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Istambul: um pé no oriente outro no ocidente

Istambul. No detalhe o Chifre de Ouro.

Várias cidades têm mais de mil anos de história, mas nenhuma tem o que Istambul tem.

Todavia, algumas pouquíssimas fazem parte do seleto grupo que, assim como Roma, Atenas e Jerusalém, conseguiram, pelas mais diversas razões, preservar aos olhos dos visitantes, a sua herança histórica.

Se preservar mais de mil anos de história já é um feito, imagina então a proeza de combinar duas culturas tão distantes, naqueles tempos remotos. Pois é, Istambul, fundada em 667 a.C., conseguiu para deleite dos turistas unir a modernidade do ocidente com os costumes do oriente e as tradições islâmicas. Uma receita de sucesso sob o ponto de vista turístico como nenhum outro destino!

Entre uma mesquita e outra, Istambul respira história.

E é nesta mistura tão fascinante que reside o grande encanto que traz à Istambul hordas de turistas vindos do mundo inteiro.


Visualizar Cumbicão – Turquia em um mapa maior

Istambul é a mais conhecida e populosa cidade da Turquia, com 803 mil habitantes (e um total de 13 milhões na área metropolitana) é a cidade mais populosa da Europa. Sim, Istambul é considerada para fins geográficos como uma cidade européia, embora 95% de sua população more no lado asiático. Vai entender…

A ponte que divide Ásia e Europa em Istambul.

Interessante notar que quase a totalidade das atrações está do lado europeu da cidade, os turistas dificilmente visitam o lado asiático de Istambul. Uma boa oportunidade para tanto é fazer o passeio de barco pelo Estreito de Bósforo, justamente aquele que divide os dois continentes. Mas isto será objeto de um post específico mais à diante.

A parte onde a maioria das atrações está localizada é chamada de Chifre de Ouro, cujo nome decorre do seu formato e da lenda de que, quando da conquista otomana, os bizantinos jogaram tantos pertences valiosos no mar, que ele até brilhava. Lendas urbanas turkish mode ON

Oposto ao Chifre de Ouro, está a região de Gálata, com outras interessantes atrações.

Com era de se esperar, a maioria da população é muçulmana, mas existem sim consideráveis parcelas de judeus e cristãos na região; tanto que Istambul continua sendo o centro espiritual da Igreja Ortodoxa Grega, com 200 mil fiéis ali residindo.

Mulheres muçulmanas no centro de Istambul.

Anteriormente chamada de Constantinopla, esta cidade histórica já foi o centro do Império Bizantino que atingiu o seu auge com Justiniano (527-65), e ia do norte da África até o sul da Espanha. Em 1200 era a cidade mais rica do cristianismo. Além da Santa Sofia, a cidade contou com outras grandes construções deste período, como o Hipódromo, um aqueduto e diversos palácios.

A importância de Istambul na história é tamanha, que a sua tomada pelos muçulmanos em 1453, quando então se chamava, Constantinopla, marcou o fim de uma era, o fim da Idade Média.

Prefeitura de Istambul.

Aliás, a cidade que já foi chamada de Bizâncio até 330 d.C., e posteriormente Constantinopla, só passou a chamar oficialmente Istambul a partir de 1930.

Praças com fontes
E ruas arborizadas ajudam a aplacar o calor turco.

Onde ficar? Como dissemos anteriormente, Istambul tem uma grande quantidade de hotéis e os preços acessíveis aumentam consideravelmente a quantidade de, digamos assim, candidatos à sua estadia. Para que você não se perca neste mar de hotéis, sugiro que você concentre suas buscas na região do Chifre de Ouro, isto é, nos bairros de Eminonu, Sirkeci, Cağaloğlu e Sultanahmet.

Fora disto, é fria. Você gastará muito tempo e dinheiro com deslocamento até as principais atrações.

Veja a nossa sugestão de hotel nós escolhemos o Hotel Erboy.

Mas quantos dias são necessários para visitar a cidade? À parte a clássica resposta: Depende; acredito que em 3 ou 4 dias, conforme o seu ritmo de viagem, seja sim possível visitar os principais pontos turísticos de Istambul. Nós acabamos passando 4 dias na cidade e não faltou atividade para fazer – se tivéssemos mais dias, certamente teríamos mais o que fazer!

Se tem algo que é constante nas ruas de Istambul são os gatos, como este na sarjeta … liquidado!
Ah estes turistas que importunam o meu sono!!!

Sempre úteis, os postos de informação turística estão no aeroporto (este funcionando 24h); ou em Sultanahmet, na Divan Yolu, 3; na praça Beyazit; na estação de trem de Sirkeci; e por fim na região de Beyoglu, dentro do Istambul Hilton que fica na Cumhuriyet Caddesi – estes postos localizados na cidade funcionam das 9h00 às 15h00 de segunda a sábado.

Praticamente todas as atrações têm placas com indicações, o que facilita muito andar pela cidade.

Locomover-se pela cidade é relativamente fácil. O fato da maioria das atrações estar no chamado Cifre de Ouro, possibilita ao turista simplesmente caminhar entre elas. Para os pontos mais distantes, o transporte público é bastante eficiente.

Tivemos oportunidade de utilizar tanto o metrô quanto os charmosos bondes – estes com mais linhas é verdade. Confira aqui o mapa completo do sistema.

Bonde, por mim a melhor opção para deslocamentos mais longos.

A passagem (jeton) deve ser comprada antes de embarcar em máquinas (Jetonmatik) como a da foto abaixo, e resumidamente funciona assim: você seleciona quantas passagens quer; insere suas notas e/ou moedas de lira turca; e ela lhe dá algumas moedas de plástico, que você utilizará como passagem. Simples assim. Alguns estabelecimentos comerciais, como bancas de jornal ou às vezes até vendedores ambulantes de suco e etc., também vendem jetons.

A máquina que vende as passagens.
E as passagens propriamente ditas.

Custo? 3TL, algo como R$ 3,38, o que é bastante razoável. Um detalhe importante é que, semelhantemente a sistema utilizado, por exemplo em São Paulo, você paga uma tarifa única, pouco importando em que estação vá descer. 

Para quem for usar bastante, talvez compense adquirir um cartão pré-pago, no mesmo estilo que o Oyster de Londres. Nós, particularmente não usamos, mas deixo aqui um link explicativo a respeito deste cartão.

A “estação” do bonde.

No próximo post, as atrações de Istambul!

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