Image default

Bangkok: deixe-se perder nas ruas desta fantástica cidade

O exótico caos de uma típica rua de Bangkok.

Como comentei anteriormente, não restrinja a sua visita à Bangkok somente aos templos, e outras atrações típicas locais. Saia às ruas, ande meio que sem um destino específico. Você se
surpreenderá com a diversidade que a cidade oferece. 

Sempre defendi que a melhor forma de conhecer um destino é caminhar. Nós mesmos, ao caminharmos pela vizinhança de nossas residências, não raras vezes nos surpreendemos ao notar coisas que no carro ou na correria diária simplesmente ignoramos.

É por isso mesmo, que com o devido respeito, até mesmo porque já fiz no passado, tenho pena de quem se limita a “conhecer” uma cidade a partir da janela de um ônibus de tour.

Penso que perde-se muito. Principalmente numa cidade como Bangkok, onde literalmente tudo parece acontecer na rua.

Vielas tomadas pelo comércio.
Vendedores de rua (aos montes!)
Prédios nem sempre bem conservados.
Ruas praticamente intransitáveis. 
E praticamente ninguém respeita as regras de trânsito.

Mas e daí? Ao visitar um destino como Bangkok, você deve, e muito provavelmente está esperando ver coisas assim, afinal faz parte da cultura local. Felizmente!

É na muvuca da rua, usando transporte público, e nos perrengues, é claro; que se conhece uma cidade. É indo aos lugares onde os nativos vão que se vivencia o destino de viagem.

Foi justamente caminhando meio que sem destino, pois perdemos o caminho entre duas atrações, que fomos parar no primeiro lugar que gostaria de destacar neste post. A Chinatown de Bangkok.

Sinais que estamos próximos à Chinatown.
Sra. Cumbicona de olho nos temperos e frutas secas.
Bugigangas!
Não, ainda não é o Pato a Pequim.

Pois é… Se Londres, New York, San Francisco e até Sydney tem a sua Chinatown; Bangkok que está ali do “lado” da China, não poderia deixar de ter a sua.

Como não poderia deixar de ser, a Chinatown (ou Yaowarat) de Bangkok é uma típica e deliciosa bagunça.

Ainda que sem aquela típica decoração que encontramos em outras Chinatowns, espere encontrar os típicos e estranhos produtos comestíveis (?); vielas e calçadas tomadas por bancas e tudo mais.

Comida desidratada.
Barbatana de tubarão (ai não é bacana!)
Banca de frutas ocupam a já estrita viela.
Eles literalmente tomam e fecham a calçada que vira um corredor de bancas e lojas.
Já havia visto isto em Hong-Kong. Eles fazem diversos itens de papel para serem dados de presente aos mortos, queimando-os. Reparem no celular, relógio e na marca da camisa: melhor não comentar… 

A Chinatown fica nos arredores da estação Yaowarat Road MRT, portanto com fácil acesso pelo metrô.

Alguns de vocês podem estar perguntando: mas e os Mercados Flutuantes?

Bem, depois de muito ler a respeito, e considerando o pouco tempo que tínhamos na cidade, optei por não visitá-los.

“Mas como assim??? É algo típico!”, muitos podem dizer. Acontece que, depois de ler muitos relatos dando conta de que estes mercados já não são tão típicos, pois estão lá mais para vender camisetas do Barcelona e bolsas de grife (ambos falsificados é claro!) ao invés de que itens tipicamente tailandeses, como artesanato, frutas, e etc; literalmente optei por outra programação.

Bem, não quero desanimar ninguém, mas por tudo que li e vi, aquele mercado que apareceu nos filmes do 007 nas décadas passadas, simplesmente não existe mais.

Apesar de todos nós considerarmos tais mercados como atrações de Bangkok, eles não ficam na cidade propriamente dita. Todos eles ficam mais de 50km de distância.

As duas opções mais populares são os mercados de Damnoen Saduak Floating Market (65km ou 2hs de carro) e Amphawa Floating Market (50km).

Quem foi, relata que dá tanto para ir no esquema tour, quanto por conta própria, de táxi e alugando os serviços de um barqueiro lá. E como sempre, é melhor chegar entre 8h00 às 12h00, justamente para evitar a horda de turistas.

Outro lugar bem típico de Bangkok é a Khao San Road.

Khao San Road
Khao San Road, bagunçada, mas não menos interessante.

Provavelmente, a imagem que muitos de nós temos das cidades do sudeste asiático é justamente aquela de uma rua cheia de gente, barracas para todos os lados, uma enorme profusão de cheios estranhos, viajantes do mundo inteiro ali, e barulho 24 horas. Mais poética que isto, impossível!!! 

Eu nunca imaginei que gente poderia atrair mais gente. Explico: a Khao San Road é a Meca dos mochileiros e viajantes independentes no sudeste asiático, algo como a sala de estar dos aventureiros que passam pela região. Os mochileiros chegaram ali no começo dos anos 80, atraídos pelos albergues da região; que por sua vez atraíram barracas com produtos locais (artesanato, souvenires, e tranqueiras é verdade!) e pequenos (e baratos) restaurantes; que por fim atraíram turistas de todos os tipos, idades e bolsos; e mais mochileiros…

Onde mesmo esta “cadeia turística” começou??? Alguns dizem que a rua perdeu seu charme por conta da quantidade de turistas que vão lá para ver algo que não existiria mais, ou seja, esta alma hippie. Sei não, para mim ainda pareceu interessante, apesar da pancada de chuva que tomamos lá. Enfim, a principal atração da Khao San Road, em suas 4 quadras nada mais é que o movimento local. Típicas cenas de “Se Beber Não Case II” e “A Praia”; sintetizando bem esta imagem que se tem de uma cidade do sudeste asiático.

Se as bugigangas e souvenires que lá são vendidos não forem o seu gosto, ainda assim, vá, vale por ser um lugar muito típico e um bom lugar para ficar vendo o movimento.

Pousadas baratas e bares
Dividem o espaço com lojas de tattoo.
E tome chuva. Uma tarde de chuva em 24 dias de viagem. Maravilha!

Apenas a título de curiosidade, pois é muito comum lá, e portanto não estou de forma alguma defendendo,vocês notarão algumas bancas pela rua nas quais são vendidas cópias de tudo quanto é tipo de identidade.

Pois é! Este é o “lado negro” de Bangkok. Claro que não consegui tirar foto… Arrumar encrenca com estes caras não seria nada legal! Encontrei até uma CNH “genuinamente genérica”. Olha que assim de longe parecia bem real. Claro que o papel por eles usado (moeda no nosso caso) não era o mesmo…

A propósito, pronuncia-se algo como “cow sarn” e o seu significado é arroz cru.

Quem nunca visitou um destino e perdeu a oportunidade de visitar uma atração porque estava fechada? Pois é, mesmo depois de rodar um pouco por ai eu nunca havia sido pego por este contratempo até saber que o Chatuchak Market funciona apenas das 18h00 da sexta-feira até as 0h00 do sábado; aos sábados e domingos das 9h00 às 18h00. Como chegamos e saímos durante a semana, perdemos.

Uma pena, porque este é o maior mercado da Tailândia (e provavelmente da Ásia!), com mais de 5 mil barracas e mais de 1 km quadrado de extensão. Como vocês podem perceber é um excelente lugar para perder-se e não ver as horas passarem.

Lá vocês encontrarão um pouco de tudo, desde artesanato, peças de seda, artigos falsificados, e até animais de estimação. Seria a versão tailandesa para o Grand Bazar? Seja seletivo e divirta-se, por mim inclusive. 

Abaixo algumas fotos que o CumbicãoPai tirou durante a visita dele ao local.

Segundo ele, as “lojas” já começam na rua.
Corredores estreitos e confusos. Segundo ele é muito importante ter pontos de referência para tentar não se perder (muito).
Sabonetes.

E até bichos de estimação.
Vai uma tatoo ai? Crianças fechem os olhos. Kkkkk

É muito importante você planejar a sua visita, pois o lugar é enorme. O Chatuchak está dividido em 11 partes: Roupas e acessórios (seções 2-6, 10-26); Artesanato (seções 8-11); Cerâmica (seções 11, 13, 15, 17, 19, 25); Artigos de decoração (seções 1,3,4,7,8); Comidas e bebidas (seções 2, 3, 4, 23, 24, 26, 27); Plantas (seções 3, 4); Arte (seção 7); Animais de estimação (seções 8, 9, 11, 13); Livros (seções 1, 27); Antiguidades (seções 1, 26); Artigos diversos e roupas usadas (seções 2, 3, 4, 5, 6, 22, 25, 26). Para um mapa da região, veja este link.

Para chegar, desça na estação Mo Chit do Skytrain (BTS) e pegar a saída n.º 1. Outra opção é usar a estação Chatuchak Park do metrô (MRT), também pegando-se a saída n.º 1. Aliás ali ao lado, vale a pena conferir o Chatuchak Park.

Sobrou tempo para uma day trip? Muita gente faz o passeio até a cidade histórica de Ayutthaya, a antiga capital da Tailândia, e uma das cidades mais sagradas do país. Pelo que li a respeito vale muito a pena.

No próximo post, algumas noções a respeito da culinária tailandesa e dicas de onde comer em Bangkok.



Quer receber mais dicas de viagem e saber saem os próximos posts? 
Curta nossa página no Facebook, aqui.
Siga-nos no Twitter @cumbicao.
E no Instagram – Cumbicão.

Booking.com
Posts relacionados
Cebu, uma maravilhosa primeira impressão das Filipinas
Diogo Avila
Disneyland Hotel, uma experiência digna da realeza
Diogo Avila
Viagem às Filipinas: roteiro e dicas
Diogo Avila

Deixe um comentário