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Bom Dia Vietnã!!! Dicas para você programar a sua viagem

Hoi An, Vietnã.

Sair da calmaria das Maldivas e chegar ao frenético Vietnã foi um choque de realidade tão grande e nos chacoalhou de tal forma que na primeira noite fui dormir na certeza de que seria acordado abruptamente nas primeiras horas na manhã seguinte com a voz do Robin Willians gritando ao microfone a célebre frase título deste post.

Com uma excelente dose de exotismo e uma história riquíssima (e turbulenta também), sempre tive uma enorme vontade de conhecer este que é um dos mais conhecidos países do Sudeste Asiático e que assim como a Tailândia e outros países da região, desperta nos viajantes um genuíno espirito aventureiro e uma grande curiosidade.

Para quem como eu gosta de ver coisas diferentes, o Vietnã é um prato cheio. As primeiras impressões são bem conflitantes. Se de um lado o interior do país guarda verdadeiros tesouros naturais, as suas cidades são de um fervor incrível. Por mais que o visual geral te dê aquela deliciosa sensação de “putz como estou longe de casa” de tão diferente que é, há no ar um quê de ocidental que nos faz lembrar o quanto presente ainda é a herança deixada pela colonização europeia – mais especificamente francesa.

De um lado você tem edifícios ultra modernos
E de outro aquele Vietnã super tradicional. Perfeito!
Sinais da colonização francesa na arquitetura.

Porém, a colonização francesa que tantas marcas deixou na arquitetura vietnamita não é o lado mais famoso da história do país se olharmos a história mundial.

Não tem como, quem cresceu na década de 80 como eu viu vários filmes sobre a Guerra do Vietnã. Sejam filmes mais pastelões tipo Rambo ao denso Platoon, este conflito armado faz literalmente parte da cultura mundial das décadas passadas.

Aliás, antes de mais nada fica aqui uma interessante observação. Os vietnamitas não falam, como todos nós a Guerra do Vietnã, mas sim a Guerra dos EUA, já que na visão deles, quem veio fazer guerra foram os norte-americanos. Até que faz sentido.

A magnitude desta guerra que felizmente foi o último grande conflito da era da Guerra Fria foi tão forte e deixou tantas cicatrizes nos vietnamitas e também nos norte-americanos, que a história anterior do Vietnã acaba inexoravelmente ganhando menos holofote.

Infelizmente o capítulo mais conhecido da história do Vietnã é um dos mais tenebrosos. Créditos: Nick Ut.

O conflito deu-se entre 1 de novembro de 1955 e 30 de abril de 1975 (os combates pelos norte-americanos em 15 de agosto de 1973), terminando apenas com a retirada das tropas americanas, um fato que até hoje não foi digerido pelos EUA, pois a maioria absoluta entende isto como uma derrota militar.

Na prática, era uma luta entre o Vietnã do Sul (capitalista) e os EUA contra o Vietnã do Norte (vietcongues) com o apoio apenas logístico e financeiro da antiga União Soviética. Ou seja, um capítulo bem quente (e sangrento) da Guerra Fria. Já os EUA que começaram apenas fornecendo equipamentos e treinamento, entraram para valer na guerra chegando a ter ao mesmo tempo 500mil soldados servindo lá – ao todo passaram pelo Vietnã 2,5 milhões de soldados yankees!

Os números da guerra impressionam (negativamente): foram mais de 50 mil soldados norte-americanos e uns 4 milhões de civis de ambos os lados (do Vietnã do Sul e do Norte) mortos durante o conflito.

Qualquer um que tenha assistido a um bom filme sobre este episódio da história, notará que havia uma clara luta de David x Golias. De um lado o poderio de fogo militar norte-americano e de outro os vietcongues com armamentos menos modernos. Tudo para um massacre, certo? Sim, sob o ponto de vista de mortes, não restam dúvidas que os vietcongues tiveram muitas perdas humanas, mas como guerra mesmo, os americanos acabaram por sucumbir diante da guerrilha de selva dos asiáticos que utilizavam até mesmo armadilhas de caça para liquidar os soldados norte-americanos.

Mesmo com armamentos superiores.
E despejando uma quantidade absurda de bombas, os EUA não conseguiram vencer a guerra.

Ficou claro que os norte-americanos sucumbiram em razão do meio ambiente absolutamente hostil àquilo que eles estavam acostumados (floresta úmida, calor insuportável e doenças locais). Some-se ainda a tenacidade do povo local que acostumado a expulsar invasores, já havia vencido na sua história os chineses e os franceses para garantir a sua independência.

Pelo que pude entender, a guerra começou com uma revolta interna dos vietnamitas do sul insurgidos pelos vitnamitas do norte e comunistas (vietcongues) contra os desmandos do governo então vigente – os historiadores divergem um pouco a respeito de quanto a participação do governo do norte (de Hanói) foi ou não decisiva nisso. Esta força passou a ser chamada de FNL (Frente Nacional de Libertação) ou simplesmente de vietcongues.

Em 1 de novembro de 1963, o governante do Vietnã do Sul foi deposto e morto (dizem que com a conivência da CIA). Pronto o país foi ao caos e passou a ser governado por militares locais. Com a morte de JFK que até então autorizava apenas o suporte estratégico aos vietnamitas do sul, assume Lyndon Johnson que com o apoio do Congresso Norte Americano acaba por enviar tropas para o Sudeste Asiático. Mal sabia ele o tamanho da encrenca.

Após o fim da guerra, o Vietnã passou a ser um país só, e alinhado ao socialismo soviético, regime este que também espalhou-se para o Laos e Camboja, dois países vizinhos. Ou seja, se era para conter o avanço comunista, a guerra foi em vão para os EUA.

Com o fim da guerra, o Vietnã unificou-se e tornou-se comunista (Ho Chi Minh, o líder comunista pré-guerra),

Nos EUA, mesmo diante de tantas mortes, a guerra deixou ao menos uma clara mensagem de que a sociedade estava mudando e tal passou a cobrar o governo por seus atos e abriu os olhos da sociedade para aquilo que estava acontecendo. Já no Vietnã, infelizmente não é possível ver sequer um ponto positivo da guerra, mesmo depois de quatro décadas.

Pior ainda, mesmo depois de tantos anos, um dos maiores riscos em áreas remotas do Vietnã são as minas e explosivos armados que ficaram perdidos pelas selvas do país – estimativas falam em 150 mil toneladas de explosivos não detonados. Tanto que desde o fim da guerra mais de 40mil vietnamitas morreram ou foram gravemente feridos por tais dispositivos. Mas para nós viajantes isto não chega a ser um grande risco eis que é mais comum em áreas remotas.

Há algo de interessante no Vietnã que nunca vi em outros lugares. Por mais que seja um país que tenha sofrido com guerras como tantos outros, uma parte considerável do turismo deles está fundado justamente neste conflito.

O War Remnants Museum é um dos museus cujo tema é a Guerra do Vietnã (ou dos EUA, como preferir).

De um lado parece que eles querem esquecer isto e aproveitar a onda de crescimento econômico rápido que está passando por lá. Mas de outro, há ainda uma série de feridas ainda abertas com este que foi ó último capítulo da Guerra Fria.

Hoje o Vietnã é uma república socialista parlamentarista de partido único, algo semelhante ao que se pratica na China. Aliás até os idos de 2000, o país era completamente fechado em termos econômicos. Apenas com a abertura da China é que os vietnamitas resolveram também abir-se ao capitalismo. Aliás esta abertura vem trazendo novas e consideráveis oportunidades à população local.

Politicamente comunista, mas economicamente capitalista.

A população é de aproximadamente 94 milhões de habitantes e, apesar da posição no índice de desenvolvimento humano estar longe da ideal (IDH: 0,617 – 127º lugar), o Vietnã vem crescendo e melhorado ano após ano. 

Os vietnamitas são muito receptivos ao turista, e curiosos sobre nós (tanto quanto nós sobre eles!). Então não estranhe se ficarem te olhando na rua. Eles tendem a serem tranquilos e com muita paciência – se tiver qualquer problema que envolva uma discussão, nem adianta perder as estribeiras, isto só vai te prejudicar.

Cena de um mercado em Ho Chi Minh.

Se você já foi para algum destino no sudeste asiático ou até mesmo para a China, conhece a insistência dos vendedores da região. Neste ponto achei os vietnamitas bem mais tranquilos, mas não estranhe se te abordarem na rua. Primeiro eles querem saber de onde você é, se precisa de um táxi, hotel, tour, se quer comprar uma camiseta, um chaveiro, um porco, uma galinha…

Vai um “vinho” de sangue de cobra? Com a dita cuja dentro e tudo!!!

Aliás, nas compras, barganhe sempre e nunca aceite o primeiro preço que lhe dão. Mas lembre-se, sempre mantenha o sorriso no rosto para ganhar o vendedor!

Aliás no quesito compras, no Vietnã você encontra muito coisa legal e barata para comprar.

Apesar do fato deles terem uma polícia dos bons costumes e da moral (coisa de comunista), no geral eles toleram bem as vestimentas dos turistas (até porque neste contexto eles são bem parecidos conosco). Só pegue mais leve (cubra ombros e joelhos) para entrar em templos – ah, e sempre tire os sapatos. Assim como na Tailândia, nunca vire a planta dos pés para uma imagem de Buda. 

Comendo, jamais deixe os chopsticks espetados na tigela de arroz, pois asssemelha-se a um incenso queimando para os mortos. Eu hein?!?!

No Vietnã, não existe liberdade de imprensa, e até mesmo a internet tem uma certa censura.

Algo que chamou muito a minha atenção quanto ao Vietnã é a grande quantidade de pessoas que declaram não praticam uma religião específica. Se considerarmos apenas os praticantes, há um predomínio de católicos e budistas, seguidos por taoístas, muçulmanos e outras religiões locais. A quantidade de católicos é relativamente grande para um país asiático (entre 8% e 10%). O catolicismo foi inserido por missionários no século XVI.

Olhando rápido poderia ser uma igreja em qualquer cidade brasileira, mas é a Catedral de Notre Dame em Ho Chi Minh.
Mas também professa-se o confucionismo (Templo Quan Cong em Hoi An).
E assim como os chineses eles queimam itens de papel para os mortos (camisas, celulares, relógios e muito mais).

Ainda que professada por uma minoria e regional, há no Vietnã, uma religião chamada Cao Daism que mistura filosofias do oriente e do ocidente, misturando inclusive seus profetas: Buda, Confúcio, Jesus, Mohammed e Moisés (faltou alguém???). Eles ainda cultuam figuras não religiosas como Joan of Arc, William Shakespeare e Victor Hugo. Ai céus, literalmente!!! O templo principal deles fica ao norte de Ho Chi Minh, em Tay Ninh.

Não dá para dizer que o inglês é falado pela maior parte da população, mas nas áreas turísticas sim. Claro que algumas palavras em vietnamita, o idioma local sempre é bom saber, nem que seja para fazer uma graça com os locais:

Chào! Olá!

Chào buổi sáng! Bom dia!

Chúc ngủ ngon! Boa noite!

Chào buổi tối! Boa noite!

Tạm biệt! Tchau!

Hẹn gặp lại! Adeus!

Có Sim

Không Não

Cám ơn! Obrigado(a)!

Không có gì! De nada

Xin lỗi, … Desculpe,…

Giúp tôi với! / cứu! Socorro! (até conseguir falar isso já era!)

Nossa, este monte de assento dificulta demais!!! Só mesmo ouvindo um vietnamita para entender.

Quando ler um simples nome de rua torna-se um desafio e tanto.

Então para ajuda-los a programar a sua viagem para o Vietnã, vamos às questões práticas.

Quanto tempo? O Vietnã é um destino que comporta sozinho uma (ou mais) semanas do seu itinerário de viagem facilmente. Tem muita coisa interessante para ver. Das grandes cidades como Ho Chi Minh e Hanói, à pequena Hoi An ou um cruzeiro pela baía de Halong.

Como tínhamos outros países no roteiro, optamos por conhecer apenas Ho Chi Minh nos 4 dias que tínhamos no país. Claro que se tivesse mais tempo, teria percorrido os demais destinos no Vietnã. Mas fica para uma próxima.

Onde ficar? Na nossa passagem por Ho Chi Minh, optamos por um hotel bastante confortável e super bem localizado, o E Central Hotel Bui Vien, cujo review vocês conferem aqui em breve.

E Central Hotel Bui Vien, foi a nossa escolha para Ho Chi Minh.

Quando ir? A chamada alta temporada no Vietnã acontece de junho a agosto. Como nós tínhamos datas fixas, acabamos arriscando mais uma vez viajar no período entre agosto e setembro, que é mais quente e chove mais como se vê abaixo.

O clima no Vietnã segue o regime das monções do Sudeste Asiático: invernos secos e verões úmidos. Logo a tendência de chuvas está concentrada nos meses de junho a setembro que correspondem mais ou menos ao verão. 

Viajamos em agosto/setembro, no meio das monções, mas não pegamos mais que uma tarde de rápida chuva.

Enquanto que Hanói no norte pode ter temperaturas mais frias no inverno, cidades ao sul, como Ho Chi Minh tendem a um clima mais quente ao longo de todo o ano.

Ho Chi Minh
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Máx. 31 32 33 34 34 32 32 31 31 31 31 30
Mín. 21 22 24 25 25 24 24 24 24 23 22 21
Chuvas (mm) 13 4 10 50 218 311 293 269 327 266 116 48
Dias com chuva 2 1 1 5 17 19 22 22 23 20 12 6

Como chegar? Esta é a parte chata. Basta olhar o mapa para ver que o Vietnã não fica ali ao lado da rua. Na verdade, fica ali do outro lado, do mundo! Não existem voos diretos a partir do Brasil, e para variar a opção mais barata acabou sendo a Emirates. No custo benefício, a melhor opção seria ir direto de São Paulo ou Rio de Janeiro para Dubai e lá fazer a conexão para Ho Chi Minh (antiga Saigon) ou para Hanói.

Vietnam Airlines
E Emirates são duas das muitas opções de empresas que operam no país.

Não sei se a Qatar também oferece este destino final, mas vale cotar. Outra opção que achei, porém estava com um custo mais alto, era voar para a Europa, com a Air France, por exemplo, e de lá para o Vietnã. Como é um voo caro, explore todas as opções.

Para locomover-se entre uma cidade e outra, a melhor opção é mesmo avião, já que a malha aérea é bastante razoável e tanto Ho Chi Minh quanto Hanói são bem servidas por voos operados por empresas com excelentes tarifas. Mais a diante posto aqui o review com a Vietna Airlines e a VietJet, uma low cost local.

Ah locomover-se em Ho Chi Minh (penso que o mesmo vale para Hanói) … Isto deveria ser um capítulo à parte já que até mesmo o simples ato de atravessar uma rua demanda um misto de
agilidade e paciência oriental que só mesmo os nativos têm.

Sabe aqueles vídeos que você vê na internet com um trânsito caótico em um cruzamento de ruas que mais parece uma terra sem lei de tão zoneado? Então… é verdade! Ou melhor, ao vivo é pior ainda! Em meio a um mar de scooters (acho que vou abrir uma fábrica lá e ficar rico!) e nenhum farol em alguns cruzamentos, atravessar uma rua pode sim levar até 10 minutos. Juro que fiquei lembrando daquele jogo do Atari (#EntregaIdade) da galinha que tenta atravessar a rua. O lado bom é que tem tantas delas que normalmente elas andam em baixa velocidade.

Sempre cabe mais um na moto; muitos usam máscaras por causa da poluição; e o improviso do capacete de bicicleta usado para moto. Coisas de Vietnã. 
Lá nas grandes avenidas as faixas são assim “divididas”: quase tudo para moto e nada para carro.
Quando não cabe tudo na moto, eles transformam ela em um caminhão-moto.

Com a minha impaciência não serviria para dirigir em um lugar assim não! Diante deste cenário, acho que é meio óbvio que alugar um carro não é uma boa ideia, né? Some ainda o fato de que pelo que pesquisei você não consegue alugar um carro para você mesmo dirigir. O carro sempre virá com um motorista. Sábios vietnamitas! Não querem nenhum turista se matando pelas ruas dos centros urbanos.

Quando a camiseta resume o caos do trânsito local.

Precisa de visto? Sim, e no link a seguir explico o passo a passo para obter o visto de turismo para o Vietnã.

Para fins de passaporte, tenha em mente que você precisará de um passaporte válido por no mínimo 6 meses a contar da sua chegada ao Vietnã (a embaixada deles fala em validade de no mínimo 1 mês após a data de saída do país – na dúvida fico com os 6 meses!).

Não há necessidade de andar com o passaporte original, então se você quiser, pode deixar no cofre do hotel, por exemplo. Mas recomendo e muito que você tenha ao menos uma copia dele e do visto para apresentar se necessário.

E a vacina contra febre amarela? Precisa? Sim, a embaixada do Vietnã me respondeu expressamente a tal questionamento por e-mail. Aliás note que as autoridades de praticamente todos os países do Sudeste Asiático exigem que você comprove que tenha tomado a vacina no mínimo 10 dias antes do embarque. Lembre-se que agora a vacina e consequentemente o certificado é válido para toda a vida conforme informações da Organização Mundial de Saúde, então não precisa tomar outra dose no vencimento do certificado!

Mesmo à noite, dá para andar tranquilamente pelas cidades.

E por falar nisso, recomenda-se levar um bom repelente de mosquitos, já que assim como o Brasil, eles sofrem (não sei se na mesma medida) com dengue e outras doenças causadas por mosquitos. Se possível, leve também um daqueles de colocar no quarto para usar durante a noite. Levamos e foi super útil.

As autoridades locais não exigem a contratação de um seguro viagem como requisito de imigração. Mas como o custo de qualquer tratamento médico no exterior pode ser alto, nem sonharia em sair em uma viagem destas sem um bom seguro de viagem. Nós aqui em casa utilizamos a Real Seguro Viagem, parceira do blog. Vocês podem contratá-la diretamente no banner ao lado.

E já que o assunto é burocrático, a gente espera nunca precisar, mas é sempre bom ter anotado: a embaixada do Brasil no Vietnã fica em Hanói: 14 Thuy Khue D6, Tay Ho, 10.000 – Tel: (84 4) 3843 2544 – Fax:(84 4) 3843 2542 – Plantão Consular: (84 4) 90326 4076 – Email Geral: brasemb.hanoi@itamaraty.gov.br

Na média Vietnã pode ser considerado como um destino bastante seguro – para quem mora no Brasil lamento dizer que poucos lugares parecem realmente perigosos. Mas algumas precauções devem ser tomadas: cuidados com pequenos golpes ou scams que tentam aplicar em turistas como taxistas malandros, gente vendendo coisa falsificada ou te levando para lojas pouco confiáveis; taxistas pouco confiáveis nos aeroportos (prefira se possível já acertar com o seu hotel um transfer com um taxista de confiança).

Táxi, só oficial ou chamado pelo hotel.

Um golpe comum é o turista chegar no aeroporto e pegar um taxista que o leva para o hotel errado. Ele primeiro tenta te convencer a ficar naquele mesmo hotel – como se você não fosse perder a reserva do outro! Dizem que o seu hotel está cheio ou que existe uma filial daquele seu hotel “muito melhor” e por ai vai. Claro que ele recebe uma comissão pelo hóspede ingênuo. E se você não aceitar, ele vai tenta te levar para o verdadeiro hotel cobrando duas vezes pela corrida, como se o erro não fosse dele. Fique também atento aos taxímetros que podem estar adulterados para rodar mais rápido.

Algo muito importante é não perder a paciência, pois eles têm mais paciência que você. Saia de perto e ignore taxistas deste tipo.

Eventuais batedores de carteiras são comuns em muitos lugares, mas no Vietnã, sugere-se um cuidado especial com bolsas e câmeras penduradas de forma pouco segura. Isto porque existem motociclistas que passam arrancando tais itens. Tenha também um pouco de cuidado com os celulares, dizem para evitar ficar dando sopa em público – me senti em casa!

Diferentemente de países europeus ou Estados Unidos (e também alguns outros poucos destinos), beber água da torneira não é aconselhável. Prefira água engarrafada.

Com um calor insano do verão, hidrate-se muito.

Infelizmente, banheiros públicos são praticamente inexistentes no Vietnã e normalmente a alternativa é pedir para utilizar o banheiro de algum estabelecimento comercial, pagando alguns poucos dongs é claro.

Não existe horário de verão no Vietnã, e o fuso horário é de 10 horas à frente de Brasília – 11 no horário de verão brasileiro.

A moeda corrente no Vietnã é o Dong (d), que tem um câmbio bastante desvalorizado, mesmo face ao Real.

DONG 1 = R$ 0,00014 ou R$ 1 = DONG 6.966,59

DONG 1 = US$ 0,00004 ou US$ 1 = DONG 22.646,6

A maioria dos estabelecimentos preferem pagamentos em dinheiro, sendo que cartões de crédito ou débito são aceitos com maior facilidade em lojas maiores, grandes restaurantes e hotéis. Prefira sempre ter algum dinheiro em mãos.

Notas altas, mas que não valem quase nada.

Que moeda levar? Olha, em viagens para destinos pouco usuais, ou pelo menos aqueles onde a moeda não é forte (você não vai querer voltar com os bolsos cheios de rúpias, dongs, e etc.), prefiro sacar direto da conta corrente via ATM do que ficar na mão das casas de câmbio. Acho terrível ter que ficar procurando casas de câmbio, procurando melhores taxas ou ainda ter que andar com uma grande soma de dinheiro local porque troquei demais no aeroporto, por exemplo.

Importante ficar atento à existência de uma pequena taxa do ATM por saque (algo em torno de uns 25,000d à 50,000d) e ao fato de que sempre haverá um limite máximo por dia para sacar. Dizem que os ATMs dos Agribank e Commonwealth Bank têm os melhores limites (6,000,000d e 10,000,000d respectivamente).

Vale sim levar uma certa quantia em moeda forte como US$ para emergências ou necessidades pontuais.

Se precisar, encontrar onde trocar dinheiro na rua é super fácil.

Quem como eu costuma sacar moeda local diretamente da conta corrente (vide post sobre cartões de débito no exterior), não terá dificuldades em encontrar ATM´s pelas ruas, então é sempre uma boa opção.

Lá os caixas eletrônicos são na rua.

Não existe um costume de dar gorjetas no Vietnã como em outros países. As pessoas não esperam, mas se você gostar muito do serviço, acho que vale, nem que seja para arredondar uma conta, por exemplo.

Como em outros destinos do Sudeste Asiático, o orçamento de viagem, excluindo-se o gasto com a passagem, é bastante vantajoso. Com um custo baixo você consegue reservar um bom hotel, e come-se muito bem gastando pouco. E as atrações que demandam pagar algo são super baratas. Aproveite!

Horários. Os bancos funcionam das 8h00 às 15h00 durante a semana e até às 11h30 aos sábados. Os museus têm um horário próprio, mas fique atento que além deles não abrirem nas segundas, fecham também uma hora durante o almoço. Lojas normalmente abrem das 8h00 às 18h00.

Imagino que a esta altura você esteja vendo fotos de um casal viajando para o Vietnã com uma criança pequena e pensando que a gente é maluco. Sim, um pouco. Não vou falar que é o Vietnã seja um destino super indicado para viajar com crianças, mas com uma boa dose de preparação dá sim para viajar para lá com crianças.

Para crianças é um destino cheio de novidades.
Brincando ou se refrescando???

O quesito limpeza não é lá uma maravilha, especialmente em grandes cidades, e crianças pequenas que colocam a mão em tudo e depois na boca merecem atenção especial. Não é mais o nosso caso, mas você não verá banheiros públicos com trocadores, muito menos aqueles sempre bem-vindos banheiros para famílias / crianças pequenas – só em um shopping é que vi isso.

Especialmente no centrão de Ho Chi Minh, achei um pouco difícil andar com carrinho de bebê, e atravessar ainda a rua mais ainda. Apesar de respeitarem mais carrinhos de bebê, sempre que parávamos para atravessar, conversava com o Cumbiquinho para ele não sair do carrinho por nada nesse mundo. Outra boa alternativa é simplesmente pegar a criança no colo na hora de atravessar – dá mais visibilidade.

Mas de outro lado, tudo isso é compensado pelo quanto os vietnamitas são super receptivos às crianças.

A comida, como vocês verão em outra oportunidade, é muito mais suave do que por exemplo a já deliciosa tailandesa. Achar algo que agrade os pequenos não é uma tarefa difícil, e no desespero, as redes de fast food estão por todos os lados. Nós mesmos um dia apelamos para uma!

Bebe-se
E come-se muito bem.

Já não é mais o nosso caso, mas para quem precisa, comida de bebê e outros itens são facilmente encontrados nos supermercados e é bastante fácil encontrar as principais marcas internacionais destes produtos. 

No Vietnã a voltagem nas tomadas é 220v e os pinos são redondos como os antigos brasileiros, mas principalmente na região de Ho Chi Minh você pode encontrar em alguns hotéis plugs chatos como aqueles dos EUA. Seja como for não esqueça de levar um adaptador para os seus eletrônicos.

O serviço oficial de informações ao turista, Vietnam Tourism, tem um portal na internet com algumas informações básicas. Infelizmente o tourism board não oferece postos de atendimento na cidade, então se você precisar de um mapa ou marcar um passeio, por exemplo, peça para o concierge do seu hotel.

Vem com a gente conhecer mais um destino na Ásia.

De posse das informações e dicas gerais, no próximo post vamos às atrações de Ho Chi Minh, o nosso primeiro destino no Vietnã.

Booking.com

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4 comentários

Oigres 8 de junho de 2018 at 15:16

Deu tudo certo no final! Maio foi ótimo No Viet Nam. Hotéis e comida baratissimos e com qualidade, é só escolher usando o Booking por ex. Passamos por Ho Chi Min, Da Nang, Hanoi e Halong Bay. Experimentamos a Vodka de Arroz ótima suave. O visto seguindo a sua receita foi fácil e sem filas (pena que na volta por Dubai não foi fácil o visto). Taxi é bom mesmo escolher os verdes e os brancos conforme explicado, ou pedir hotel que inclusive dá dica de valor e até o porteiro diz o endereço em Vietnamita pro chofer. Ah, lá não faltou gasolina e vendem em qualquer lugar em 'pets' para as motos!!!

Responda
Oigres 3 de abril de 2018 at 20:53

Obá. Boas dicas iniciais. Aguardo pelas outras. Estamos preparando o roteiro pro mês que vem. Vamos nas pegadas prá locais parecidos no Vietnam, Laos e Camboja.

Responda
Natalie Soares 19 de março de 2018 at 14:21

Oi, Diogo. Tudo bem? 🙂

Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

Até mais,
Bóia – Natalie

Responda
Diogo Ávila 19 de março de 2018 at 19:49

Oi Natalie.
Ai que legal!!! Espero que mais pessoas passem a viajar para lá, já que a cada dia ouço mais e mais gente dizendo que vai ou foi para o Sudeste Asiático.
Abraço.

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