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Onde e como salvar as fotos de viagem

Se você é daqueles que como eu não volta de viagem sem alguns gigas de fotos, este post sobre como guardar fotos durante e depois da viagem é para vocês.

 

Tem foto que você não vai querer perder por nada!

Se eu tivesse que viajar levando apenas três itens pessoais, certamente teria em mãos o passaporte (por razões óbvias), o celular para poder me comunicar e usar como GPS, e uma máquina fotográfica – item que dos três acho que não dispenso em hipótese alguma. Pequena, média ou grande, sempre gosto de ter uma em mãos. Desde muito antes da re(e)volução trazida pela fotografia digital, não consigo imaginar quem consiga voltar de viagem sem algumas centenas, ou como no meu caso, milhares, de fotos. Melhor dizendo até conheço sim.

Tem uma amiga que leva só com o celular e se satisfaz em tirar quando muito uma dúzia de fotos. Não consigo! A vontade de registrar é maior. Rssss 

 

A primeira coisa a considerar é que para muitos, como eu, as fotos são, depois das lembranças da memória, o item de viagem mais importante. Elas contam a aventura, os momentos felizes (e às vezes os perrengues), as paisagens incríveis e outras tantas coisas que queremos guardar para sempre. 

 

Neste contexto, certamente você não vai querer perder este bem precioso, vai? 

 

Dias destes uma amiga contou que perdeu muitas das suas fotos de viagem, inclusive a maior parte dos registros da sua Lua de Mel. Partiu o coração, literalmente e principalmente porque ela curte muito foto.

As fotos retratam momentos únicos que não voltam (Cuba).

O segundo ponto é o tamanho que estes arquivos ocupam. Só para dar uma ideia, uma única foto tirada em qualidade alta (recomendável até mesmo porque eventualmente você pode querer imprimi-la) em uma máquina com 18 megapixel consome em média uns 6 Mb. Multiplique isto por 1.000, o que acho um número beeeem modesto. São fácil 6 Gigas (Gb) só de fotos. Quer filmes também? Mísero 1 minuto de filme em full hd (já que com as TVs de hoje não compensa economizar) são 300 Mb. Logo, grave modestos 60 minutos e terá 18Gb.

 

Perceberam como hoje um cartão de 16Gb (padrão do mercado), não é quase nada para quem faz uma viagem mais longa ou tem um dedo mais “nervoso” no obturador? 

 

Dias destes, realizando uma das rotinas de back-up o sistema informou que eu tinha para copiar “só” 135mil fotos de viagem, fora os vídeos. Na média, gasto aproximadamente 60/70Gb por viagem. 

 

Tiro disso duas conclusões: que para proteger estas preciosas memórias é preciso ter cuidado, ser sistemático; e que isso ocupa espaço, que consequentemente custa dinheiro. 

 

Vou separar as minhas dicas em duas situações: durante a viagem e depois da viagem.

 

Durante a viagem.

 

Lá nos primórdios da fotografia digital, com a minha primeira point and shot (ou câmera compacta) da Canon com míseros 5 megapixels, fiz uma viagem de 15 dias para a Ásia.

 

Com não mais que meia dúzia de cartões de memória de baixa capacidade se comparados aos atuais (o maior era de 512Mb!) e um receio enorme que eles fossem danificados nas máquinas de raio-x dos aeroportos (o que não acontece mais hoje), todo dia durante à noite repetia um ritual maluco que consistia em transferir as fotos para um Ipaq (primo do PalmTop feito pela HP) para liberar espaço nos cartões. Ah e a cópia era manual, já que não existia programa de back-up na época. 

 

Mesmo assim voltei de viagem com umas 2 mil fotos com boa resolução. Um feito para a época. 

 

Vejam que era um tempo em que cartão de memória custava uma fortuna; levar notebook nas viagens era o mesmo que carregar uma bigorna; e nuvem era só aquilo branco no céu. 

 

Passados mais de dez anos e com tantos recursos não disponíveis à época, vejo basicamente quatro opções para guardar as fotos durante a viagem:

 

1- Deixar as fotos nos próprios cartões de memória;

2- Fazer up-load para algum serviço de nuvem;

3- Descarregar e guardar as fotos em um notebook;

4- Guardar em um HD externo portátil.

 

Particularmente a primeira opção não me agrada. Já li alguns relatos de gente que perdeu ou teve o equipamento fotográfico roubado durante a viagem. Sou da opinião que uma máquina perdida/roubada pode te deixar chateado por um tempo, mais precisamente até você comprar outra, já perder as fotos vão te deixar p#%@ da vida para sempre, afinal não tem volta.

 

Andar com uma pilha enormes de cartões pode ser uma ideia, mas você precisa ser muito organizado e eventualmente ter muitos deles.

Sabe aquela paisagem que você não quer esquecer? As fotos ajudam a relembrar. (Suíça)

Fazer upload para a nuvem demanda você ter duas coisas à mão: um notebook, coisa que muita gente não gosta de levar; e uma boa conexão de internet no hotel. O primeiro problema até que é fácil de resolver, basta carregar um notebook ou um tablete na mala. Já o segundo depende de uma infraestrutura que nem sempre é favorável. Poucos hotéis têm uma internet confiável e realmente rápida. Fora que muito provavelmente você precise de horas para fazer o upload de tudo.

 

Antigamente eu costumava descarregar as fotos em um notebook, mas isto também apresentava um risco semelhante ao da câmera que disse acima. O trabalho de levar o notebook eu nem questiono, já que por conta do blog uso ele para já ir trabalhando nos textos. 

 

O que considero a melhor opção é salvar as fotos em um HD externo portátil. Com capacidades que vão de 500Gb à 2Tb (terabites) os preços destes dispositivos estão caindo cada vez mais. Na BestBuy por exemplo você encontra excelentes modelos a partir de US$60. Alguns mais caros são inclusive wi-fi, ou seja, você pode transferir as fotos direto da câmera para ele sem utilizar um computador.

 

Precisa ver como ficaram as fotos e não tem um notebook? Muitas televisões têm entrada USB e portanto dá para ligar estes HDs nelas – só verifique qual o tipo de formatação que é mais aceito para este procedimento.

 

A vantagem deste tipo de dispositivo é que ele é extremamente portátil, praticamente do tamanho de um celular, conectam-se facilmente em qualquer computador (você pode até mesmo utilizar o do saguão do hotel ou office center desde que tomadas algumas precauções quanto a vírus), e são muito confiáveis.

 

Atualmente utilizo um Toshiba com 500Gb que serve tanto para guardar as fotos durante a viagem como também alguns documentos importantes como passagens, reservas e etc, sobrando ainda espaço suficiente para algumas músicas e filmes para curtir nos voos (coisa essencial para quem viaja com crianças).

 

Depois da viagem.

 

Já em casa e com mais recursos, o leque de opções é maior. Antigamente tinha por hábito gravar as fotos em DVDs, mas como o volume foi ficando muito grande e muitos artigos já apontavam para o fato de que a vida útil deste formato de mídia não é tão grande quanto gostaríamos, por melhor que seja a marca do DVD virgem, fui aos poucos descartando.

 

Guardar em cartões de memória não me parece uma boa ideia, já que o objetivo deles é ser reaproveitável para a próxima viagem. Fora que imagina o inconveniente que seria você ficar procurando as fotos nos cartões de memória toda vez que quiser revê-las. 

 

Imprimir? Dizem os especialistas que esta é a melhor forma de guardar fotos, principalmente se você buscar uma impressão de qualidade e seguir à risca as regras de conservação.

Arsenal de HD’s.

Lá em casa, até mesmo pela quantidade absurda de fotos nem cogito. O que a gente faz é imprimir algumas mais legais para colocar em porta-retratos pela casa.

Tem gente que gosta de fazer álbuns. Também acho legal, mas certamente você acabará limitado a um certo número de fotos. E as demais? O que fazer? Guardar no computador considero a pior das hipóteses. Vírus, formatação acidental, ou falhar mecânicas acontecem. Eu mesmo já fui vítima de uma falha mecânica em um HD daqueles comuns (internos). Perdi literalmente e definitivamente tudo: arquivos importantes, músicas, trabalhos, e fotos de viagem é claro!

 

E a nuvem? Gosto muito do conceito sim. Mas ainda sou um pouco cético quanto à segurança e disponibilidade do serviço. Será que estará mesmo seguro contra invasões e perdas? Se estiver sem internet, fico sem os arquivos. Considerando a qualidade da internet no Brasil… ainda não dá!

 

Some ainda o tempo x velocidade que demanda para enviar para a nuvem os arquivos. Recentemente fiz um álbum com todas aquelas trocentas fotos de viagem no Flickr em tamanho reduzida para o #PicOfTheDay que vocês acompanham no Instagram.

 

Foram dias e mais dias de upload até subir tudo para a nuvem. Há ainda o custo. Os serviços de melhor qualidade e segurança têm um custo periódico considerável. Na quantidade de fotos que tenho e considerando o serviço de internet, por ora, descarto. 

 

Depois deste evento da perda dos arquivos / fotos por falha mecânica, fiquei meio que radical quanto à guarda e back-up de arquivos e em especial das fotos de viagem. Passei a utilizar o conceito de replicar. Hoje, tenho as fotos originais e sem retoques guardadas em um HD externo e as fotos já tratadas e portanto prontas para eventuais publicações em outro. Tudo isso, replicado.

 

Explico. Mantenho uma cópia de tudo em casa e outra em outro local distinto, e de tempos em tempos rodo um programa de back-up para espelhar tudo.

My Cloud, uma boa opção para quem quer mobilidade.

Recentemente somei ao arsenal de HDs externas uma unidade da linha MyCloud da Western Digital. O grande diferencial deste sistema é permitir que você acesse remotamente qualquer arquivo que está nela, seja via app seja por um notebook; sempre com um alto nível de segurança. 

 

Ou seja, mesmo estando do outro lado do mundo, posso não só acessar os arquivos como também e principalmente fazer upload das fotos das máquinas ou do celular diretamente para esta HD. Recomendo o investimento se você curte tecnologia. 

 

Enfim, o post acabou ficando um pouco mais longo do que gostaria, mas acho que deu para dar um bom panorama das opções de armazenamento e back-up de fotos de viagem. 

E vocês, como guardam suas fotos de viagem?

 

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3 comentários

Passagem para o mundo! 4 de dezembro de 2017 at 23:14

Diogo, fiquei em dúvida sobre como você faz durante as viagens para ir armazenando suas fotos. Durante um bom tempo, eu carreguei um notebook onde eu descarregava os videos da gopro, dos celulares, da camera profissional. Aí, na primeira oportunidade de wifi, eu jogava tudo na nuvem. Só que queria começar a viajar sem o notebook que é um trambolho sem fim. Pensei em levar um tablet com um HD externo e seguir jogando na nuvem, mas não consigo conectar os dois. Como você faz?

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Diogo Ávila 4 de dezembro de 2017 at 23:29

Oi, por conta do blog, acabo viajando com um MacBook Air que tem a espessura um pouco maior que um tablet, ou até menos.
Mas estou pensando em levar apenas um pequeno tablet em viagens mais curtas. Neste caso consegui um adaptador que serve nele e na HD. Assim posso passar as fotos do cartão para ele e subir para a nuvem ou mandar para a HD. É uma boa alternativa.

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Leonardo Belmonte 28 de maio de 2017 at 16:44

Tenho uma conta no flickr, para onde sempre subo as fotos após as viagens. Além disso, faço backup em um HD externo.
Durante a viagem, infelizmente, deixo as fotos no cartão de memória.

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