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Japão – Minha primeira paixão!

Japão, um destino para curtir em detalhes.

Japão. Não importa o quanto se viaje por ai, você sempre terá os seus lugares favoritos, aqueles que marcaram mais,  aqueles pelos quais você tem um carinho especial.

A nossa curiosidade a respeito; uma busca pelas nossas origens; uma afinidade pelo idioma; uma predileção pela culinária local; e até mesmo o nosso estado de espírito durante uma viagem já feita são alguns dos motivos que podem influenciar esta preferência.Mas e se você tivesse viajado para um lugar ainda muito criança para lembrar das vivências? Seria possível criar a partir daí um gosto especial por um lugar?Este é o meu caso com o Japão! Foi assim, ouvindo meus pais contando as estórias interessantíssimas sobre tal destino, que ganhei gosto por aquele que foi o destino da minha primeira viagem internacional!Pois é, comecei cedo e indo longe!

Explico. Quando eu tinha um ano e pouco, meu pai foi convidado para trabalhar lá por 6 meses, e fomos todos morar em Yokohama. Imaginem vocês a fria que era morar lá naqueles tempos, na década de 19-e-deixa-pra-lá.

Nós, confraternizando com os amigos em data festiva.
Diante do nosso “apertamento” de 36m2 em Yokohama.

Até hoje ouço meus pais contando as aventuras daquela viagem. Perrengues e risadas à parte, tenho certeza que foi necessária muita coragem. Como cresci ouvindo os detalhes desta aventura, sempre fiquei com vontade de voltar. Ou seria vontade de ir, por não lembrar nada??? Enfim, uns 10 anos atrás meu pai nos disse: vamos voltar? Coitado, nem teve tempo de terminar a pergunta… e quase 25 anos depois da nossa primeira viagem, lá estávamos nós novamente. Foi uma das viagens mais especiais que já fiz. Revivendo, na medida do possível aquilo que eu não lembrava, vendo lugares que eu não recordava.

Japão
Caminho para o nos apê em Yokohama, 25 anos depois.Já USADA

Passados 10 anos, chegou uma nova oportunidade daquelas! Hora de levar a Sra. Cumbicona para conhecer o Japão. Aliás algo muito especial é apresentar um lugar querido já visitado para alguém. Se vocês nunca fizeram isto, experimentem!

Kiyomizu Dera.

Anotem ai… ainda volto daqui mais uns 10 anos para levar o Cumbiquinho que pior que eu, só “conheceu” o Japão na barriga da mãe. Acho que vou começar a fazer a poupança…Assim, tenho um carinho especial pelo Japão. Abstraindo um pouco questões pessoais, se me pedissem para descrever uma viagem ao Japão, eu reproduziria algo que li quando da minha segunda viagem àquele país. Embora a descrição do jornalista da revista de turismo tenha parecido num primeiro momento exagerada, ela fez todo o sentido ao desembarcar em Tóquio.Ele descrevia que viajar ao Japão é o mais perto que você pode chegar de viajar a outro planeta sem sair da Terra. Exagero? Sim. Poético? Sem dúvida.

Histórico
E modernidade estão separadas por poucas quadras.
Os avanços da miniaturização lado a lado…
…Com processos antiquíssimos como o de fazer doce de feijão.

O fato é que isto tem uma pitada de verdade, afinal depois de horas infindáveis de voo você chega lá mais zureta que não sei o que, sem saber se é de dia ou de noite, completamente desorientado no tempo e espaço. Olha para as placas e tenta ouvir as conversas ao redor e literalmente não entende nada, um completo analfabeto. E ainda por cima, tudo ao seu redor está anos à frente em termos de tecnologia, organização, educação… Embora o Japão esteja num fuso horário de 12 horas à frente do horário de Brasília, eles estão há anos luz em termos de desenvolvimento, principalmente social. 

Ainda que a afinidade entre Brasil e Japão seja grande, principalmente pelo tamanho e importância da comunidade japonesa no Brasil, as diferenças culturais são enormes. Prato cheio para quem, como eu, tem uma grande queda por destinos diferentes neste quesito.

Nippon Maru
O Nippon Maru, que entre várias missões, trouxe no século passado vários imigrantes japoneses para o Brasil.

Não sei se poderíamos qualificar o Japão como um destino exótico. Isto porque o país oferece uma gama de facilidades ao turista como poucos outros destinos, e vários aspectos da vida dos japoneses são relativamente bem conhecidos dos brasileiros. Entretanto, não dá para negar que trata-se de um destino bem diferente, e na minha humilde opinião, um dos mais interessantes que existe. Quer um bom choque cultural? Vá ao Japão! Você vai se surpreender. Positivamente, é claro!Só no mês de agosto passado, mais de 900 mil turistas visitaram o país. Eu fiz a minha parte! Entre janeiro e agosto do ano passado foram ao todo 6,86 milhões de turistas. Não dá para negar que trata-se de um número considerável.

A despeito da dificuldade relativa à distância, e língua, o Japão é um destino relativamente fácil ao turista. Isto porque como é de se esperar, tudo funciona perfeitamente bem; violência é algo que não existe; o povo é absurdamente educado; e o transporte público é um dos melhores do mundo.

Tanto dentro das cidades
Quanto em viagens mais longas, o transporte público dá um show à parte.

Culturalmente o Japão é riquíssimo e tem verdadeiros ícones que se espalharam pelo mundo. Só para citar alguns exemplos: mangá; origami; artes marciais como judô e caratê; a sua culinária (hummm); saquê; karaokê (socorro!!!); as máquinas de Pachinko (uma espécie de caça-níqueis legalizado em que o objetivo é fazer as bolinhas caírem em determinados orifícios); samurais e ninjas… opa, estes não existem mais desde os tempos feudais!

O paraíso para quem gosta de mangá.
Uma das várias lojas de Pachinco em Tóquio
Em que outro lugar o sanitário parece precisar de manual de instruções?
E as frutas são vendidas embrulhadas como presentes?

Me falem um outro lugar do mundo onde mulheres com maquiagem beeem diferente e etiqueta impecável sejam tão presentes. Sim, diferentemente dos guerreiros e espiões acima citados, gueixas ainda existem no Japão. Cabe aqui um esclarecimento. Diversamente do que alguns menos informados pensam, elas não são prostitutas de luxo ou algo do gênero. Na verdade elas têm uma função bem distinta. Muito estudadas em assuntos como artes, cultura e tradições japonesas, elas trabalham entretendo os clientes em cerimônias, como por exemplo a do chá.

Que outro país tem uma luta tão diferente e tradicional quanto o sumô? Além do sumô, outro esporte bastante popular é o baseball. Mas e o futebol? Desde 1991 eles tem desenvolvido bons resultados seja na popularização da J-League – a liga nacional deles – seja na seleção nacional que passou a ser um time respeitável nos últimos anos. E mais, anotem ai, em 2020, as Olimpíadas serão lá – preparem-se para o show!!!

Uma das primeiras seleções classificadas para Copa de 2014.
Depois de 1964, as Olimpíadas voltarão ao Japão.

Algumas curiosidades a respeito do Japão: nas ruas, vocês notarão que apesar da mão de direção ser como a nossa, o volante dos carros está do lado direito, como na Inglaterra.

Até na escada a mão é invertida.

Uma coisa muito interessante e à qual (infelizmente) não estamos acostumados a ver é a enorme quantidade de vending machines. Nelas vende-se literalmente de tudo. De sopas a guarda-chuvas, vale a pena parar para dar uma olhada nelas. Só em Tóquio são mais de 6 milhões delas. 

Uma típica vending cheia de bebidas diferentes.

Os japoneses têm um hábito bastante interessante que meus pais acabaram trazendo da nossa primeira viagem. Sempre que eles adentram às residências, eles tiram os sapatos (e algumas áreas dos templos também). Portanto, nada de meias furadas ok?

Nada de entrar de sapato.
Até nos provadores. Nada mais higiênico!!!

Apesar de toda modernidade, o Japão conserva intactas algumas tradições que fazem parte da imagem do país. Talvez este seja o grande trunfo do Japão como um destino de turismo interessantíssimo. Em nenhum outro destino o moderno e o tradicional se fundem tão bem. Para nós ocidentais, o idioma japonês (nihongo para eles) soa absolutamente estranho. Quem tem alguma noção, conseguirá quando muito pescar uma palavra ou outra. A única vantagem que vejo para aqueles que como eu são analfabetos no idioma, é o fato de não haver entonação, diferentemente do chinês no qual isto faz toda a diferença.

Ler a sorte assim fica impossível!
E a previsão do tempo então??? Saio de guarda-chuva ou guarda-sol???

Como sempre, recomendo aprender o básico, até como forma de demonstrar respeito e simpatia. Vá repetindo em voz alta (Kkkk):

Sim: Hai

Não: Iie

Obrigado: Arigato

Muito obrigado: Dômo arigatô gozaimasu

De nada: Douitashimashite

Por favor: Douzo

Desculpa: sumimasen, shitsurei shimasu Gomennasai!

 Me desculpe! (forma polida): Gomenkudasai

Oi: Kon-nichiwa

Bem-Vindo! (saudação ao cliente que entra): Irasshaimase!

Adeus: Sayounara

Bom dia: O hayou gozaimasu

Boa tarde (até as 6): Kon-nichiwa

Boa tarde: Konbanwa

Boa noite: Oyasuminasai

Pão: Pan

Água: Mizu

Cerveja: Biiru (muito importante para pedir a sua Sapporo)

Brinde: Kanpai Yatta!

Viva: Banzai! (esta a minha favorita)

O interessante é que japonês tem mais de um tipo de escrita: o Kanji, de origem chinesa, parece mais intrincado; o Hiragana; o Katakana; e o Rõmaji que nada mais é do que o alfabeto latino (este ao menos mais acessível para nós ocidentais!).

Fico imaginando alguém com uma letra horrível como a minha tendo que escrever em japonês…
Reparem na diferença entre as escritas da terceira e da quarta linhas. Diferentes, mas para nós a mesma dificuldade. Felizmente quase tudo está em Rõmaji, e o essencial em inglês.

      Na minha percepção, todo mundo entende perfeitamente inglês, mas na hora de falar… nem sempre dá certo. Mesmo com muita boa vontade e simpatia, algumas pessoas simplesmente têm vergonha de falar inglês. Resultado, às vezes você pergunta em inglês e eles respondem em japonês. Demos boas risadas comigo tentando dizer que eu não falava japonês. Kkkk

      Quando não, eles pensam alto em japonês, e depois te traduzem os “pensamentos” em inglês. Demais!

         Mas e o povo japonês?

Bem, sou suspeitíssimo para falar do Japão neste aspecto. Sou fã incondicional dos nativos, ou “Nihon” na língua local.  Tanto que nesta última viagem, de brincadeira, criamos o “verbete” Nihonlice para descrever algo que é feito quase que à beira da perfeição ou algo incrivelmente criativo. Aliás, acredito que estas qualidades, juntamente com o respeito que eles têm pelo próximo, são as que melhor refletem os japoneses.

Quer algo bem feito? Peça para um “Nihon” fazer!!! Os caras são tão metódicos e detalhistas que às vezes tinha a impressão sofriam de alguma espécie de TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Positivo, é claro! 

Tudo parece ser pensado e realizado para ser o mais perfeito possível. 

Uma obra não causa tantos transtornos quanto em outros lugares. Ninguém faz barulho em excesso. Todo mundo é discreto e educado. Não tem empurra-empurra nem no metrô lotado! Resumindo, para qualquer lado que você olhar, verá vários exemplos de civilidade e de como viver em sociedade de forma harmônica.

Fumar na rua? Nem sonhando.
No metrô, além do respeito absoluto aos assentos preferenciais, é proibido falar no celular. Não, ninguém ouve funk alto!!! Kkkkk
Os motoristas de táxi usam luxas brancas e as portas abrem e fecham automaticamente.

Aliás, acredito que esta noção de sociedade que eles têm, seja o maior pilar de todas as outras virtudes e conquistas dos japoneses. 

Para quem olha de fora os japoneses podem parecer frios ou distantes. Balela! 

Na minha opinião, eles são tímidos, discretos e deles. Nada mais. 

Eles se preocupam com o próximo sem demonstrar tanto quanto nós latinos por exemplo. Sabe aquela coisa de que mais vale fazer muito em silêncio do que fazer pouco alardeando por ai?

Só para dar um pequeno exemplo cotidiano e que vocês já devem ter visto na TV ou em fotos. É relativamente comum ver pessoas no metrô ou pelas ruas usando máscaras como aquelas de dentistas ou médicos, tapando a boca e nariz.

Tóquio
Pelas ruas de Tóquio é comum ver as pessoas usando máscaras.

Pois bem, eles não estão de piada nem com medo de contrair alguma doença mortal não. É costume dos japoneses utilizar estas máscaras sempre que estão gripados, justamente para não contaminar os demais usuários do metrô. 

Pois é! Isto é Japão e o próximo levado a sério.

Sempre volto de uma viagem com um saco de lições que poderíamos utilizar ou adaptar aqui. Não precisa sair por ai usando máscara não, mas dá para fazer outras tantas coisas em prol da coletividade. 

Em 2004 quando estávamos perdidos num parque, paramos um jovem casal para perguntar o caminho para um templo. Como eles acharam difícil explicar, resolveram simplesmente mudar o caminho deles para nos levar até a porta. É mole? Imagina se fosse aqui…

Resultado de um pedido de direção.
Quando eles não conseguem explicar, eles literalmente te desenham as instruções.

Uma coisa muito interessante é que ao adentrar em algumas lojas você ouvirá um sonoro Irasshaimase (seja bem vindo). Vou falar a verdade, a primeira vez que ouvi assustei, tamanha a empolgação dos vendedores. Você não está esperando e acaba ficando sem graça. Tudo bem, no segundo você já está sorrindo, se curvando e devolvendo com um Dômo arigatô gozaimasu (muito obrigado).

Embora eu acredite que todo lugar devesse ser assim, no Japão eles vão muito além dos bons hábitos e da educação, eles prezam pela descrição. Quer sentir-se fora d’ água, para não dizer mal?

Chegue falando alto, gesticulando, distribuindo apertos de mão e beijinhos. Pronto, você
conseguiu chamar a atenção, negativamente.
A Sra. Cumbicona tem uma teoria que até hoje não vi falhar. Viu uma oriental bem vestida, com tudo combinando de forma prática e chique? São grandes as chances de ser japonesa. Andando por lá, não dá para não reparar na elegância das japonesas.

Pena que não deu para fotografar de frente a chiquérrima japonesa.
Com um bom gosto, excelente poder aquisitivo e lojas assim, fica fácil!

E para provar que tudo é uma questão de atitude, lá algumas mulheres usam saias curtíssimas sem parecer vulgar. Coisas de Japão!Lá o cumprimento padrão é inclinar-se, não apertar as mãos (salvo se o nativo lhe estender primeiro). Deixe as estripulias para um happy-hour regado a karaokê (aiaiai!) – aliás, 75% dos japoneses declaram que ao menos uma vez por semana ficam bêbados nestas oportunidades. Haja saquê!

Nós mesmos vimos uma turma “pra-lá-de-Bagdá” na rua. Se já não dava para entendê-los sóbrios, imagina naquela situação! Aliás bêbado japonês é algo curioso, nem assim deixam a educação de lado nem os trajes formais. E melhor, ninguém volta dirigindo para casa.Vai entregar ou pegar algum papel? Sempre que possível, faça-o com as duas mãos. É sinal de respeito. Aliás, o dinheiro ou cartão de crédito nunca é dado na mão da pessoa, normalmente eles têm uma pequena bandeja para isto. Demora para acostumar.Os japoneses são assim, solícitos e educados, ainda que um tanto quanto reservados e formais para os nossos padrões.

Do absolutamente histórico…
Aos mangás vivos…
Se vê um pouco de tudo pelas ruas do Japão.

Uma coisa que pode parecer difícil de entender para nós aqui do outro lado do mundo é que com toda esta sociedade bem estruturada, o Japão tem uma das mais altas taxas de suicídio do mundo (em 2011 foram 30 mil). Por quê? Não sou nenhum especialista no assunto, mas andei lendo que um dos principais motivos é a excessiva cobrança que as pessoas fazem para si mesmas, principalmente os mais jovens, que tem vergonha de não atender às expectativas. Vai entender…Para quem tem uma noção de sociedade tão profunda, nada mais óbvio que o senso de preservação ambiental. 

Os japoneses são conhecidos não apenas por serem os anfitriões do mais famoso protocolo de não-poluição, mas também por respeitarem significativamente o meio ambiente. É verdade que eles ainda caçam baleias, tanto para servir como alimento como matéria-prima para cosméticos (juro que não entendi o motivo, se alguém souber me conta!). Mas a maior parte da população é contra este tipo de pesca.No verão, para economizar ar-condicionado, é comum eles divulgarem uma campanha pela abolição do terno e gravata. Até o primeiro ministro adere. 

Mais que algo para abanar-se, os leques são obras de arte.
Em que outro lugar um simples gato estaria no foco de tantos flashs? Coisas de Japão!

Lembro me da minha mãe contando que eu, com olhos pretos e redondos era praticamente uma atração à parte no parquinho das crianças do prédio em que morávamos. Pois é, andando pelas ruas de qualquer cidade japonesa você será alvo de vários olhares curiosos e simpáticos. No interior do país isto é mais nítido ainda.

As ruas de Tóquio, um dos melhores lugares que já vi para sentir-se “longe de casa”.

Isto porque com uma quantidade ínfima de imigrantes – se comparado com outros países – e uma rígida legislação vocês verão pouquíssimos Gaijins ou estrangeiros pelas ruas, principalmente ocidentais. Dizem que isto tende a mudar, pois com o envelhecimento da população local e falta de mão de obra, a longo prazo, o governo estuda flexibilizar as regras de imigração. 

Particularmente não acredito que isto vingue não.Sob o ponto de vista religioso, o Japão tem como sua religião original o xintoísmo, mas o budismo também é tido como uma religião muitíssimo presente, desde a sua introdução nos idos de 550.

No Japão, a religião é algo tão interessante que poderia ser uma atração à parte.

Em linhas bem gerais, o xintoísmo, é a religião original do Japão (já que o budismo japonês veio da China no século VI), e caracteriza-se pelo culto à natureza, aos ancestrais, e o
politeísmo. Haveria um “Kami”, ou espírito associado a tudo que existe na natureza.
O interessante é que parece ser bastante comum os japoneses professarem ambas as religiões, meio que adotando algumas práticas de uma e outras da outra, a depender da situação. Apenas para exemplificar, dizem ser bastante comum a celebração do nascimento de uma criança numa cerimônia xintoísta e o funeral de alguém seguir o rito budista.

O Grande Buda de Nara no Todaiji Temple.

É justamente por conta disso que existe uma clara dificuldade em identificar e contabilizar os fiéis.Os templos xintoístas podem ser identificados como aqueles em que existe um torii (portal formado por dois postes verticais e duas traves horizontais) na porta, e normalmente eles são amplos e estão rodeados por árvores. Muitas vezes se tem a impressão de estar num parque. Nada mais óbvio dada a relação entre tal religião e a natureza.

Tori de entrada do Meiji Shrine em Tóquio.
Que outro país teria um parque com templos e animais soltos?
Fala se não é relaxante rezar num lugar destes?

A água tem um importante papel nos templos, o de purificar. Na entrada dos templos sempre existe um grande tanque com água (chõzuya) na qual os fieis se lavam com as grandes colheres de bambu ali existentes. O ritual de purificação é mais ou menos assim: use a colher para pegar a água; despeje-a numa das mãos; coloque a água na boca e faça um bochecho; cuspa a água fora do chõzuya, é claro – no chão ao lado mesmo.

Ritual de purificação.
Fonte Otowa no Kiyomizu Dera.
Trajes típicos no Meiji Shrine.

No interior do templo, existe uma enorme caixa na qual são depositadas moedas pelos fiéis (preferencialmente moedas de 5 ienes). Depois eles puxam a corda do gongo; rezam; e batem palmas duas vezes. 

Caixa de doações.
Os incensos também fazem parte dos rituais.

Fotos no geral não são permitidas. Procure sempre se informar e se forem permitidas, seja discreto!A região em que se encontra o Japão é ocupada desde a 35.000 a.C., mas como nação ele surgiu apenas no século VI. Com várias idas e vindas, o processo de unificação dos feudos levou vários séculos para ser concretizado, sendo finalmente concluído por volta de 1600.Foi neste período pré-imperial, mais ou menos no século 12, que surgiu a típica figura dos samurais, os quais tinham por incumbência proteger os vários xoguns – algo como senhores feudais.

Aliás a palavra samurai significa “para servir”.Uma coisa interessante que aprendi a respeito deles é que embora isto esteja longe do nosso imaginário, existiam sim algumas, poucas é verdade, mulheres samurais, como Tomoe Gozen.

As afiadas katanas.
As afiadas katanas.
E alguns enfeites e "action figures" de samurais.
E alguns enfeites e “action figures” de samurais.

Vocês já devem ter ouvido por ai a palavra harakiri. Harakiri era o ritual de suicídio praticado por meio da inserção da espada (katana) no estomago, através do qual o samurai que falhara em sua tarefa via purificada a sua alma. Para garantir uma morte indolor (se é que isto é possível) ele contava com o auxílio de um assistente que o decapitava. Eu hein!

Dado o tamanho da sua população – 127 milhões de habitantes (10.ª no mundo) – e o pequeno território por ela ocupado (377.873 km²), temos no Japão uma das maiores densidades demográficas que existe: 337 hab./km. Só para vocês terem noção de quanto isto é apertado, no Brasil temos 22 hab./km².


Visualizar Cumbicão – Japão em um mapa maior


     Se vocês pegarem um mapa, verão que em termos de tamanho, o Japão meio que equivale à Itália. Todavia, com uma população bem maior, e um terreno muito mais acidentado, a concentração de pessoas nas poucas áreas planas é mais acentuada.

Não existe espaço não aproveitado no Japão.
O layout das ruas prova isto.
Mas mesmo assim eles não deixam de ter um (minúsculo) jardim.
Tóquio
Sobrou espaço embaixo do viaduto? Façam restaurantes!

Ora não é à toa que hospedagem é tão cara no Japão e eles inventaram coisas como o famoso hotel cápsula ou capseru hoteru. Aliás para quem quiser ficar nestes hotéis, nem que seja só para experimentar, saibam que a maioria deles aceita apenas homens. É que eles são feitos em sua maioria para os trabalhadores que simplesmente não querem voltar para casa após um cansativo dia de trabalho, ou talvez depois um porre de saquê do happy-hour.

Eles são na verdade quase que como caixões de luxo, afinal medem aproximadamente 2mx1mx1m, tendo TV, rádio e algumas outras amenidades. Banheiro? Coletivo.Como tenho certa fobia de lugares apertados, acho que vocês nunca verão um hotel review de um deles aqui no Cumbicão! Kkkk

Mesmo com ônibus,
Japão
Motos
Japão
E carros que mais parecem de brinquedo,
Japão
Casas espaçosas como esta são exceção absoluta nas grandes cidades.
Japão
Os poucos que têm carros, literalmente os empilham dada a falta de espaço.

Tais coisas me levam a acreditar que talvez espaço deva valer mais que ouro por aqueles lados.Pode não parecer, mas o seu território é formado por mais de 3 mil ilhas, das quais as maiores e principais são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku.

O ponto mais alto do Japão é o monte Fuji, também conhecido carinhosamente como Fuji San. São 3.776 metros de altura e é possível avistá-lo já no voo tanto saindo quanto chegando à Tóquio, dependendo da visibilidade do céu.

Monte Fuji.
Monte Fuji.

Politicamente, o Japão é uma monarquia parlamentarista, na qual seus principais personagens são o imperador Akihito desde 1989, o primeiro ministro, e o parlamento (lá chamado de Dieta). E assim como outros países onde ainda existe monarquia, a atuação do imperador limita-se à de chefe de Estado em ocasiões diplomáticas, pois as decisões são tomadas pelo primeiro ministro. Interessante que até a Segunda Guerra Mundial, legalmente o imperador era considerado um emissário divino.

Palácio Real em Tóquio.
Diet
Diet

Ainda que a economia japonesa sofra de tempos em tempos alguns reveses (coisa comum e até esperada em tempos de globalização), o Japão desde a Segunda Guerra Mundial é reconhecido como uma das nações mais ricas do mundo.Ora, seu PIB é o terceiro maior do mundo, e a renda per capita a 18ª. Eles são o quarto maiores importadores e exportadores (sim isto é possível!).

Alie a isto uma baixa desigualdade social e outros bons índices sociais; e vocês terão uma excelente posição no IDH: 0,912 (10.º).A economia japonesa tem um forte foco no setor industrial, especialmente nos bens de consumo como veículos, eletrônicos (o paraíso!), construção naval, biologia e química.

Made in Japan!

Some a tudo isso um Estado e uma sociedade bem integrados, e uma excelente qualidade de vida. O resultado será a maior expectativa de vida do mundo (84,5 para mulheres!!!) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. Analfabetismo? Em torno de 1%.

O Japão como conhecemos hoje, uma nação próspera e moderna surgiu justamente após a Segunda Guerra Mundial. Os japoneses (juntamente com os judeus), foram aqueles que, na minha opinião, mais sofreram com o conflito. Bastando para tanto relembrar dos ataques nucleares à Hiroshima e Nagasaki em 1945. Refeito, o Japão literalmente ressurgiu como uma fênix.

Fênix no topo do Kinkaku-ji poderia muito bem representar o espírito japonês.

E por falar nisso, se tem algo que é admirável nos japoneses é a sua capacidade de organização e reestruturação. Quem não se lembra do terremoto de 8.9º e tsunami que assolaram o país em 2011 causando danos como nunca vistos.

Quase que com a mesma velocidade com a qual o mundo assistiu a costa do Japão ser devastada, assistimos um país se reconstruindo de forma relativamente rápida face à magnitude dos estragos.

Ok, é verdade que os japoneses mais que nenhum outro povo estão mais bem preparados (acostumados ninguém está) a este tipo de acontecimento. Afinal, o Japão é o local com maior incidência de eventos sísmicos justamente por estar numa área de junção de placas tectônicas significativamente delicada. Mas mesmo assim é admirável, e muito!

E eles ainda constroem prédios enormes como o da DOCOMO,
A prefeitura de Tóquio,
E a Torre de Tóquio.

Ainda que eu não lembre nada do chacoalho da terra que passamos sem maiores consequências na minha primeira viagem ao Japão, tivemos uma situação curiosa em nossa viagem de 2004/2005. Que vale a pena contar aqui.

Já era tarde da noite. Estávamos dormindo num quarto de hotel. De repente sinto minha cama tremer uma; duas; três vezes. Uma gritaria distante. Demora para nos tocarmos do que poderia estar acontecendo, afinal ao perceber que pode ser um terremoto, você é tomado por um breve pânico.Levanto rapidamente e vou à janela do quarto para ver o movimento da rua. A esta altura já com o coração na boca, acordei o quarto inteiro. Depois de alguns instantes e olhando o copo d’ água na mesa ali parado, resolvemos voltar a dormir.

Novo chacoalho e gritos! Desta vez notei que apenas a minha cama balançava. Coloquei a mão na fina parede que separava o quarto vizinho. Nova tremida e gritos. Opa! Caímos na gargalhada… Era só um casal se divertindo! Poxa, eles poderiam ser mais discretos….Enfim, o susto virou causo de viagem.

Apesar do relato descontraído e do fato de que praticamente todos os prédios japoneses sejam altamente preparados para terremotos, a coisa é séria. Como dica geral, aprendi que a melhor forma de se proteger é ficar embaixo de uma mesa ou do batente de uma porta; ou ainda próximo a uma viga de sustentação – local onde a estrutura tende a ser mais firme. Na dúvida, faça como os locais, eles são infinitamente mais bem preparados que nós!A coisa é tão séria que nos postos de gasolina, as bombas estão no teto, assim a estrutura como um todo balança junto, evitando danos maiores. É, viver no chamado círculo do fogo, onde existe a maior incidência de terremotos do mundo demanda adaptações.

A bomba de gasolina subiu no teto!

Fora isto, este é o maior (e único) risco ao qual se está sujeito numa viagem ao Japão. Ordeira e honesta, dificilmente a população vê de perto algum ato de violência. Eu diria que é um dos, senão o país mais seguro do mundo, onde anda-se tranquilo pelas ruas a qualquer hora. Mundialmente, eles têm a segunda menor taxa de homicídios. O máximo que pode acontecer é você ser abordado por algum japonês bêbado depois de um animado happy-hour com karaokê.

Uma delegacia em Kyoto. Fico imaginando o quanto movimentada não deve ser!
Uia! Tem até lista de procurados. Mas garanto que a violência como conhecemos simplesmente não existe.

Mas e aquela tal máfia, a Yakuza? Bem, dizem que ela existe, mas provavelmente você turista nem vai notar a sua presença ou suas ações. Pontuais, eles agem na jogatina e na prostituição – dizem que também participam de esquemas  de corrupção. Olhando assim de fora, sei não se não já não é mito.

Até mesmo pela limpeza geral, beber água diretamente da torneira é absolutamente seguro.

Mas enfim, vamos às questões práticas para você programar a sua viagem.

Algo que assusta alguns turistas brasileiros é a inevitável dificuldade de como chegar lá. Não é para menos, pois o Japão fica literalmente do outro lado do mundo e para piorar não existem voos diretos do Brasil.

Infelizmente a JAL não voa mais direto de São Paulo para Narita (o aeroporto de Tóquio). Fiz esta rota em 2004 com escala em Nova York, foram 10 horas até
Nova York e mais quase 14 horas até Tóquio.

JAL
Bons tempos da rota GRU­NRT (Narita) pela JAL. #VoltaJAL!!! 🙂

Não restando alternativa senão fazer escala em algum lugar, as opções são variadas. Seja pelos EUA ou pela Europa, e até por Dubai, existem várias empresas que fazem o trecho São Paulo – Tóquio com escalas. E como as opções são muito variadas, me abstenho de sugerir uma ou outra. Nós por exemplo, como estávamos no meio de um tour maior pela Ásia, acabamos optando pela Emirates.

Para buscar as possíveis rotas e preços, sugiro o Skyscanner e o Kayak.

Se me perguntassem quanto tempo passar no Japão, eu lhes diria semanas, várias semanas (Kkkk). A quantidade de coisas para ver lá e a distância percorrida para se chegar lá justificam uma estadia mais longa. Na primeira viagem ficamos 12 dias, e agora 6, e mesmo assim achei pouco!

Eu sou da opinião que quando o destino é muito longe, para um melhor aproveitamento da viagem, devemos ficar mais tempo. Vai por mim, leva um bom tempo para você se situar por lá em razão das diferenças culturais. Eu disse situar-se hein, porque sentir-se em casa é algo que eu nem cogitaria.

Depois de teoricamente três viagens, ainda vejo muita coisa como novidade.

Mas quanto custa uma viagem para lá?

Com um padrão de vida elevadíssimo, o Japão é um dos destinos mais caros do mundo. Este, na minha opinião, é o único lado realmente negativo de uma viagem para lá.

Chegar lá já não é barato e para complicar, o custo de hospedagem e alimentação são altíssimos. Qualquer hotel minúsculo custa uma fortuna. A deliciosa comida japonesa é caríssima. Só para dar uma ideia, o que você gastaria em São Paulo num rodízio para dois, você gasta em um prato de sushi/sashimi num restaurante simples. Que pena!

Não, não é o banheiro de um motor-home! É o minúsculo banheiro do nosso hotel.
Um pequeno prato pode custar praticamente o mesmo preço de um rodízio bom em São Paulo.

E por falar em dinheiro, lá o hábito de dar gorjetas é inexistente.

Quando ir? Pela sua posição geográfica, o clima no Japão segue o padrão dos países do hemisfério norte, nos últimos e primeiros meses do ano os invernos tendem a ser rigorosos; enquanto que no meio do ano o verão dá as caras por lá.

Com dias curtos, dada a pouca quantidade de horas de sol por dia, e temperaturas baixas – muitas vezes com neve, eu não recomendaria uma viagem ao Japão no inverno. Já fiz isso em 2004 e posso garantir, é gelado pacas. Só iria mesmo na falta de melhor opção.

O verão, experimentado em agosto passado, foi bem mais agradável é verdade. Mas não pensem que foi ameno não. No hemisfério norte, especialmente em algumas latitudes, quando dá para ser quente é quente mesmo. Nós quase fritamos alguns dias.

Com temperaturas de 34C para cima,
Só assim para aguentar.
E dá-lhe sorvete.

Se possível, vá na a primavera. Dizem que as floradas são lindas, e os dias são mais longos e relativamente quentes. 

Uma curiosidade a respeito do clima local… O clichê “terra do Sol nascente” tem uma explicação que vai além da ideia popular (ser um dos primeiros lugares a ver o dia clarear). Os caracteres que compõe o nome Nihon ou Nippon (Japão no idioma local) significam “origem do
Sol”, pois para as tropas chinesas que tentaram dominar a região no passado remoto, o Japão ficava ao leste, justamente onde o Sol nasce.

Nihon
Nihon

Abaixo, uma média das temperaturas e índice de chuvas em Tóquio: 

Mês Máxima Mínima Média Chuva*
Jan 9°C 1°C 6°C 45.7
Feb 9°C 2°C 6°C 61.0
Mar 12°C 4°C 8°C 99.1
Apr 18°C 10°C 14°C 124.5
May 23°C 14°C 19°C 137.2
Jun 25°C 18°C 22°C 185.4 
Jul 28°C 22°C 26°C 127.0 
Aug 31°C 24°C 27°C 147.3 
Sep 27°C 20°C 23°C 180.3 
Oct 21°C 14°C 18°C 165.1 
Nov 16°C 9°C 13°C 88.9 
Dec 12°C 4°C 8°C 45.7 

* média em mm

Quem estiver programando uma viagem para lá deve ter em mente que o Japão exigia visto aos turistas brasileiros. A partir de 30 de setembro de 2023, entrou em vigor um acordo entre os governos do Japão e Brasil para a isenção de visto para turismo, possibilitando os viajantes a permanecer até 90 dias no Japão sem a necessidade de visto de turismo. Neste post vocês encontram os procedimentos para solicitação do visto japonês para quem precisar para outras necessidades.

E como alguns voos para lá fazem escala nos EUA, se você não tiver visto de turismo ou trabalho para os EUA, terá que providenciar um visto de trânsito norte-americano. Tive que fazer isto em 2004, mas é super tranquilo.

A moeda japonesa é o iene (JP¥) – eles pronunciam “en”. Há notas de ¥ 1.000, ¥ 2.000, ¥ 5.000 e ¥ 10.000 e moedas de ¥ 1, ¥ 5, ¥ 10, ¥ 100 e ¥ 500.

Ienes.

O câmbio para a época deste poste girava no seguinte patamar: ¥1 = R$ 0,02294 ou R$ 1 = ¥43,47 ¥1 = US$ 0,00984 ou US$ 1 = ¥101,61 Os bancos funcionam de segunda à sexta das 9h00 às 16h00.

Além das confiáveis casas de câmbio espalhadas pelas grandes cidades, vocês podem ainda contar com os onipresentes ATMs onde é possível sacar ienes tanto via cartão de débito quanto de cartão de crédito.

Mas atenção: nem todos os ATMs aceitam cartões vindos do exterior. No aeroporto mesmo senti a primeira dificuldade. Prefira os postos do Japan Post Bank ATM que estão espalhados por todos os lados e aceitam cartões estrangeiros – mas na época eles estavam com uma restrição para cartões MasterCard/Maestro.

Na minha opinião, o  melhor lugar para usar cartão de crédito / débito são os ATMs Seven Bank nas lojas de conveniência Seven-Eleven. Lá eles aceitaram os cartões do Itaú e Santander, inclusive com o menu e som em português. Coisas de Japão!

Se instruções em português na tela já ajudam, que dirá se o caixa literalmente falar português?

É preciso ter atenção que alguns pequenos estabelecimentos aceitam somente dinheiro. Quem for correntista do Itaú, pode contar com uma agência no Japão, mais precisamente em Tóquio no Marunouchi Center Bldg. 1F 1-6-1 Marunouchi Chiyoda-ku, 100-0005 e que funciona de segunda à sexta, das 9h00 às 15h00. Tem até telefone gratuito: 0120-4828-58.

       Onde ficar em Tóquio? Nós escolhemos o Sotetsu Fresa Inn Tokyo Kyobashi, um hotel super bacana cujo review completo vocês conferem aqui

E por fim, a eletricidade: a voltagem local é de 110v e os pinos são chatos, portanto um adaptador de tomadas é essencial.

Uma coisa que aprendi em algumas viagens ao exterior é utilizar o serviço de telefonia pré-pago, ao menos para internet. No Japão existem dois esquemas. O primeiro deles, na época da nossa viagem era exclusivo para quem tem Iphone. A SoftBank oferece o aluguel de chip para tais aparelhos. É verdade que eles também oferecem a opção de locar o aparelho todo, mas acho complicado… Mas para quem quiser, fica a dica.Outra saída é usar os serviços da BMobile que aluga os chips para serem usados na Docomo, a maior operadora local.

Existem dois planos pré definidos 1Gb e outro que vale para 14 dias com volume de dados ilimitados. Em ambos os casos os chips devem ser comprados on-line e antecipadamente.Para retirar o chip existem duas opções, no aeroporto por um custo adicional ou no seu próprio hotel.

O primeiro passo é saber se o seu telefone irá aceitar o chip deles. Para tanto, visite o site de compatibilidade. Infelizmente o meu celular não estava na lista deles…. shif!Ufa! Desculpem se o post ficou gigante, mas era muita coisa para falar sobre um lugar pelo qual sou apaixonado. Ai já viu, né? Juntou a fome com a vontade de comer… sushi e sashimi é claro!!!

Então, nos próximos posts, convido vocês para nos acompanharem nesta nossa “terceira” viagem ao Japão.

Sayōnara!


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17 comentários

Ronny Trojbicz 7 de dezembro de 2016 at 12:52

Parabéns Diogo pelos seus comentários sobre o Japão!A quem quizer fazer esta viagem,posso aconselhar – FAÇA!Sou viúva,adoro viajar e ano passado – dezembro de 2015/janeiro 2016,aos 70 anos,resolvi que minha viagem seria ao Japão!Minha neta me perguntou se eu falo japones – respondi – duas palavras:"arigatô e sayonará".Agora aprendi mais algumas…Fui sozinha e planejei tudo sozinha .Nem a lingua foi problema – os japoneses são uns lindos! te levam pela mão,mesmo que não entendam nem uma palavra!Também não sou nada tecnológica,até procurei,mas não comprei chip local com medo de me atrapalhar,e me virei pedindo informações em ingles ,letras latinas!Foi simplesmente maravilhoso!A D O R E I !!Agora criei coragem – estou planejando dezembro 2017/janeiro 2018 – vou ousar mais uma vez – China!!!Estou acompanhando suas dicas fantásticas!Muito obrigada!Um grande abraço!

Responda
Diogo Ávila 7 de dezembro de 2016 at 22:45

Ronny, preciso dizer que adorei seu comentário? Pelo simples fato de que de uma forma ou outra consegui contribuir para a sua viagem, que você gostou do destino (que também AMO) e que de uma forma ou outra te inspirei.
Ganhei o dia!!!
Não é todo mundo que tem esta sua coragem inspiradora de encarar um destino assim por conta. Parabéns!!!
Obrigado e tenha excelentes viagens.

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Tahiti é aqui 28 de maio de 2016 at 04:23

Oi Diogo!
Sou a Andressa, do blog TAHITIEHAQUI. Dia 7/6 partiremos por 22 dias (Shangai, Pequim, Kyoto, Hiroshima e Tokyo).
Estamos super animados e um tanto ansiosos.
Optamos pelo JR pass até a chegada em Tokyo.
Você saberia de dizer se é verdade que o ticket JR contempla a malha de ônibus em Kyoto?
Parabéns pelo blog. Você escreve super bem.
Um abraço,
Andressa
http://www.tahitiehaqui.blogspot.com

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Diogo Ávila 30 de maio de 2016 at 20:13

Oi Andressa.
Obrigado!
Olha quando da nossa viagem os passes da JR não eram válidos nos ônibus de Kyoto. Vide maiores informações no post de Kyoto.
Não tenho informações de que tenha mudado. Mas é baratinho.
Boa viagem!!!

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Anônimo 8 de fevereiro de 2016 at 17:08

Olá Diogo, parabéns pelo seu blog. Suas postagens são fantásticas! Tenho uma dúvida, não sei se poderá me ajudar. Estou planejando uma viagem ao japão com o meu marido no mês que vem. Vamos ficar por lá 14 dias e pensei no seguinte roteiro: Tokyo, Hiroshima, Osaka (Nara e Kyoto), Hamamatsu, Yokohama e voltar à Tokyo, nesta ordem. É uma boa sequencia? Recomenda alguma alteração? Abs! Adriana

Responda
Diogo Ávila 8 de fevereiro de 2016 at 20:01

Obrigado!
Que viagem hein Adriana!!! Olha, não conheço Hiroshima, Osaka e Hamamatsu, mas certamente estariam num roteiro próximo.
Me parece uma excelente sequência.
Passe daqui para contar como foi depois.
Abraço e excelente viagem!!!

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Rafa Marques 27 de janeiro de 2016 at 23:55

Cara você conhece algum serviço de telefonia, cartão SIM ao menos pra internt pra celular com sistema windows phone, aparelho Nokia. Dessesque você comentou são apenas pra iphone e androids.

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Diogo Ávila 1 de fevereiro de 2016 at 03:22

Não conheço, mas vamos deixar para ver se algum colega comente.
Abraço.

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Rafa Marques 22 de janeiro de 2016 at 16:53

Cara eu tenho um celular Nokia 830 (Windows Phone) pelo menos desses dois sites que você passou parece que nenhum tem suporte pra Nokia, é isso mesmo ou estou equivocado?
Tem mais alguma sugestão?

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Diogo Ávila 1 de fevereiro de 2016 at 03:21

Acho que é isso mesmo.
Infelizmente não tenho.

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Unknown 11 de setembro de 2015 at 18:42

nossa adorei suas dicas,estava precisando mesmo saber coisas sobre o japão já que pretendo passar 3 meses em Yokohama …to mais empolgada ainda rs..valeu!

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Anônimo 10 de julho de 2015 at 19:41

Diogo, simplesmente FANTÁSTICO seu blog… está de parabéns. O melhor dentre todos os que eu vi. Abraços.

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Diogo Ávila 1 de fevereiro de 2016 at 03:11

Obrigado!

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Luiz Augusto Bispo Osorio 25 de maio de 2014 at 11:43

Olá Diogo, achei seu blog recentemente e estou adorando ler as postagens sobre o japão, comecei a ler agora e estou lendo aos poucos, pois a quantidade de informação que você postou foram muitas(coisa muito boa e rara de se achar). Parabéns e estão ótimos os seus post. Eu pretendo ir para o japão entre janeiro e março do ano que vem e estou me programando e procurando dicas, assim achei seu blog, eu esto com uma dúvida sobre dinheiro, você acha mais vantagem levar uma boa quantia em mãos e trocar lá de uma vez ou sacar diretamente da conta corrente, débito, não sei se o IOF cobrado é o mesmo do cartão de crédito, não acho vantagem utilizar cartão de crédito na atual taxa de IOF para viagens.

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Diogo Ávila 25 de maio de 2014 at 15:06

Oi Luiz,
Eu ainda consegui usar o cartão de débito porque ainda compensava. Foi a minha penúltima viagem em que o esquema compensou.
Atualmente acredito que a saída seja ter uma boa quantia em dinheiro vivo 1/2 ienes e 1/2 dólar para as despesas menores e primeiras necessidades.
Para as demais, iria de crédito, já que o IOF é o mesmo e você ainda consegue acumular algumas milhas.
Boa Viagem!!!

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Mariela 14 de maio de 2014 at 23:04

Adorei o texto! Vou me mudar para o Japão em junho e ao terminar de ler fiquei mais entusiasmada ainda com essa oportunidade de morar la por 3 anos!

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Diogo Ávila 15 de maio de 2014 at 00:06

Mariela,
Obrigado. Espero ter ajudado.
Morar lá é certamente uma experiência e tanto. Pena que não lembro da minha primeira vez.

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