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Como é voar na Virgin Australia de Sydney para Hamilton Island

Boeing 737-800 da Virgin Austrália no Aeroporto de Sydney.

Hoje vamos conversar como é voar com a Virgin Australia, uma das empresas aéreas regionais da Austrália.

Dadas as proporções continentais do território australiano, e o fato de que não raras vezes as atrações estão a vários quilômetros umas das outras, o transporte aéreo de passageiros na Austrália é algo essencial.

E para cumprir esta árdua tarefa de interligar um país que é quase um continente, além da QANTAS, os australianos contam com outras empresas menores, mas não menos eficientes.

Lá tivemos a oportunidade de testar os serviços da Virgin Austrália num vôo entre Sydney e Hamilton Island (mais ao norte).

Hey Dude! Where is the break?

Embora para nós brasileiros seja uma empresa relativamente desconhecida, eles voam para 46 destinos diferentes dentro da Austrália, e em vôos internacionais para Los Angeles, Abu DhabiTailândia, Indonésia, Nova Zelândia, e algumas ilhas do Pacífico sul com aeronaves próprias; e em codeshare com outras empresas para atender destinos como Londres e Hong-Kong.

Apesar de toda esta extensa malha, ela não compartilha milhas com empresas de grupos maiores, como Star Alliance ou One World, pois tem um programa próprio chamado Velocity.

Bem, vamos à experiência em si…

Sobrevoando Sydney.
E a Baía.
Cheia de barcos.

A compra da passagem foi feita diretamente no site da Virgin Austrália. Com um ­layout bastante intuitivo, não encontrei dificuldades. Lá estão todas as informações essenciais a respeito dos vôos e mais algumas dicas a respeito dos destinos em Destination Guides. Vale conferir.

Assim como muitas outras empresas, eles trabalham com três opções de tarifas: Saver Lite; Saver e Flexi.

Simulando a compra das passagens para o verão (dezembro-fevereiro) e considerando um final de semana, onde supostamente os preços são mais elevados, conseguimos o seguinte: ida AUD 165; 179; 269 (considerando as três opções tarifárias) – sempre em vôos diretos. Os preços do vôo de volta foram os mesmos, totalizando AUD 330 (ida e volta), o que dá aproximadamente R$ 660,00.

O “interessante” é que eles cobram AUD 7,00 de taxa de uso de cartão de crédito caso este seja a forma de pagamento escolhida. Daí eu pergunto: existe outra factível ao turista estrangeiro? Não considero justa esta cobrança aos não residentes.

Ah, e fique atento que eles gostam de “empurrar” seguros opcionais e outros itens do gênero. Leia com atenção antes de finalizar a compra.

Boeing da Virgin Australia.

Horários. Normalmente eles oferecem apenas um vôo direto por dia em cada sentido, mas há a possibilidade de voar com escala em Brisbane (BNE). O vôo VA1281 parte de Sydney às 9h40 e chega em Hamilton Island às 11h10; enquanto que a volta, VA1280 parte às 11h50 e chega em Sydney às 15h10.

Para ambos os vôos a Virgin Australia faz uso de aeronaves Boeing modelo 737-800. Internamente, a aeronave parecia muitíssimo bem conservada, e a configuração dos assentos utilizada é a tradicional 3×3.

O espaço para as pernas está ok para um vôo curto, mas certamente seria um incômodo numa viagem mais longa.

Olhando assim nem parece tão apertado, mas…
Para mim, ficou como sardinha em lata.
Achei até que tinha embarcado neste!
Antes que perguntem, sim! Fiquei com vontade de levar para casa, ficaria bacana lá na sala.

Uma coisa que o passageiro deve ter muita atenção é a questão do limite de bagagem praticado pela Virgin Austrália. Como o vôo é interno, eles aplicam a regra de apenas um único volume com peso máximo de 23kg por passageiro.

À bordo, são permitidos dois volumes pequenos que somados não ultrapassem 7kg, ou um único volume que respeite as dimensões padrão (114cm x 60cm x 11cm) e os mesmos 7kg.

Como trata-se de vôo doméstico, o embarque em Sydney foi no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Kingsford Smith (SYD). O atendimento no check-in foi bastante rápido e atencioso, praticamente sem filas.

Embarque doméstico em Sydney.
E o check-in.

Serviço de bordo? Nada incluso! Pelo preço da passagem eles deveriam servir ao menos um lanchinho TAM style, né?

O menu. Nada incluso!
Até os filmes são pagos – reparem no local para passar o dito cujo. 
A saída foi assistir uma partida-pancadaria do esporte nacional!

Pontualidade? Esqueceu que estamos na Austrália? Perfeita.

Aproveito a oportunidade para falar um pouco a respeito do Aeroporto de Hamilton Island (HTI), também conhecido como Great Barrier Reef Airport – Hamilton Island, pois é um dos mais pitorescos em que já passei.

Ele serve tanto linhas comerciais vindas de Sydney, Melbourne, Brisbane e Cairns, operadas pelas empresas Jetstar, Virgin Australia e Qantaslink; como também vôos privados e principalmente os panorâmicos pela região da Grande Barreira de Corais.

Jetstar em Hamilton Island.

Ainda que minúsculo, pois tem apenas 3 gates, neste caso portas mesmo, a infra-estrutura atende muito bem a quantidade de passageiros. Mesmo com pouco espaço disponível, o guichê de check-in tem umas quatro posições de atendimento, o que resulta em curtíssimas filas.

Acreditem ou não, este é o terminal visto de fora.
Check-in.
Hamilton Island Airport.
Apesar do tamanho, não falta conforto dentro.
Um dos portões de embarque.

Ao desembarcar, as malas são dispostas diretamente dos carrinhos de pista para uma área coberta em que cada um pega a sua mala e coloca na van que vai para o hotel.

A simplicidade da operação é tamanha que poderia ser comparada a uma rodoviária de qualidade de uma cidade interiorana qualquer. Todavia, a organização e o respeito aos demais torna o que seria uma coisa desagradável aos olhos dos mais exigentes, em um charme, afinal você está num paraíso.

A “esteira” das malas.
Dali para as vans que vão para o hotel.

No interior do terminal, uma grande sala de espera com ar-condicionado, uma pequena loja com revistas e etc., lanchonete, e algo que alguns aeroportos brasileiros simplesmente não têm: cadeiras suficiente para todos!

Internet? Claro! E gratuita!

A pista, com 1764m de comprimento e 45m de largura comporta aeronaves do porte de um Boeing 737 ou um Airbus A-320, não mais que isto. Até por tratar-se de uma ilha, o pouso e a decolagem acontecem bem próximo à água, como em Santos Dumont, por exemplo.

Enfim, apesar da falta de refeição à bordo, falta de filmes gratuitos, e do relativo aperto; se vocês estiverem lá pelas terras dos Roos, saibam que além da QANTAS, dá para contar com a Virgin Austrália para vôos regionais, domésticos ou internacionais.

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