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Camboja: O que você precisa saber sobre este destino de viagem incrível

Camboja foi o nosso último destino na viagem pelo Sudeste Asiático, que também teve Maldivas, Vietnã e Laos. Se você nunca pensou em viajar nas suas férias para este país do outro lado do mundo, acho que esta pode ser uma excelente oportunidade para rever seus conceitos. Especialmente se você gosta de história e cultura, este é um destino perfeito.

Só para dar uma ideia do sucesso do Camboja como destino turístico, segundo dados da Organização Mundial de Turismo, o país recebeu em 2015 algo como 5 milhões de turistas – nós, pouco mais de 6 milhões. E olha que estamos falando de um lugar que, se considerarmos as Américas e Europa que são grandes “exportadores de turistas”, está do outro lado do mundo, e nem de longe tem as nossas belezas naturais.

O Camboja, e principalmente Siem Reap, figura ao lado da Tailândia como um grande destino turístico no Sudeste Asiático, atraindo desde a década de 90 muitos mochileiros e viajantes interessados no aspecto histórico e cultural do país.

E o imã para tudo isso atende pelo nome de Angkor Wat.

Poderíamos dizer que o Camboja é muito mais que os templos de Angkor, que Siem Reap tem milhares de coisas a fazer-se além de Angkor. Mas não tem como, sem nenhum demérito, até mesmo porque é uma das principais atrações do Sudeste Asiático, Angkor é um imã de turistas para o Camboja. Do tipo que faz milhares de turistas cruzarem o planeta. Realmente, o templo merece estar estampado na bandeira do Camboja. Falaremos sobre ele em detalhes num próximo post.

Uma visita ao Camboja desperta sensações bem diferentes. De um lado você fica fascinado com a riqueza histórica e cultural de um lugar que aos nossos olhos parece ainda tão exótico. Mas do outro fica entristecido pela pobreza que se vê pelas ruas.

Uma riqueza histórica e cultural incomparável.
E ainda muita gente vivendo em condições precárias marcam uma viagem ao Camboja.

Já aviso aos viajantes: nas empoeiradas ruas de Siem Reap você vai topar como uma grande quantidade de crianças a todo momento tentando de vender coisas ou simplesmente pedindo “one dolar”. Esta talvez seja a frase que você mais vá ouvir durante a viagem. Dar dinheiro ali na hora ou ajudar via instituições sérias é uma decisão pessoal, avalie.

Crianças pelas ruas vendendo de tudo.

Como disse, uma das coisas mais interessantes a respeito do Camboja é a sua história. Em linhas bem gerais ela pode  ser sintetizada naquela expressão “the good, the bad, and the ugly”, no sentido de que tudo que é ruim pode sim ser piorado.

Normalmente, após um determinado período de guerra vem sempre um período de relativa tranquilidade e a reconstrução de uma nação. Mas não no Camboja.

O motivo disto está no fato de que a história mais recente do Camboja foi uma sucessão de desgraças, a começar pela Guerra do Vietnã. Ok, a guerra foi no país vizinho, mas assim como o Laos, o Camboja também foi duramente afetado pelo conflito armado no Vietnã. Mas por que eles entraram na Guerra do Vietnã?

Resquícios da Guerra do Vietnã.

Bem, a certa altura do conflito no país vizinho o governante do Camboja à época achou que os EUA estariam conspirando contra si e resolveu alinhar-se aos vietcongues (vietnamitas do norte e alinhados à antiga URSS). A partir dai ele passou a permitir que os vizinhos utilizassem o território do Camboja como base para ataques dos vietcongues contra as posições dos EUA no Vietnã.

Estava aceso o estopim. E durante 4 anos (1969/1973) seguidos os EUA bombardearam o território do Camboja – dizem que lá foram jogadas mais bombas do que em toda a Segunda Guerra Mundial por ambos os lados. E mesmo passados tantos antos, assim como nos outros países da região, eles ainda sofrem com minas e bombas perdidas na selva e que podem explodir a qualquer momento.

Ainda hoje, em áreas mais remotas, as minas são um grande problema.

Mas como tudo o que está ruim ainda pode piorar…

Finda a Guerra do Vietnã, instalou-se sangrenta guerra civil que resultou no regime do Khmer Vermelho. Vigente entre 1975 e 1979 foi um dos regimes ditatoriais mais sanguinários que já se teve conhecimento na história mundial. As práticas do regime mataram centenas de milhares de cambojanos, executando dissidentes aos montes e levando a população à uma miséria ímpar. Só para você ter uma ideia, estima-se que algo entre 1 e 3 milhões de pessoas tenham sido mortas neste período, sendo a maioria por conta das execuções em massa.

O objetivo do regime comunista do Khmer Vermelho era transformar o Camboja em uma cooperativa agrícola na qual as pessoas eram obrigadas a trabalhar de 12 a 15 horas por dia como escravos. O que ganhavam em troca? Duas tigelas de arroz por dia. É mole?

Meio que em uma versão do século XX da inquisição, o governo resolveu fechar todas as escolas e queimar todos os livros que fossem encontrados. Há relatos inclusive de assassinatos de pessoas que usavam óculos pelo simples fato de que pareciam mais inteligente. A ideia do governo era abolir toda e qualquer manifestação cultural ou tentativa de educar o povo. Claro que em tons bem menos cruéis esta tentativa de dominar ignorantes já foi empregada em outros lugares e tempos.

A Pub Street de Siem Reap com bares, lojas e restaurantes fariam o Khmer Vermelho ficar roxo de raiva. 🙂

A moeda circulação de moeda foi abolida e as fronteiras fechadas. O nome do líder do regime, Pol Pot (depois, condenado à morte por seus atos) é até hoje sinônimo de horror e boa parte dos cambojanos só acreditaram na sua morte em 1998 depois de ver o corpo. Quem quiser saber um pouco mais confira este vídeo.

Ainda hoje o assunto é meio que um tabu no Camboja e muitas pessoas nem gostam de conversar sobre isso, pois ainda que de forma velada, há uma considerável influência do antigo regime na política atual. Aos olhos da mídia internacional, os responsáveis pelo regime estão sendo julgados pelos crimes de genocídio que praticaram, mas existem denúncias de que os julgamentos não são lá muito imparciais. Se quiser aprender um pouco mais, viste este site que traz muita informação a respeito.

Mas e o período good? Bem esta é evidentemente a parte positiva e que os cambojanos querem cada vez mais mostrar ao mundo. Afinal são os resquícios dela que trazem tantos turistas ao país. Estou falando do período Império Khmer (não confundir com o Rouge/Vermelho que falamos acima, hein!) que dominou toda a região entre os séculos IX e XV, deixando ao mundo a incrível Angkor da qual falaremos em detalhes num outro post.

E foi justamente o Império Khmer o responsável pela construção de Angkor Wat.

Andando pelas ruas das cidades vocês notarão que muitas construções têm um ar francês. O motivo disso é que entre mais ou menos 1860 e o final da Segunda Guerra Mundial o Camboja esteve sob o domínio da França até 1953.

Politicamente, o Camboja é uma Monarquia Parlamentarista Unitária com um partido único, o Cambodian People’s Party (CPP). Tal partido comunista assumiu o poder com a queda do Khmer Vermelho em 1979, e assim seguem mesmo com o retorno da família real na década de 90.

Com pouco mais de 15 milhões de habitantes, a população do Camboja é bastante receptiva aos turistas. Sempre sorridentes e com uma simpatia genuína, este povo que tanto sofreu com a Guerra do Vietnã e depois com o violento Khmer vermelho recebe os turistas como em poucos lugares costumamos ver.

Pelas estradas do Camboja nota-se que trata-se de um país essencialmente agrário.

Embora as pessoas tendem a ser receptivas, se você por acaso tiver que discutir com um cambojano, a exemplo do vietnamita, jamais grite ou suba o tom de voz. Diferentemente de nós latinos, isto não ajuda em nada a resolver a situação (se é que para nós resolve de fato!?!?). Agir assim com eles só fará a situação pior porque eles vão literalmente te ignorar.

Como adiantei acima, infelizmente as condições sociais não são das melhores. A renda média é de US$140 mensais e a expectativa de vida é de apenas 65 anos de idade, o que reflete o índice de desenvolvimento humano relativamente baixo do Camboja: 0,563 (143.º) – médio.

Pelas ruas talvez você note a quantidade de mulheres de todas as idades, jovens e crianças (40% da população local tem menos de 16 anos). Embora menos visível do que nos anos 80, por exemplo, a menor proporção de homens na casa dos 40/50 anos ainda é perceptível. O motivo disso? O massacre provocado pelo Khmer Vermelho que literalmente mirava homens ao invés das mulheres.

Para aprender: semelhantemente a outros destinos da região as pessoas se cumprimentam juntando as palmas das mãos e trazendo perto do rosto como se fossem rezar, e inclinando-se ao mesmo tempo. É o tal sompiah (na Tailândia chamam de wai). Talvez você note que algumas pessoas levantam mais as mãos e inclinam mais: quanto mais alta a mão e mais inclinado, maior o sinal de respeito. Comece praticando já na imigração!

A maioria da população segue a religião budista, mas é um budismo diferente daquele que é praticado no Japão, por exemplo. No Camboja, o budismo chegou juntamente com o hinduísmo e foi fortemente influenciado por este, gerando o que lá eles chamam de Theravada Buddhism. Isto explicará algumas das figuras de divindades como por exemplo Shiva que vocês encontrarão em muitos templos.

Não deixe de visitar os templos budistas em Siem Reap, por exemplo.

A crença é baseada na prática do bem com vistas a ter um bom karma e atingir mais rapidamente o último estágio da reencarnação. Ah e eles não enterram seus mortos. São todos cremados e as cinzas guardadas nas stupas existentes nos templos.

Uma stupa para você ver como é.

Da mesma forma que vimos no Laos, é comum e até mesmo esperado que em certa etapa da vida os homens (normalmente antes dos 20 anos) passem um período vivendo como monges; o que explica a grande quantidade de monges com aquelas típicas vestes laranjas que vocês verão pelas ruas.

Monge abençoando turista em Angkor Wat.

Uma curiosidade infeliz é que nos tempos do Khmer Vermelho, muitos monges foram mortos e mais de 3 mil templos foram danificados ou destruídos.

Para visitar os templos, vale aquelas regrinhas que sempre falo ao tratar de destinos no Sudeste Asiático: remova os sapatos (e bonés) para entrar no templo e cubra os joelhos e ombros – leitoras, uma canga ou pashimina nestas horas é essencial. Como a maioria dos templos não cobra pela entrada, considere sempre deixar uma pequena doação como gesto de cordialidade – às vezes o que para você é pouco, para eles é muito.

Ah e já ia esquecendo, jamais (especialmente as leitoras) toque um monge ou na sua roupa, muito menos na cabeça – neste caso nem do monge, nem de ninguém, pois isto para eles é uma forma de desrespeito.

idioma oficial local é o khmer, se não bastasse ele ser absolutamente incompreensível aos nossos ouvidos, a escrita também é bastante diferente da nossa. Mas não se preocupe pois nas áreas mais turísticas, tudo está escrito em inglês e parte considerável da população fala bem inglês. Se você fala francês também deverá ter alguma facilidade pois o idioma também é ensinado nas escolas cambojanas.

É nestas horas que você percebe a importância de um logo universal 🙂

Como aprender um pouco da língua local não custa nada, vai aí uma listinha de khmer para você aprender:

Hello: jum-reap soo-a (logo de cara já complicou!).

How Are You:tau neak sok sapbaiy jea teh?

Good Morning: arun suor sdei

Good Afternoon: tiveah suor sdei

Good Evening: sa-yoanh suor sdei

Good Night: reah-trey suor sdei

Yes: baat

No: dteh

Please: sohm mehta

Thank You: or-goon

Excuse Me: sohm dtoh

Goodbye: joom-reap leah

I don’t understand: k’nyom men yoo-ul the (pelo visto muito útil!)

Programe a sua viagem

Então para te ajudar a programar a sua viagem para o Camboja, vamos às questões práticas.

Quanto tempo? 

Depende muito do seu interesse e itinerário. Mas para quem pretende conhecer o básico e visitar apenas Siem Reap, eu sugiro no mínimo uns 3 a 4 dias para conhecer bem a cidade e os templos nos arredores. Já para quem quer passear pela capital Phnom Penh, ai pode separar uma quantidade maior de dias.

Se a ideia for conhecer apenas Angkor Wat, alguns dias em Siem Reap bastam.

Quando viajar ao Camboja 

A alta temporada vai de novembro a março com uma procura ainda maior durante a semana entre Natal e Ano Novo. Já a baixa temporada vai de abril a junho e depois de setembro a outubro – julho é um mês de média procura.

O Camboja segue a mesma linha dos demais países da região quanto ao clima. O inverno é ameno e mais seco e o verão, fortemente influenciado pelas monções, tende a ser bem úmido e super quente.

Confira as médias para Siem Reap:

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Máx 31 33 34 35 34 33 32 32 31 31 31 30
Méd 26 27 29 30 29 29 28 28 28 28 26 25
Mín 20 22 24 25 25 25 24 25 24 24 22 20
Chuva mm. 3 4 29 57 149 214 192 208 287 199 51 7
Dia de chuva 1 0 3 7 17 18 17 17 17 15 6 2

Por experiência própria de 3 viagens para a região durante o verão garanto: as temperaturas são altas, e a umidade do ar alta aumenta muito a sensação térmica. Mas e as chuvas? Olha por sorte, mesmo viajando no verão local, nunca peguei muita chuva na região.

Como chegar ao Camboja 

Por mais que o Camboja seja um destino interessantíssimo, não existem voos diretos para lá. A melhor alternativa é voar até pouco mais da metade do caminho por Dubai (Emirates) ou até Istambul (Turkish Airlines) e de lá para Siem Reap ou para a capital Phnon Phen. Há também voos via Europa, mas acho que são mais caros.

Muitas empresas aéreas regionais têm voos para lá.

Se você estiver vindo de outros destinos no Sudeste Asiático, chegar lá é moleza. Praticamente toda grande cidade da região (Bangkok, Ho Chi MinhSingapuraBali, Luang PrabangHong-Kong) tem voos diretos ou com fácil conexão para Siem Reap com preços excelentes – muitas vezes operados por empresas low-cost.

Como passamos apenas por Siem Reap, não precisamos fazer deslocamentos internos, mas pelo que pesquisei a respeito, as estradas são terríveis e o sistema de transporte terrestre praticamente impossível de ser utilizado por turistas. Assim, para por exemplo ir de Siem Reap para a capital, a melhor opção até pelo custo benefício é utilizar-se das empresas aéreas low-cost que operam no país.

Precisa de visto?

Sim, turistas brasileiros necessitam de visto para viajar para o Camboja e neste post eu conto como é fácil e descomplicado obter o visto de turismo para lá.

Ai é só colar o seu visto no passaporte.

As autoridades locais não exigem dos turistas a comprovação da contratação de um seguro viagem como requisito de imigração. Mas tão longe assim de casa e em um destino para lá de diferente, nem sonharia em embarcar sem um seguro viagem. Nós aqui em casa utilizamos a Real Seguro Viagem, parceira do blog. Vocês podem contratá-la diretamente no banner ao lado.

Não existe embaixada do Brasil no Camboja. Todos os assuntos típicos deste órgão devem ser encaminhados diretamente para a embaixada da Tailândia: Embaixada do Brasil em Bangkok 34 Floor, Lumpini Tower, 1168/101, Rama IV Road Thungmahamek – Sathorn 10120 – Bangkok – Thailand Tel: +662 679-8567 / 8568 e 285-6080 Fax: +662 679-8569 – http://bangkok.itamaraty.gov.brinfo@brazilembassy.or.th

Ok, você já decidiu quando ir, quanto tempo ficar e como chegar lá. Mas e aí, onde ficar? Como optamos por visitar apenas Siem Reap, e tínhamos 3 dias inteiros no Camboja, escolhemos um hotel super bacana e muito bem localizado, o Hotel Somadevi Angkor Boutique– o review completo dele vocês conferem aqui em breve.

Outras informações importantes

O Camboja tem um fuso horário 10 horas à frente em relação ao horário de Brasília.

moeda oficial do Camboja é o Riel (KHR), mas não estranhe se dólares forem aceitos em tudo quanto é canto, e como é perto da Tailândia, há também uma circulação regular de baht, a moeda tailandesa. A coisa é tão confusa que muitos lugares nem apresentam os preços em Riel, apenas em US$, e para piorar, se você pagar em US$, muito provavelmente o troco virá em Riel. Não víamos algo assim tão confuso desde a viagem para Cuba onde há algo parecido.

Mas quando pagar em Riel e quando pagar em US$? Como nem sempre o câmbio é feito de uma forma justa no comércio em geral, prefira pagar em US$, especialmente coisas que têm preço tabelado na moeda norte-americana, como hotéis. Deixe o Riel para os gastos menores, e nem precisa sacar no ATM ou trocar na casa de câmbio já que terá alguns a partir do troco.

Riel, praticamente só para trocos.

O mais doido é que quanto mais dólares você gastar, mais Riel sobrará no seu bolso. Calma, não precisa se assustar e normalmente a maior parte do troco vem em US$, apenas os centavos em Riel. Exemplificando: pagando uma compra de US$6,70 com US$ 10, o normal é que você receba de troco US$3 e o restante (US$0,30) em Riel. Então é só controlar para não sair do país cheio de uma moeda que não servirá de nada fora dali.

Sei, ficou confuso né? Mas é assim mesmo. Coisas do Camboja.

Ruim tantas moedas circulando ao mesmo tempo? Pensa bem, nos tempos do Khmer Vermelho nem moeda existia!?!? Eles aboliram qualquer moeda e explodiram o banco central!

O câmbio do riel para o real é bem favorável:

KHR 1 = R$ 0,00080 ou R$ 1 = KHR 1.229,28

KHR 1 = US$ 0,00024 ou US$ 1 = KHR 4.070

Cartões de crédito são aceitos em praticamente todos os lugares e encontrar um ATM é coisa fácil se você estiver em cidades turísticas. Para maiores detalhes sobre sacar moeda local diretamente da conta corrente vide post sobre cartões de débito no exterior.

E como lá dólares circulam como se fossem moeda local, alguns ATMs oferecem inclusive a opção de saques em US$. Isto eu nunca havia visto, fora dos EUA, é claro! As principais redes que operam lá são ANZ Royal Bank; Canadia Bank; e ABA Bank que não cobra taxa por saques.

Tanto pelo valor cambial bem baixo do riel perante o real, quanto pelo custo das coisas em si, uma viagem para o Camboja tem um excelente custo benefício e demanda um baixo orçamento de viagem. Por mais que você gaste bastante com a passagem até lá, os demais itens como hospedagem, alimentação, transporte e passeio têm um custo super vantajoso.

Comida e bebida, por exemplo, tem um custo excelente no Camboja.

No geral o Camboja pode ser considerado um destino de viagem seguro. Bastando seguir as precauções que você teria aqui, não deve ter maiores problemas. O maior risco são os batedores de carteiras e em alguns lugares, principalmente na capital Phnon Phen os moto-boys que passam pelas pessoas tomando as bolsas e câmeras – evite andar com isso pendurado no pescoço sem necessidade e prefira mochilas.

Acho pouco provável que você se embrenhe pela mata ou transite por lugares estranhos, mas vale citar que um dos maiores riscos no Camboja são as minas terrestres e outros artefatos explosivos que ficaram como uma triste herança da Guerra do Vietnã. Não ande no meio da mata ou por trilhas que não estejam bem sinalizadas, muito menos toque em nada que se assemelhe a um artefato explosivo. Nos locais mais turísticos, não tem risco algum.

Pequenos golpes podem existir, como te levar para uma loja que não é boa ou para um passeio que é uma furada. Assim, evite que o seu taxista ou motorista de tuk-tuk te leve para onde você não pediu. Nada de mais, é mais pela perda de tempo. No próximo post vou indicar um super guia para a sua viagem por lá: o Alex!!!

Já adianto: viajar para o Camboja por conta é moleza, conhecer Angkor Wat sem um bom guia é fria.

Outra coisa que li é que às vezes pedintes pedem para você comprar fórmulas de leite para crianças. Mesmo que você não dê o dinheiro e entregue a lata, muitos vão às lojas e trocam por dinheiro dividindo o lucro com a loja (!?!?). De uma certa forma vimos isto em Cuba e por mais que a gente se sensibilize, não cai mais nestas.

Um risco que de fato existe no Camboja são doenças que vira-e-mexe são também manchete no Brasil, como por exemplo a dengue. Sim, isso mesmo, junto com a Febre Amarela e Malária, estes são dois riscos aos quais você deve estar atento principalmente após a estação das chuvas. Mas não se desespere, um bom repelente de mosquitos resolve, lembrando que já mencionei nos posts dos destinos anteriores como isto é importante na região.

Outra coisa que você precisa atentar é para não tomar água da torneira. Não dá!

A turma come umas coisa estranhas lá!

Mesmo não sendo algo comum no Camboja, dar gorjeta é algo que você pode considerar especialmente para os serviços que mais gostar. Lembre-se: estamos falando de um destino bastante pobre, e qualquer valor que para você não vai fazer diferença pode ser muito significativo para os cambojanos.

Por outro lado, resista aos pedidos de “one dolar” que as crianças fazem pelas ruas. Neste ponto a coisa é mais ou menos como no Brasil, ao invés de estarem na escola, vão para as ruas pedir esmola. Se quiser ajudar de verdade ofereça comida ou doe para alguma instituição reconhecidamente séria. A insistência é tão grande que no night market vendem camisetas com os dizeres “no money”.

Talvez alguns de vocês estejam lendo este post e se perguntando se dá mesmo para viajar para o Camboja com criança. A pergunta exige algumas considerações. A resposta é sim! É verdade que são necessárias algumas adaptações. Não espere uma super infraestrutura, mas você encontrará sim os itens essenciais aos pequenos como fraldas, fórmulas e etc.. Os cambojanos recebem muito bem os pequenos viajantes – só são um pouco curiosos demais quanto a eles. Como existem acomodações de tudo quanto é tipo, de albergues a hotéis 5 estrelas, certamente você encontrará um que acomode bem a sua família por um preço super justo.

Camboja com crianças? Por que não?

O lado mais complicado é o fato de que não existem lá atividades voltadas para os pequenos viajantes. Logo, cabe aos pais utilizar a imaginação para entretê-los. De repente Angkor virará um castelo habitado por seres estranhos e por aí vai… Considere seriamente escolher um hotel com piscina, não só para você se refrescar do calor intenso, mas também para que os pequenos tenham um momento de diversão e gastem energia.

No Camboja você encontrará tomadas tanto no padrão europeu (plugs redondos) quanto norte-americano (pinos chatos). Uma zona 🙂 Então não esqueça de levar um adaptador para os seus eletrônicos brasileiros. Pelo menos a voltagem é única, 220v.

Quem acompanha os posts aqui no blog sabe que eu adoro um mapinha e visitar o posto de informações ao turista. O site oficial do governo do Camboja é bem simples e tem muito pouca informação. Siem Reap tem um bom site na internet (link aqui) e um escritório no interior do Royal Gardens.

E aí? Vai ficar parado feito estátua ou vai conhecer o Camboja?

De posse das informações e dicas gerais, no próximo post vamos à Angkor Wat, a atração mais famosa do Camboja.


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2 comentários

Ana Paula 11 de junho de 2021 at 13:02

Nós íamos para o Cambodja em 2020, mas então começou o apocalipse e nossos planos foram adiados…
Agora não vejo a hora de ir e enquanto isso vou pesquisando ainda mais sobre o país!
Obrigada pelo post cheio de dicas!

Responda
Diogo Avila 11 de junho de 2021 at 14:54

Ana, obrigado.
Vá sim, é muito legal.
Em breve estaremos todos explorando o mundo novamente.
Abraço.

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