydney, para começar com o pé direito.
Recomendo!

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